20 de janeiro de 2021

GORDINI

 

A Gordini foi uma equipa francesa de automobilismo que participou no Campeonato do Mundo de F1 na década de cinquenta.

Criada em 1946 pelo franco-italiano Amédée Gordini, um antigo piloto e preparador de carros desportivos, a equipa teve a sua estreia na F1 no Grande Prémio do Mónaco de 1950 como Simca-Gordini. Na segunda prova da temporada de 1950, os franceses Robert Manzon e Maurice Trintignant foram os pilotos de serviço, mas na corrida, ambos abandonaram na primeira volta. A Simca-Gordini voltou a estar presente no Grande Prémio de França, a sexta e penúltima prova do campeonato, onde Manzon alcançou o 4º lugar e deu à Gordini os seus primeiros pontos na F1. 

No ano seguinte a Simca-Gordini não conseguiu levar nenhum dos seus pilotos aos lugares pontuáveis, mas no Grande Prémio de França teve a particularidade de ter alinhado com quatro carros, um deles com Aldo Gordini o filho de Amédée. No final desse ano, problemas políticos ditaram o fim da associação Simca-Gordini.

Em 1952, a Gordini contratou Jean Behra que se juntou a Robert Manzon e a Maurice Trintignant. Na primeira prova da temporada, o Grande Prémio da Suiça, Behra terminou a corrida no 3º lugar e ofereceu o primeiro pódio à Gordini. Na corrida seguinte, o Grande Prémio da Bélgica, disputado no Circuito de SPA-Francorchamps, foi a vez de Manzon ocupar o ultimo degrau do pódio, atrás dos Ferrari de Ascari e Farina. Até ao final do campeonato, Behra foi 5º na Alemanha e Manzon obteve o 4º lugar em França e o 5º na Holanda.

Em 1953, Maurice Trintignant foi o único piloto da equipa a conquistar pontos, com o 5º lugar na Bélgica e em Itália.

No ano de 1954, a equipa gaulesa também obteve apenas dois 5ºs lugares como melhor resultado, com o francês Élie Bayol na Argentina e o belga André Pilette no Grande Prémio da Bélgica. Jean Behra ainda conseguiu a volta mais rápida da corrida no Grande Prémio de Inglaterra.

No ano seguinte a Gordini usou o modelo T16, mas o carro nunca se mostrou minimamente competitivo nem fiável e os pilotos não conseguiram obter pontos.

Em 1956, Robert Manzon levou o Gordini T32 à vitória no Grande Prémio de Nápoles, uma corrida extra-campeonato. Uma semana mais tarde, no Grande Prémio do Mónaco, o piloto brasileiro Hermano da Silva Ramos, terminou a prova no 5º lugar e obteve os últimos pontos da equipa francesa na F1. O Grande Prémio de Itália, ultima prova da temporada, disputado no Circuito de Monza, foi o cenário de despedida da Gordini na F1.

Depois de deixar a F1, Amédée Gordini associou-se à Renault, trabalhando em conjunto com a marca do losango até 1968, altura em que se aposentou e vendeu 70% da Gordini à Renault. 

A Gordini esteve sete anos na F1. Disputou 41 Grandes Prémios. Conquistou 1 volta mais rápida e 2 pódios.

2 comentários:

SCarvalho disse...

Vai-me perdoar a correcção, mas os Gordini de F1 correram também nos anos 1950 e 1951 em provas do Campeonato do Mundo de F1.
Em 1950
GP Mónaco- Robert Manzon(10) Maurice Trintignant(12)
GP França- Manzon(20)
GP Itália- Trintignant(42) Manzon(44)

Em 1951
GP França- Manzon(30) Trintignant(32) André Simon(34)Aldo Gordini(36)
GP Alemanha- Trintignant(81) Manzon (82) Simon(83)
GP Itália- Manzon (46) Simon (48) Trintignant (50)

Cumprimentos
S. Carvalho

ps- Sigo diariamente o seu blog

Paulo Moreira disse...

Caro S. Carvalho

Obrigado por ser um seguidor do blog.
Realmente a Gordini correu em 1950 e 1951 mas como sendo Simca-Gordini e não como Gordini.
Em todos os sites de estatísticas e livros de história de F1 que consultei para fazer o texto dão como a estreia da Gordini em 1952.
Agradeço o seu reparo e o seu comentário. Espero que continue a visitar o blog e não hesite em dar a sua opinião, fazer o seu comentário e se tiver mais algum reparo a fazer é sempre bem-vindo.

Abraço