6 de abril de 2022

RORY BYRNE

 

Rory Byrne nasceu no dia 10 de Janeiro de 1944 em Pretória, África do Sul.
Desde adolescente que Byrne já tinha a paixão pelo automobilismo, mas foi durante o tempo que passou na Universidade Witwatersrand, em Joanesburgo, que se tornou piloto amador. 
No ano de 1964 e depois de ter terminado os estudos, Byrne começou a trabalhar numa empresa de produtos químicos, mas nos seus tempos livres e juntamente com três amigos, Dave Collier, Ronny Bennett e Dougie Bennett, montou uma empresa que importava peças de automóveis. Durante esse tempo, Byrne colocou em prática os seus conhecimentos de matemática e apesar de não ter conhecimentos em engenharia, começou a projectar carros de corrida. O seu primeiro carro foi um Formula Ford que teve um bom desempenho no campeonato de 1972.
No ano seguinte, Rory Byrne, viajou para Inglaterra para poder dar continuidade à sua carreira de projectista. Nesse ano, adquiriu um Formula Ford da equipa Royale e logo tratou de ver onde poderia melhorar o carro. Pouco depois a equipa foi vendida e como o novo proprietário precisava de um projectista convidou Byrne, que durante os quatro anos que se seguiram desenhou os carros da Royale.
Em 1979, Ted Toleman, dono da equipa Toleman que competia na F2, contratou Byrne para ser o designer. A equipa venceu o campeonato do ano seguinte e em 1981 passou para a F1.
O Toleman TG181 foi o primeiro carro de F1 que Rory Byrne projectou, no entanto, a falta de financiamento prejudicou a equipa que sofreu por falta de recursos, para evoluir o seu carro. Duas temporadas depois, em 1983, a Toleman marcou os seus primeiros pontos na F1, mas foi no ano de 1984 que o carro desenhado por Rory Byrne e pilotado por Ayrton Senna ofereceu à Toleman três pódios e esteve perto de vencer no Mónaco. 
No final de 1985, a Benetton comprou a Toleman. Byrne manteve-se como projectista e passou a dispor de mais recursos financeiros para conseguir construir um carro mais competitivo. Em Outubro de 1986, o Benetton B186, desenhado por Byrne, ganhou o Grande Prémio do México pela mão do austríaco Gerhard Berger.
Nas cinco temporadas que se seguiram, Byrne manteve-se na Benetton que venceu quatro corridas, Japão em 1989 e 1990, Austrália em 1990 e Canadá em 1991.
Rory Byrne decidiu deixar a Benetton ainda em 1991 para ingressar na Reynard, que pretendia entrar na F1. Mas no ano seguinte, o projectista sul-africano, regressou à Benetton.
Depois de desenhar o Benetton B193 que com Michael Schumacher e Riccardo Patrese conseguiu nove pódios e uma vitória, na Bélgica em 1993, Byrne projectou os carros que Schumacher venceu os campeonatos de pilotos em 1994 e 1995, com a Benetton a conquistar o Campeonato Mundial de Construtores nesse ultimo ano. 
No final de 1995, Byrne decidiu deixar a Benetton para se reformar, mas a sua aposentação acabou por só durar um ano.
Em 1997, Byrne foi contratado pela Ferrari e manteve-se na equipa italiana até ao final da temporada de 2006. Durante esses dez anos, Rory Byrne desenhou os carros com que a Ferrari venceu os seis títulos de Campeão do Mundo de Construtores entre 1999 a 2004 e Michael Schumacher conquistou os 5 títulos de Campeão Mundial de Pilotos entre 2000 e 2004. 
No final de 2006, Byrne, entregou o seu cargo, de Projectista Chefe, a Aldo Costa que tinha sido seu assistente desde 1998. Em Setembro desse ano, foi anunciado que Byrne iria permanecer na equipa Ferrari como consultor, cargo que manteve até 2009.    
Em 2012, regressou à Ferrari para trabalhar com o projectista Simone de Resta e manteve-se na equipa italiana nos anos seguintes como mentor.
Como reconhecimento da sua excelente carreira na F1, a Universidade Witwatersrand, agraciou Rory Byrne com o grau de Doutor em Engenharia.

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