14 de fevereiro de 2021

RONNIE PETERSON


Bengt Ronnie Peterson nasceu no dia 14 de Fevereiro de 1944 em Almby, Suécia.
Foi no karting que Peterson começou a sua aventura no automobilismo. Depois de ganhar vários títulos, incluindo dois campeonatos suecos, em 1963 e 1964, Peterson passou para a F3, tendo vencido o Campeonato Europeu de 1969. 
Em 1970, Ronnie Peterson estreou-se na F1 ao volante de um March-Ford no Grande Prémio do Mónaco. O piloto sueco alcançou o 12º lugar na grelha de partida e terminou a corrida no 7º posto, ficando às portas dos lugares pontuáveis.
No ano seguinte, a prova no Mónaco voltou a ser marcante na sua carreira, pois com o 2º lugar na corrida obteve os seus primeiros pontos na F1 e também o seu primeiro pódio. Peterson voltou a terminar na segunda posição em Inglaterra, Itália e Canadá, fechando a temporada com o 3º lugar nos Estados Unidos. Pelo meio foi 4º na Holanda e 5º na Alemanha. No final do campeonato, os 33 pontos conquistados deram-lhe a 2ª posição no campeonato, a 29 do Campeão, Jackie Stewart.
No ano de 1972 o March-Ford não mostrou a mesma competitividade da temporada anterior e Peterson apenas conseguiu um pódio, com o 3º lugar no Grande Prémio da Alemanha. O sueco ainda pontuou em mais quatro provas, foi 4º nos Estados Unidos, 5º na África do Sul e França e 6º na Argentina. 
Em 1973, Ronnie Peterson ingressou na Lotus, no entanto a temporada começou de forma desastrosa e no final das primeiras cinco corridas da temporada, ainda não tinha pontuado, conseguindo apenas a sua primeira pole-position no Brasil. Mas depois do Grande Prémio do Mónaco, onde obteve o 3º lugar, já tudo foi diferente. Em Anderstorp, onde se correu pela primeira vez o Grande Prémio da Suécia, Peterson foi 2º, mas quinze dias depois, conquistou a sua primeira vitória na F1 no circuito Paul Ricard, em França. Na corrida seguinte, em Inglaterra, voltou a estar no pódio com o 2º lugar obtido na corrida. Depois de dois abandonos, na Holanda e na Alemanha, o piloto sueco embalou para três vitórias nas últimas quatro corridas da temporada, Áustria, Itália e Estados Unidos, desistindo no Canadá. No final do campeonato somou 52 pontos e foi 3º classificado, a três pontos do segundo, que foi Emerson Fittipaldi, e a 19 pontos do campeão, Jackie Stewart.
Em 1974, a Lotus não produziu um bom carro e a equipa decidiu voltar a usar o Lotus 72 do ano anterior. Peterson venceu no Mónaco, França e Itália. Foi 3º no Canadá, 4º na Alemanha e 6º no Brasil. Os 35 pontos e o 5º lugar no campeonato ficaram muito aquém daquilo que esperava para esse ano.
O ano de 1975 foi ainda pior. Ainda a usar o Lotus 72, Peterson pontuou em apenas três corridas. Foi 4º no Mónaco e 5º na Áustria e nos Estados Unidos.
Em 1976, a temporada começou no Brasil, onde Peterson apenas obteve o 18º lugar na grelha de partida, sendo forçado a desistir na corrida devido a um acidente. Desiludido com a Lotus, o Sueco regressou à March, mas a temporada também não foi um sucesso, à exceção do Grande Prémio de Itália onde conquistou a vitória.
Em 1977, foi contratado pela Tyrrell, tendo conduzido o modelo P34B de seis rodas durante toda a temporada, conseguindo apenas o 3º lugar na Bélgica, o 5º na Áustria e o 6º em Itália.
Em 1978, Peterson voltou à Lotus, onde encontrou o norte-americano Mario Andretti como primeiro piloto. O sueco venceu na África do Sul e na Áustria (em ambas as corridas o seu companheiro de equipa desistiu), e terminou em 2º lugar na Bélgica, Espanha, França e Holanda, sempre atrás de Andretti. Pelo meio foi 3º na Suécia, 4º em Long Beach e 5º na Argentina. Os dois pilotos da Lotus chegaram a Monza, para o Grande Prémio de Itália, separados por 12 pontos e a faltarem três provas para a conclusão do campeonato. Durante os treinos, Peterson danificou o seu monolugar e teve que recorrer ao carro de reserva, que estava destinado a Mario Andretti, caso fosse necessário. Essa corrida foi a primeira a estrear o semáforo na largada e devido à inexperiência do diretor de corrida, Gianni Restelli, a luz verde foi acionada quando os últimos carros ainda não estavam completamente parados. Os pilotos que vinham de trás arrancaram em maior velocidade, o que fez com que todos os carros chegassem juntos ao ponto em que a recta se estreita antes da Chicane Goodyear. Os quatro primeiros, Mario Andretti, Gilles Villeneuve, Jean-Pierre Jabouille e Niki Lauda, ​​estavam longe o suficiente para evitar qualquer confusão, mas Peterson tinha feito uma má partida, da terceira linha da grelha, e foi imediatamente ultrapassado por Alan Jones, Jacques Laffite e John Watson. Jody Scheckter e Riccardo Patrese, que largaram em 10º e 12º, aproveitaram o lado direito da recta para ultrapassarem os pilotos da frente. Enquanto que Scheckter conseguiu voltar à pista bem à frente do pelotão, Patrese voltou logo à frente de James Hunt, que se desviou para a esquerda e colidiu com Peterson, com Vittorio Brambilla, Carlos Reutemann, Hans-Joachim Stuck, Patrick Depailler, Didier Pironi, Derek Daly, Clay Regazzoni e Brett Lunger, todos envolvidos num grande acidente. O Lotus de Peterson bateu forte nos rails e pegou fogo antes de voltar para o meio da pista. O piloto sueco ficou preso dentro do seu carro em chamas, mas Hunt, Regazzoni e Depailler conseguiram retira-lo antes que sofresse mais do que pequenas queimaduras, enquanto os comissários de pista e os bombeiros tentavam apagar o fogo no carro. Peterson foi deitado no meio da pista, totalmente consciente, mas com ferimentos graves nas pernas. Hunt disse mais tarde que impediu Peterson de olhar para as suas pernas para poupá-lo de mais sofrimento. O piloto sueco não corria perigo de vida e foi levado para o hospital de Milão, junto com os outros pilotos que ficaram feridos. 
No hospital, as radiografias de Peterson mostraram que tinha cerca de 27 fraturas nas pernas e pés. Durante a noite, a sua condição piorou e foi diagnosticado com embolia gordurosa. Na manhã seguinte, estava com insuficiência renal total devido à embolia e foi declarado morto às 9h55 no dia 11 de Setembro de 1978.
Ronnie Peterson esteve 9 anos na F1. Disputou 123 Grandes Prémios. Conquistou 10 vitórias, 14 pole-positions, 9 voltas mais rápidas e 26 pódios.

2 comentários:

Rui Amaral Lemos Junior disse...

Pronto Paulo, adicionei seu blog aos meu favoritos, abraço.

Por Dentro dos Boxes disse...

Tinha talento. Sabia conduzir a barata. Mas a fatalidade não o deixou ser campeão antes...