28 de junho de 2020

BRAWN GP


A Brawn GP Formula One Team foi uma equipa de F1 que participou no Campeonato do Mundo de Formula 1 em 2009.
Em Dezembro de 2008 a equipa Honda anunciou a sua retirada da F1, colocando à venda todo o seu material. Nos meses que se seguiram vários foram os rumores sobre possíveis compradores mas nunca foi encontrada uma solução. Até que no final de Fevereiro de 2009 fez-se fumo branco. Ross Brawn, antigo Director Técnico da Honda, Ferrari e Benetton, adquiriu a equipa e no dia 6 de Março de 2009 formou a Brawn GP Formula One Team. A nova equipa passou a ter motores Mercedes e contou com os pilotos Jenson Button e Rubens Barrichello, que transitaram da extinta equipa Honda.
Nos testes de pré-época realizados em Espanha no Circuito de Jerez, os monolugares da Brawn GP foram os mais rápidos, surpreendendo assim todas as outras equipas.
Na primeira corrida da temporada, o Grande Prémio da Austrália, a Brawn GP confirmou os excelentes resultados da pré-época e colocou os dois carros na primeira linha da grelha de partida. A corrida foi um passeio para Jenson Button que liderou sem oposição e obteve uma vitória fácil, com Barrichello a terminar em 2º lugar. Foi a primeira vez, desde a Mercedes no Grande Prémio de França de 1954, que um construtor conquistou a pole-position e a vitória na estreia na F1.
Após a primeira corrida, foi efectuada uma queixa oficial por quatro equipes contra os difusores traseiros do Williams FW31, Toyota TF109 e Brawn BGP 001, alegando que os monolugares não estavam dentro das dimensões definidas nos regulamentos, mas depois de os carros terem sido analisados pelos comissários da corrida, foram considerados legais. Essa decisão foi apelada depois da segunda corrida da temporada, no entanto o órgão dirigente do automobilismo decidiu que o carro era legal.
Alheio a toda essa situação, Jenson Button venceu seis das sete primeiras provas da temporada, ficando desde logo com uma considerável vantagem na classificação, sobre o segundo colocado, que era o seu companheiro de equipa, Rubens Barrichello.
No entanto nas restantes dez provas a Brawn GP apenas conquistou duas vitórias. Barrichello ganhou o Grande Prémio da Europa em Valência e o Grande Prémio de Itália em Monza, com Button em 2º lugar, sendo essa a quarta dobradinha da equipa na temporada.
No Grande Prémio do Brasil, penúltima prova da temporada, Jenson Button obteve o 5º lugar, o bastante para se sagrar pela primeira vez Campeão Mundial de Pilotos e ao mesmo tempo a Brawn GP conquistou o titulo de Campeão do Mundo de Construtores.
A Brawn GP que depressa entrou na F1, também depressa saiu, já que em Novembro de 2009 a Mercedes-Benz adquiriu 75,1% e ficou com os direitos da equipa que passou a designar-se como: Mercedes-Benz Grand Prix Limited.
A Brawn GP no único ano em que esteve na F1 disputou 17 Grandes Prémios, conquistou 8 vitórias, 5 pole-positions, 4 voltas mais rápidas e 15 pódios. Conquistou o Campeonato Mundial de Pilotos e de Construtores.

24 de junho de 2020

CHICO LANDI


Francisco Sacco Landi, conhecido como Chico Landi, nasceu no dia 14 de Julho de 1907 em São Paulo, Brasil.
Oriundo de uma família de posses modestas, Chico Landi, deixou os estudos, aos 11 anos, para começar a trabalhar como aprendiz de mecânico e mais tarde passou a participar em corridas amadoras, organizadas pelos seus amigos.
Em 1934, estreou-se como piloto no segundo Grande Prémio do Rio de Janeiro, disputado no Circuito da Gávea, uma pista citadina também conhecida como “Trampolim do Diabo”. Chico Landi liderou a corrida até oito voltas do final, entregando a vitória a Irineu Corrêa.
Proprietário da empresa “Francisco Landi & Cia. Lda.” Que desempenhou um papel fundamental, durante a Segunda Guerra Mundial, ao fabricar o equipamento gasogénio, que incentivado pelo governo brasileiro, foi usado em carros particulares e também nos transportes públicos. O equipamento era instalado nos veículos e produzia o chamado, gás pobre, que substituía a gasolina. Foi esse “gás pobre” que possibilitou que o automobilismo não parasse durante a Grande Guerra, quando a distribuição de gasolina foi racionada.
Chico Landi, depois de uma breve passagem pela Europa onde participou em algumas corridas, foi campeão brasileiro em 1943, 1944 e 1945, ao volante de carros que usavam o sistema criado pela sua empresa, o que lhe valeu ser apelidado de, “Rei do Gasogénio”.
De volta à Europa, Landi venceu o Grande Prémio de Bari de 1948, uma das mais prestigiadas corridas da época, ao volante de um Ferrari 166.
Em 1950, foi criado o Campeonato do Mundo de F1 e no ano seguinte, Chico Landi tornou-se no primeiro piloto brasileiro a participar numa prova de F1 ao alinhar no Grande Prémio de Itália em Monza, tendo desistido ainda na primeira volta com problemas de transmissão no seu Ferrari.
Em 1952, Landi Participou no Grande Prémio da Holanda e no Grande Prémio de Itália, terminando em 9º e 8º lugar respectivamente. Nesse ano, o piloto brasileiro conduziu um Maserati A6GCM da Escuderia Bandeirantes.
No ano seguinte, Chico Landi voltou a disputar apenas duas provas de F1, o Grande Prémio da Suíça e de novo o Grande Prémio de Itália, tendo desistido nas duas corridas com problemas no seu Maserati.
Nos dois anos seguintes, Landi participou em corridas no Brasil.
O Grande Prémio da Argentina de 1956 foi a única dessa temporada, e a última corrida de F1 que Chico Landi disputou. O piloto brasileiro dividiu o Maserati 250 com o italiano Gerino Gerini e terminaram na 4ª posição, somando 1,5 ponto cada um.
Depois de deixar a F1, Landi continuou a participar em provas de automobilismo. No dia 23 de Novembro de 1960, junto com Christian “Bino” Heins, venceu as Mil Milhas do Brasil em Interlagos, ao volante de um Alfa Romeo JK 2000. Essa foi a última grande prova em que participou.
No dia 7 de Junho de 1989, Chico Landi morreu vítima de ataque cardíaco, aos 89 anos.

21 de junho de 2020

LOUIS STANLEY


Louis Thomas Stanley nasceu no dia 6 de Janeiro de 1912 em Wallasey, Inglaterra.
Depois de ter estudado teologia no Emmanuel College em Cambridge, de ter trabalhado como jornalista na revista Queen e de ter sido gerente no The Dorchester Hotel em Londres, Louis Stanley casou com Jean Owen, a irmã de Sir Alfred Owen, proprietário da equipa de F1 BRM.
Em 1962 a equipa britânica conquistou os títulos de Campeão Mundial de Construtores e Campeão do Mundo de Pilotos, com Graham Hill. Mas nos anos seguintes a competitividade da equipa começou a cair e deixou de lutar pelos títulos.
Louis Stanley passou a ter dois objectivos na sua vida, levar a BRM novamente ao lugar em que se encontrava em 1962 e fazer algo em relação aos lamentáveis padrões de segurança na F1.
O progresso em questões de segurança foi correctamente creditado a Jackie Stewart, quando o piloto escocês assumiu a presidência da GPDA, a Associação de Pilotos de Grande Prémio, no lugar de Jo Bonnier, mas Louis Stanley também teve um papel não menos importante, apesar de ter passado quase despercebido. Isso foi atribuído às suas posições intransigentes em relação a inúmeros assuntos, o que o deixava numa permanente situação de contestação.
As instalações de atendimento médico eram, na maioria dos casos, escandalosas nos circuitos na década de sessenta. Após o acidente do piloto da BRM, Jackie Stewart, no Grande Prémio da Bélgica em 1966, Stanley empenhou-se para criar, praticamente sozinho, o Grand Prix Medical Service, que era constituído por uma unidade hospitalar móvel.
Durante a década de setenta o serviço hospitalar passou a abranger praticamente todos os circuitos que recebiam a F1.
Em 1971, Stanley testou pessoalmente os fatos à prova de fogo e supervisionou o treino de combate a incêndios, depois de Jo Siffert ter perdido a vida a bordo de um BRM em Brands Hatch, num acidente em que o seu carro ardeu.
Stanley foi secretário honorário e tesoureiro da GPDA, tornou-se administrador da Jim Clark Fundaction e foi o fundador do Conselho Consultivo Jo Siffert.
Depois de deixar a F1, no final de 1977, Louis Stanley dedicou-se à sua segunda grande paixão, escrevendo livros sobre golfe. Louis Stanley morreu no dia 8 de Janeiro de 2004, aos 92 anos.

17 de junho de 2020

SPIELBERG


O Autódromo Red Bull Ring é um circuito de automobilismo situado em Spielberg, perto da cidade de Zeltweg na Áustria.
Construído em 1969 entre as montanhas da Estíria, começou por designar-se Circuito de Osterreichring e foi a sede do Grande Prémio da Áustria de F1 durante 18 anos consecutivos, entre 1969 e 1987.
A pista com 5.942 quilómetros, apresentava curvas rápidas e era do agrado da grande maioria dos pilotos, o que levou Alain Prost a dizer que todos os circuitos poderiam ser modificados, mas que Osterreichring deveria permanecer intocável, com a excepção das escapatórias que deviam ser maiores.
Mas em 1978 o circuito sofreu a sua primeira alteração com a introdução de uma chicane na curva 1.
Em 1995 a pista foi profundamente alterada, com um novo desenho apresentado pelo engenheiro alemão Hermann Tilke, que tornou o traçado mais curto, com as antigas curvas rápidas a darem lugar a curvas muito mais lentas, para criar oportunidades de ultrapassagens. Os custos da obra ficaram a cargo da operadora de comunicações A1 e o circuito passou a ser chamado: A1-Ring.
Depois de dez anos de ausência, a F1 voltou a Spielberg e durante sete anos consecutivos, entre 1997 e 2003, o Circuito A1-Ring foi a casa do Grande Prémio da Áustria.
Em 2004 a Red Bull comprou o circuito, para o qual tinha grandes projectos, entre eles estava a criação de uma escola de pilotagem, um museu automóvel e um hotel. As boxes e grande parte da bancada foram demolidas, com a intenção de serem renovadas, mas depois de uma campanha de moradores locais, em Dezembro de 2004, o Senado Ambiental da Áustria bloqueou as propostas e os trabalhos alegando que o projecto estava em desacordo com as regulamentações sobre ruído e poluição. Sete anos depois as obras voltaram a avançar com a Red Bull a fazer um forte investimento no circuito, adicionando instalações de dinâmica de veículos, área off-road e pista de karting, além de dois hotéis e um clube de campismo.
O renomeado Circuito Red Bull Ring foi inaugurado em Maio de 2011 com um festival de carros de corrida da Red Bull e o Grande Prémio de F1 Históricos.
Em 2014 o Campeonato Mundial de F1 regressou uma vez mais à Áustria, o que tem acontecido consecutivamente todos os anos até aos dias de hoje.
No dia 16 de Agosto de 1970 disputou-se o primeiro Grande Prémio da Áustria de F1 em Osterreichring, com o piloto local, Jochen Rindt em Lotus-Ford, a conquistar a pole-position, mas na corrida foi o belga Jacky Ickx, ao volante de um Ferrari, a vencer a prova.
O circuito original proporcionava velocidades elevadas e em 1987, Nelson Piquet ao volante de um Williams-Honda, estabeleceu um recorde de velocidade média para o circuito de 255.756 km / h.
Algumas das 32 edições do Grande Prémio da Áustria em Spielberg ficaram na história da F1. A começar pela vitória de Niki Lauda em 1985, que é até hoje o único piloto austríaco a ganhar no seu país. Em 1976 John Watson conquistou a sua primeira vitória na F1 e ao mesmo tempo deu à equipa Penske o seu primeiro triunfo, precisamente um ano depois da equipa norte-americana ter perdido o seu anterior piloto Mark Donohoe após um acidente mortal nas curvas Vost-Hugel. Em 2020, pela primeira vez na sua história, Spielberg foi a prova inaugural de um Campeonato Mundial de F1. Ainda em 2020, o Circuito Red Bull Ring, recebeu pela primeira vez o Grande Prémio da Estíria.
Jo Siffert em BRM, Vittorio Brambilla em March-Ford, Alan Jones em Shadow-Ford, Jean-Pierre Jabouille em Renault e Elio De Angelis em Lotus-Ford, foram os pilotos que se estrearam a vencer na F1 no circuito austríaco. Max Verstappen é o recordista de vitórias e já subiu por 4 vezes ao degrau mais alto do pódio em Spielberg. A McLaren com seis triunfos é a equipa mais vitoriosa.

14 de junho de 2020

ARROWS


A equipa Arrows Grand Prix International, participou no Campeonato do Mundo de F1 entre 1978 e 2002.
Fundada em 1977 pelos antigos integrantes da equipa Shadow: Franco Ambrosio, Alan Rees, Jackie Oliver, Dave Wass e Tony Southgate. Das iniciais dos sobrenomes dos fundadores, deriva o nome da equipa sediada em Milton Keynes na Inglaterra.
No Grande Prémio do Brasil de 1978 a Arrows estreou-se na F1 com o piloto italiano Riccardo Patrese ao volante do único carro que a equipa levou para Jacarepaguá. Patrese largou do 18º lugar da grelha de partida e terminou a corrida no 10º posto.
O outro piloto contratado foi o Sueco Gunnar Nilsson, mas problemas de saúde impediram-no de dar o seu contributo e foi substituído pelo alemão Rolf Stommelen a partir da segunda corrida do campeonato. Nilsson morreu de cancro no final de 1978. Mas esse não foi o único problema da Arrows no seu ano de estreia. O primeiro carro da equipa, o Arrows FA1, após a 11ª corrida do campeonato, foi proibido de correr pelo Tribunal Superior de Londres por ser uma cópia do DN9, o monolugar da Shadow, equipa que processou a Arrows por violação dos direitos de autor. Já a adivinhar o desfecho do tribunal, a Arrows projectou em apenas 52 dias, outro carro, o Arrows A1, que foi usado nas restantes provas da temporada.
Mas nem tudo foi mau nesse primeiro ano. Na terceira corrida em que participou a Arrows conseguiu pontuar pela primeira vez, através de Riccardo Patrese que obteve 1 ponto com o 6º lugar alcançado no Grande Prémio de Long Beach, resultado que repetiu na prova seguinte no Mónaco. Duas provas depois o piloto italiano deu à sua equipa o primeiro pódio com o 2º lugar no Grande Prémio da Suécia e na ultima prova da temporada obteve o 4º lugar no Grande Prémio do Canadá. Com 11 pontos, todos por intermédio de Patrese, a Arrows conseguiu o 10º lugar no campeonato com os mesmos 11 pontos do 9º classificado, a Williams.
Depois de um ano de 1979 difícil, com apenas 5 pontos conquistados no campeonato, a Arrows regressou ao pódio de uma corrida no Grande Prémio de Long Beach, de novo com Riccardo Patrese que conseguiu o 2º lugar na prova.
O ano de 1981 começou com o piloto italiano a conquistar a primeira pole-position da equipa no Grande Prémio de Long Beach. Patrese voltou a colocar o Arrows de novo no pódio por duas vezes, com o 3º lugar no Brasil e depois com outro 2º lugar em San Marino.
Depois de três anos penosos, onde nunca conseguiu mais do que o 5º lugar em três provas. A Arrows repetiu o resultado que tinha conquistado quatro anos antes em San Marino, mas desta vez com o belga Thierry Boutsen ao volante.
O ano de 1986 foi um desastre para a Arrows que conseguiu apenas 1 ponto no campeonato.
Em 1987 o piloto inglês Derek Warwick e o norte-americano Eddie Cheever foram contratados. Nesse ano a equipa igualou a sua melhor classificação no campeonato com o 7º lugar, igual como tinha sido há sete anos atrás.
No ano de 1988 a Arrows teve a sua melhor temporada na F1. Warwick conseguiu por quatro vezes o 4º lugar e Cheever voltou a colocar um Arrows no pódio de um Grande Prémio, quando terminou em 3º lugar em Monza. No final do campeonato a equipa terminou em 5º lugar e somou 23 pontos, os mesmos da equipa Lotus que foi 4ª classificada.
No ano seguinte Eddie Cheever obteve o 3º lugar no Grande Prémio dos Estados Unidos, na sua cidade natal, Phoenix. O piloto norte-americano pontuou apenas mais uma vez com o 5º lugar na Alemanha, enquanto que Warwick conseguiu o 5º lugar no Brasil e em San Marino e o 6º lugar na Alemanha, Bélgica e Japão. Depois de ter terminada a temporada anterior num excelente 5º lugar, a Arrows acabava o ano de 1989 no 7º posto entre os construtores.
O ano de 1990 foi uma desilusão. O 5º lugar alcançado por Alex Caffi no Grande Prémio do Mónaco foi o único resultado pontuável da equipa em toda a temporada. No final do ano o empresário japonês Wataru Ohashi, comprou a Arrows que passou a chamar-se: Footwork International Inc.
Em 1997 a Footwork desapareceu e voltou a surgir a Arrows. O antigo engenheiro da Benetton, Tom Walkinshaw comprou 51% da Footwork, tornou-se o novo Director da equipa e contratou o piloto campeão de 1996, Damon Hill e o brasileiro Pedro Paulo Diniz. A primeira metade da temporada foi para esquecer, mas depois, com a chegada do projectista John Barnard, o carro melhorou e Damon Hill conquistou o primeiro ponto do campeonato com o 6º lugar no Grande Prémio de Inglaterra. No Grande Prémio da Hungria, Hill surpreendeu todo o mundo da F1 ao obter o 3º lugar na grelha de partida, depois na corrida a surpresa ainda foi maior quando assumiu a liderança na 11ª volta e começou a aumentar a vantagem para o segundo classificado, até que a duas voltas do final a bomba hidráulica deixou de funcionar e a meio da última volta perdeu o primeiro lugar. Ainda assim o 2º lugar foi um excelente resultado para a equipa que conquistou o seu último pódio na F1. Damon Hill não pontuou mais nessa temporada, enquanto que Pedro Paulo Diniz conseguiu o 5º lugar no Grande Prémio do Luxemburgo em Nurburgring.
Em 1998 Damon Hill deixou a equipa e entrou o finlandês Mika Salo. O destaque vai para o Grande Prémio do Mónaco, onde a Arrows conseguiu ter os seus dois carros nos lugares pontuáveis, com o 4º lugar de Salo e o 6º de Diniz.
No ano seguinte o espanhol Pedro de la Rosa conseguiu o 6º lugar na primeira prova da temporada, na Austrália, mas nas restantes corridas a Arrows ficou sempre fora dos lugares pontuáveis e terminou a temporada com apenas 1 ponto.
Em 2000 de la Rosa obteve dois 6ºs lugares, no Grande Prémio da Europa e no Grande Prémio da Alemanha, enquanto que Jos Verstappen obteve o 5º lugar no Canadá e ficou às portas do pódio em Monza, atrás dos dois Ferrari e do McLaren-Mercedes de Mika Hakkinen.
O ano de 2001 voltou a ser negro. Verstappen marcou o único ponto da equipa na Áustria.
Em 2002 e depois dos dois 6ºs lugares que Heinz-Harald Frentzen conquistou em Espanha e no Canadá, a Equipa Arrows não participou nas últimas cinco provas da temporada devido a dificuldades financeiras e terminou a sua participação no Campeonato do Mundo de F1. O Grande Prémio da Europa em Nurburgring, desse ano, foi a ultima corrida onde os dois carros cruzaram a meta, em 10º e 13º lugar, já o Grande Prémio da Alemanha em Hockenheim foi a ultima prova que a Arrows disputou na F1, onde ambos os monolugares desistiram na corrida.
Nos 19 anos em que esteve envolvida na F1, a Arrows estabeleceu o recorde de 291 corridas sem vitórias, apesar de terem conquistado oito pódios, incluindo cinco 2ºs lugares, somando ainda 1 pole-position.

11 de junho de 2020

NICO ROSBERG


Nico Erik Rosberg nasceu no dia 27 de Junho de 1985 em Wiesbaden, Alemanha.
Filho do antigo Campeão Mundial de F1 de 1982, Keke Rosberg, Nico começou a competir em kartings com seis anos de idade e desde tenra idade venceu campeonatos regionais e nacionais em França, até passar, mais tarde, para as séries europeias e campeonatos mundiais. Com 16 anos mudou para a Formula BMW e ganhou o Campeonato ADAC com a equipa Viva Racing. Depois seguiu-se a Formula 3 Euro Series, onde competiu em 2003 e 2004. No ano de 2005 conquistou o primeiro campeonato GP2 Series.
Em 2006 estreou-se na F1 com a equipa Williams no Grande Prémio do Bahrain, tendo terminado a corrida em 7º lugar e obteve a volta mais rápida da corrida. Nico Rosberg manteve-se na equipa Williams até ao final da temporada de 2009. Nesses quatro anos o melhor resultado que conseguiu foi o 3º lugar no Grande Prémio da Austrália em 2008.
Em 2010 ingressou na Mercedes, mas o melhor que obteve foram três terceiros lugares na Malásia, China e Inglaterra. No ano seguinte nem ao pódio conseguiu ir, pois o Mercedes nunca se mostrou capaz de lutar pelas primeiras posições.
O ano de 2012 parecia ir pelo mesmo caminho dos anteriores, pois Rosberg tinha desistido nas duas primeiras corridas do ano, mas na terceira prova já tudo foi diferente e depois de ter conquistado a pole-position, a primeira da sua carreira, Nico Rosberg venceu o Grande Prémio da China, o que foi também a sua primeira vitória na F1 e também a primeira vitória da Mercedes em cinquenta e sete anos, depois da vitória de Juan Manuel Fangio no Grande Prémio de Itália em 1955.
Em 2013 Rosberg conquistou mais duas vitórias no Grande Prémio do Mónaco e no Grande Prémio de Inglaterra, pontuou nas dezasseis corridas que terminou e contou apenas com três desistências.
No ano seguinte, Nico Rosberg iniciou a temporada com ambições de conquistar o título e após cinco vitórias e dez segundos lugares, o piloto alemão chegou à última prova da temporada a precisar de ganhar a corrida, mas uma falha no sistema de recuperação de energia atirou-o para fora dos lugares pontuáveis e teve de se contentar com o 2º lugar na classificação do campeonato.
Em 2015 Rosberg foi nitidamente batido pelo seu companheiro de equipa, Lewis Hamilton, e nem as seis vitórias alcançadas conseguiram disfarçar a desilusão do piloto alemão no final da temporada.
Antes de começar o campeonato de 2016, Rosberg deixou de ler as notícias, estudou o sono com um médico de jet lag e concentrou-se na sua família. Alterou as suas luvas de corrida para melhorar as largadas, removeu a tinta do capacete para o tornar 80 gramas mais leve, contratou um treinador mental para aumentar a sua agressão e passou o seu tempo livre a andar de karting para manter a habilidade. Rosberg evitou o Facebook durante cinco meses, estudou filosofia, meditou para se manter concentrado e recebeu informações técnicas detalhadas da mecânica do Mercedes na sua sede em Brackley, Inglaterra.
Todos esses treinos e sacrifícios valeram a pena depois de Rosberg ter ganho as quatro primeiras provas, que o colocaram no topo da classificação. No entanto alguns erros e resultados abaixo da média fizeram-no perder a liderança após o Grande Prémio da Alemanha. Durante a pausa de verão, Rosberg mudou a sua dieta para diminuir açúcares do corpo, absteve-se do álcool, reflectiu sobre como melhorar ainda mais o seu desempenho e deixou de andar de bicicleta, perdendo 1 quilo de músculo nas duas pernas.
Quando a temporada recomeçou, Rosberg ganhou na Bélgica, Itália e Singapura, obteve um 2º lugar na Malásia e venceu no Japão, depois seguiram-se três segundos lugares que lhe permitiram chegar ao último Grande Prémio da época na frente do campeonato. Para vencer o título, Rosberg precisava terminar em primeiro, segundo ou terceiro, independentemente de Hamilton ganhar ou ficar em segundo. Lewis Hamilton ganhou o Grande Prémio de Abu Dhabi mas Nico Rosberg terminou em 2º lugar e dessa forma sagrou-se Campeão Mundial de F1. Foi o segundo filho de um ex-campeão de F1 a conquistar o título depois de Damon Hill.
No final da temporada de 2016, Nico Rosberg decidiu deixar a F1.
Nico Rosberg esteve 11 anos na F1. Disputou 206 corridas, conquistou 23 vitórias, 30 pole-position, 20 voltas mais rápidas e 57 pódios.

7 de junho de 2020

JO RAMÍREZ


Joaquín Ramírez Fernández, mais conhecido por Jo Ramírez, nasceu no dia 20 de Agosto de 1941 na Cidade do México, capital do México.
Depois de ter estudado engenharia mecânica na Universidade Nacional Autónoma do México, Jo Ramírez começou a disputar corridas de karting, onde conheceu e travou amizade com o piloto mexicano Ricardo Rodriguez.
No início dos anos sessenta, Rodriguez viajou para a Europa para seguir a carreira em automobilismo e Jo Ramírez decidiu acompanhar o seu amigo. Para isso, pediu ao pai de um amigo que trabalhava no governo, para lhe conseguir um bilhete de avião até Nova Iorque, depois comprou, por 200 dólares, uma passagem em classe turística no Navio Queen Elizabeth, de Nova Iorque até Southampton, de seguida foi de boleia desde Inglaterra até Itália. Em terras italianas Jo Ramírez e Ricardo Rodríguez conheceram o piloto argentino Juan Manuel Fangio e foi o penta-campeão mundial que ajudou Jo Ramírez a ingressar na Maserati, sucedeu-se a Lamborghini e também os protótipos com o Ford GT40 e o Porsche Gulf 917.
Em 1967 Jo Ramírez entrou no mundo da F1 através da equipa Eagle, fundada pelos pilotos norte-americanos Dan Gurney e Carroll Shelby. Em 1972 mudou para a Tyrrell onde assumiu as funções de engenheiro e chefe de equipa. Depois passou pela ATS, Shadow, Theodore e Copersucar, a equipa que Emerson Fittipaldi fundou juntamente com o seu irmão Wilson.
Em 1983 ingressou na McLaren como Coordenador. Foi na equipa chefiada por Ron Dennis, que Jo Ramírez viveu os melhores anos da sua vida desportiva. A McLaren transformou-se numa equipa vitoriosa, que contou sempre com grandes pilotos e Jo Ramírez conviveu de perto e tornou-se amigo pessoal de Alain Prost, Gerhard Berger, David Coulthard, Mika Hakkinen, mas especialmente de Ayrton Senna.
Em 2001, Jo Ramírez decidiu deixar a F1. Na penúltima corrida da temporada, o Grande Prémio dos Estados Unidos, os pilotos da McLaren, David Coulthard e Mika Hakkinen ofereceram-lhe uma moto Harley-Davidson.
Jo Ramírez esteve mais de 40 anos ligado ao automobilismo e mais de 30 na F1 onde se tornou um dos nomes mais respeitados do paddock.

3 de junho de 2020

REIMS


O Circuito de Reims-Gueux, na região de Champagne, foi uma pista de automobilismo que acolheu o Grande Prémio de França na década de 50 e 60.
Entre os anos de 1950 e 1966 o Circuito de Reims não recebeu a F1 apenas por cinco vezes. Em 1952, 1957, 1962 e 1964 a prova foi disputada no Circuito de Rouen e em 1965 no Circuito de Charade.
Construído em 1912, recebeu o primeiro evento automobilístico no dia 2 de Agosto de 1925. Diversas corridas foram promovidas na segunda metade dos anos 20 por organizadores locais da província de Champagne com grande sucesso, atraindo cada vez mais público, até que em 1932, L’Automobile Club de France (AFC) decidiu realizar naquele local o Grande Prémio de França. Passaram seis anos até o Grande Prémio de França voltar à região de Champagne. No seu retorno, em 1938, vieram junto os velozes e poderosos carros alemães. Era a fase pré guerra onde a supremacia germânica no automobilismo era comandada pela Auto Union e pela Mercedes.
A Segunda Guerra Mundial paralisou as competições na Europa e apenas em 1947 as provas foram retomadas no circuito de Reims.
Em 1950 foi criado o Campeonato do Mundo de F1 e a prova francesa foi incluída no campeonato. Juan Manuel Fangio foi o vencedor do Grande Prémio de França desse ano ao volante de um Alfa Romeo.
Nas onze edições do Grande Prémio de França que se disputaram em Reims, alguns entraram para a história, mas a prova de 1953 foi a que mais se destacou, com os pilotos das equipas Ferrari e Maserati a lutarem pela vitória. A prova teve simplesmente 12 trocas de posição entre os líderes. Fangio, Hawthorn, Ascari, Villoresi, Gonzaléz e Farina trocavam de posição diversas vezes durante cada uma das voltas. As últimas voltas deixaram Fangio e Hawthorn mais destacados na liderança e foram uma magnífica aula de pilotagem protagonizada pelos dois pilotos. Os dois carros corriam lado a lado nas longas rectas de Reims. Ao entrar na volta final, Hawthorn avançou alguns centímetros na liderança e ainda se encontrava à frente na última curva. O piloto inglês superou Fangio na linha de chegada pela diferença de um segundo.
Em 1966 o Grande Prémio de França visitou pela última vez o Circuito de Reims. No dia 3 de Julho, Jack Brabham levou o seu Brabham-Repco à vitória, na frente de Mike Parkes e Denny Hulme.
Juan Manuel Fangio, com três vitórias, foi o piloto que mais vezes ganhou em Reims. A Ferrari conquistou por quatro vezes a prova.