19 de janeiro de 2022

PEDRO RODRÍGUEZ


Pedro Rodríguez de la Vega nasceu no dia 18 de Janeiro de 1940 na Cidade do México, a capital do México.
Filho de Don Pedro Natalio Rodríguez e de Concepción de la Vega, tinha uma irmã mais velha, chamada Conchita, e três irmãos mais novos: Ricardo, Federico (que morreu com dois meses) e Alejandro.
Com 8 anos de idade começou a disputar corridas de bicicleta, mas pouco tempo depois passou a correr com motos e venceu o campeonato nacional mexicano em 1952 e 1954. Em 1955, quando tinha 15 anos, participou em algumas provas de automobilismo ao volante de um Jaguar XK120 e também com um Porsche 1600S. Ainda nesse ano foi estudar para a Western Military Academy, em Alton, no estado de Illinois, nos Estados Unidos, com o objetivo de aprender a falar inglês e também para se tornar mais disciplinado.
No final do ano de 1957, Pedro Rodríguez junto com o seu irmão Ricardo, participaram no Nassau Racing Week. Pedro com um Ferrari 500 TR e Ricardo com um Porsche 550, no entanto nem um, nem outro, conseguiram um bom resultado.  
Em 1959, Pedro Rodríguez viajou para a Europa e disputou os 1000 quilómetros de Nurburgring a bordo de um Porsche 1600S, tendo ficado em 2º na sua classe (13º na geral). Depois de participar em várias provas de Carros de Turismo e de Resistência, Pedro passou a correr na Formula Junior.
No ano de 1962, Pedro Rodríguez esteve temporariamente afastado das corridas depois de o seu irmão, Ricardo, morrer durante os treinos para o primeiro Grande Prémio do México de F1, uma prova que não fazia parte do campeonato.
Em 1963, Pedro regressou à competição e estreou-se na F1, com a Lotus, no Grande Prémio dos Estados Unidos. Depois de ter arrancado do 13º lugar, no total de 21 carros, viu-se obrigado a desistir com problemas de motor no seu monolugar. Três semanas depois, disputou o Grande Prémio do México mas voltou a desistir devido à falha da suspensão do seu Lotus.
No ano de 1964, Pedro apenas participou no Grande Prémio do México e fê-lo ao volante de um Ferrari da equipa, North American Racing Team, criada por Luigi Chinetti, o promotor da Ferrari nos Estados Unidos. Com o 6º lugar alcançado na corrida, Pedro Rodríguez conquistou o seu primeiro ponto na F1.
Em 1965, continuou na equipa de Luigi Chinetti e tal como dois anos antes, disputou o Grande Prémio dos Estados Unidos e o Grande Prémio do México. Na prova norte-americana conquistou 2 pontos, com o 5º lugar e depois foi 7º no seu país natal.
Em 1966, regressou à Lotus e correu os Grandes Prémios de França, Alemanha, Estados Unidos e México, tendo desistido em todos.
Em 1967, ingressou na equipa Cooper e disputou todo o campeonato, com excepção das corridas no Canadá, Itália e Estados Unidos, que esteve afastado devido a lesões sofridas num acidente durante uma prova de F2 em Enna, na Sicília, em Itália. Pedro começou da melhor maneira a temporada ao vencer o Grande Prémio da África do Sul e assim conquistou a sua primeira vitória e primeiro pódio na F1. Ao longo do campeonato, voltou a pontuar por mais quatro vezes. Foi 5º no Mónaco e em Inglaterra e 6º em França e no México.
Em 1968, Pedro Rodríguez mudou para a equipa BRM. Apesar do carro ser mais competitivo, também sofria de problemas de fiabilidade o que o obrigou a desistir em sete das doze corridas do campeonato. Nas cinco provas em que chegou ao fim, foi 6º na Alemanha, 4º no México, 3º na Holanda e no Canadá, e 2º na Bélgica. Nesse ano, obteve a sua primeira e única volta mais rápida em corrida no Grande Prémio de França.
Pedro começou a temporada de 1969 ainda com a BRM, mas depois de três corridas, em que somou três desistências, mudou para a Ferrari e disputou cinco provas, tendo terminado no 6º lugar em Monza, onde se correu o Grande Prémio de Itália, e mais tarde foi 5º em Watkins Glen, onde teve lugar o Grande Prémio dos Estados Unidos.
Em 1970, Pedro Rodríguez regressou à BRM. Após três corridas, o mexicano contava apenas 1 ponto conquistado devido ao 6º lugar alcançado no Grande Prémio do Mónaco. Na prova seguinte, na Bélgica e depois de ter arrancado do 6º lugar, Pedro assumiu a liderança da corrida na 5ª volta e não mais a perdeu até ver a bandeira de xadrez e assim conquistou a sua segunda vitória. Nas restantes nove provas, pontuou mais quatro vezes. Conseguiu o 4º lugar na Áustria e no Canadá, depois foi 2º nos Estados Unidos e terminou a temporada com o 6º lugar no México.
No ano de 1971, a BRM era uma das equipas mais competitivas, no entanto após cinco corridas disputadas, Pedro Rodríguez tinha um 4º lugar, alcançado em Espanha e depois foi 2º na Holanda.
Pedro sempre disputou corridas de Resistência e de GT quando não tinha provas de F1. No dia 11 de Julho de 1971, no circuito alemão de Norisring, em Nuremberga, onde se disputava as 200 Milhas de Norisring, Pedro Rodríguez pilotava o Ferrari 512M quando sofreu um acidente devido a uma falha no pneu dianteiro direito. O carro bateu no muro, foi projetado para a pista e pegou fogo. Pouco tempo depois de ter sido tirado do carro e em consequência dos ferimentos, Pedro Rodríguez acabou por morrer.
Para além da F1, Pedro Rodríguez foi um dos melhores pilotos de provas de Resistência e GT. Venceu por duas vezes as 24 Horas de Daytona e os 1000 km de Monza. Ganhou também as 6 Horas de Watkins Glen, 1000 km de Brands Hatch, 1000 km de Spa-Francorchamps e os 1000 km de Zeltweg. 
Disputou as 24 Horas de Le Mans por 14 vezes (entre 1958 e 1971), três dessas vezes com o seu irmão Ricardo como companheiro de equipa. Pedro venceu a mítica corrida em 1968 ao volante de um Ford GT40.
Pedro Rodríguez esteve nove anos envolvido na F1. Disputou 54 Grandes Prémios. Conquistou 2 vitórias, 1 volta mais rápida e 7 pódios.
Em 1971, em sua homenagem e também ao seu irmão Ricardo, o Autódromo Magdalena Mixhuca, na Cidade do México, passou a ser chamado de Circuito Hermanos Rodríguez.

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