2 de novembro de 2022

RENAULT

 

A Renault F1 Team foi uma equipa francesa que participou no Campeonato do Mundo de F1 entre 1977 e 2020.
O primeiro carro Renault, construído por Louis Renault, apareceu em 1898, um ano antes de Louis e os seus dois irmãos, Marcel e Fernand, fundarem a empresa Renault Fréres no dia 25 de Fevereiro em Billancourt. 
A marca francesa, esteve envolvida nas primeiras corridas da história do automobilismo e em 1902 venceu a corrida Paris-Viena, com Marcel Renault ao volante. Em 1906, a Renault ganhou a primeira corrida de Grande Prémio da história, o Grande Prémio ACF, disputado no circuito de La Sarthe, em Le Mans.
Em 1975, Bernard Hanon, o diretor executivo da Renault, decidiu criar uma equipa de F1. Para isso a Renault iria construir um novo motor V6 turbo, projetado por Bernard Dudot.
O Grande Prémio de Inglaterra de 1977, marcou a estreia da Renault no Campeonato do Mundo de F1. Jean-Pierre Jabouille foi o único piloto escolhido pela marca francesa para a sua aventura na categoria máxima do automobilismo mundial. Com o 21º lugar na grelha de partida, Jabouille desistiu durante a 16ª volta da corrida com problemas no turbo do seu Renault. Depois de ter falhado as duas provas seguintes, onde se empenhou em tentar desenvolver melhor o carro mas principalmente o motor turbo, a Renault voltou no Grande Prémio da Holanda, onde Jabouille conseguiu o 10º lugar nos treinos de qualificação, mas na corrida voltou a desistir com problemas no carro, o mesmo acabou por acontecer em Itália e nos Estados Unidos. No Canadá, a Renault terminou o ano com mais um duro golpe ao não se qualificar para a corrida, com Jabouille a ficar a quase dois segundos do piloto mais próximo.
Em 1978, Jean-Pierre Jabouille continuou a ser o único piloto da Renault. Em termos de resultados, a temporada continuou a ser um inferno e apenas por quatro vezes Jabouille conseguiu levar o seu carro ao fim das corridas. No Grande Prémio dos Estados Unidos, Jabouille deu à Renault os primeiros pontos na F1 ao terminar a prova no 4º lugar. Foram esses 3 pontos que a Renault conquistou durante toda a temporada.
No ano de 1979, a Renault apresentou dois pilotos. René Arnoux juntou-se a Jabouille que continuou na equipa. Nas sete primeiras corridas do campeonato continuaram os problemas de fiabilidade e de falta de competitividade, mas no Grande Prémio de França a Renault colocou os seus dois pilotos na primeira linha da grelha de partida. Na corrida, Gilles Villeneuve levou o seu Ferrari à liderança durante as primeiras 46 voltas, até ser ultrapassado por Jabouille que venceu a prova com quase 15 segundos de vantagem. Para além de ter sido a primeira vitória de Jabouille e da Renault na F1, foi também a primeira vitória de um motor turbo na história da F1. Jabouille tornou-se assim no primeiro piloto francês a ganhar o Grande Prémio de França, ainda mais com um carro francês, com pneus franceses (Michelin), motor francês (Renault) e combustível e lubrificantes francês
(Elf). Arnoux, depois de uma dura batalha, roda com roda, com Villeneuve, terminou a prova no 3º lugar. Nas sete corridas seguintes, Arnoux conseguiu dois 2ºs lugares em Inglaterra e nos Estados Unidos, e um 6º lugar
na Áustria.
Nos quatro anos seguintes, a Renault passou a lutar pelas primeiras posições de forma cada vez mais regular e esteve perto do título máximo. Depois de três vitórias em 1980, a Renault contratou Alain Prost. Nas três temporadas que esteve na equipa, Prost venceu nove corridas e esteve na luta pelo título de pilotos, com a Renault a conseguir por duas vezes o terceiro lugar no Campeonato de Construtores e uma vez o segundo. 
Após 1983, começou o declínio da equipa. Em 1984, Patrick Tambay e Derek Warwick conseguiram três 2ºs lugares, mas no ano seguinte o melhor que a Renault conseguiu foi o 3º lugar em Portugal e em San Marino. No final de 1985, a equipa francesa retirou-se da F1 ficando apenas como fornecedora de motores.
Em 2002, a Renault regressou ao Mundial de F1 como equipa, após ter comprado a equipa Benetton em 2000, com o objectivo redobrado de conquistar os títulos que lhe escaparam na década de oitenta. Depois de uma temporada em que a Renault conseguiu pontuar em mais de metade das corridas, apesar de não ter conseguido nenhum pódio, no ano de 2003 a equipa francesa contratou Fernando Alonso e depois do piloto espanhol ter conseguido o 3º lugar na Malásia e no Brasil, e o 2º lugar em Espanha, conquistou a vitória no Grande Prémio da Hungria,  primeira do piloto asturiano e a primeira da Renault no seu regresso à F1, dez anos e dez dias depois do último triunfo. 
Em 2004, a única vitória da Renault aconteceu no prestigiado Grande Prémio do Mónaco, através do italiano Jarno Trulli.
Nos dois anos seguintes, a Renault conquistou o tão ambicionado título de Campeão do Mundo de Construtores e levou Fernando Alonso a sagrar-se Campeão Mundial de Pilotos nesses dois anos. 
No ano de 2007, Alonso deixou a equipa e o melhor que a Renault conseguiu foi o 2º lugar de Heikki Kovalainen no Grande Prémio do Japão. 
Fernando Alonso regressou à Renault em 2008 e apesar de ter devolvido as vitórias à marca gaulesa, ao vencer em Singapura e no Japão, a marca francesa apenas conseguiu o 4º lugar entre os construtores.
Em 2009, a Renault continuou em queda. Alonso conseguiu o 3º lugar em Singapura, no único pódio da equipa durante toda a temporada. No final desse ano a equipa francesa voltou a deixar a F1 e tal como aconteceu nos anos oitenta, manteve-se apenas como fornecedora de motores.
Em 2016, a Renault regressou mais uma vez como equipa à F1. Apesar de voltar com muitas ambições, a marca francesa enfrentou sempre muitas dificuldades para tornar o carro competitivo e nunca conseguiu lutar pelos primeiros lugares nas corridas entre 2016 e 2020. Nesses cinco anos, a Renault apenas conseguiu três pódios, todos em 2020, Daniel Ricciardo foi 3º em Nurburgring e em Imola, enquanto que Esteban Ocon conseguiu o 2º lugar no Grande Prémio de Sakhir. 
No dia 6 de Setembro de 2020, a Renault anunciou que a equipa iria mudar de nome e passar a designar-se por Alpine F1 Team.
Nos 22 anos que a Renault esteve na F1, disputou 362 Grandes Prémios. Conquistou 35 vitórias, 51 pole-positions, 31 voltas mais rápidas e 98 pódios. Conquistou os Campeonatos do Mundo de Construtores e de Pilotos em 2005 e 2006 com Fernando Alonso.   

Sem comentários: