25 de maio de 2022

TONY RUDD

 

Anthony Cyril Rudd nasceu no dia 8 de Março de 1923 em Stony Stratford, Inglaterra.
Filho de um oficial da RAF, a Força Aérea Real (o ramo aéreo das forças armadas do Reino Unido), Tony Rudd frequentou a Radcliffe School em Wolverton. Na década de trinta, ainda adolescente, teve o seu primeiro contacto com o mundo do automobilismo ao tornar-se assistente na equipa White Mouse Racing, propriedade do tailandês Príncipe Chula e do seu primo, o Príncipe Bira, que era piloto da equipa. Essa passagem pelo automobilismo foi fundamental para Tony Rudd decidir seguir a carreira de engenheiro, mas os estudos foram interrompidos quando começou a Segunda Guerra Mundial e Rudd juntou-se à Força Aérea Real, tornando-se piloto do bombardeiro Lancaster, tendo voado em 27 missões sobre a Europa e depois uma das suas funções foi estudar as falhas e os defeitos dos motores Merlin. Com o final da guerra, Tony Rudd, regressou aos estudos e em 1951 ingressou na BRM, passando a trabalhar, juntamente com Peter Berthon, um dos fundadores da equipa britânica, nos motores V16 que equipava os BRM no início da década de cinquenta, mas sem grande sucesso.
Após Alfred Owen ter assumido o comando da BRM, em 1954, Tony Rudd projetou o modelo P25, que se estreou nas corridas em 1956 e que foi um grande passo em frente para a equipa britânica. No Grande Prémio da Holanda de 1959, o sueco Jo Bonnier levou o P25 à vitória, dando o primeiro triunfo à BRM.
Em 1961, e com algumas mudanças nas regras da F1, Alfred Owen ameaçou desistir a não ser que as vitórias nas corridas fossem alcançadas muito em breve. Tony Rudd assumiu o cargo de Chefe de Equipa e também de Engenheiro-Chefe e foi sob a sua orientação que a BRM cresceu e o modelo P57, conduzido por Graham Hill, venceu quatro das nove corridas do Campeonato do Mundo de 1962 e levou Hill a conquistar o título de Campeão Mundial de Pilotos, e a BRM a vencer o Campeonato Mundial de Construtores. 
Entre 1963 e 1965, a BRM esteve sempre na luta pelos primeiros lugares e terminou esses três campeonatos no segundo lugar entre os construtores. 
Em 1966, as regras da F1 voltaram a mudar e Tony Rudd decidiu projetar um motor revolucionário, o H16, que se mostrou ser complexo e nunca teve o sucesso esperado, ainda assim venceu uma corrida, o Grande Prémio dos Estados Unidos de 1966, mas a impulsionar um carro da equipa Lotus pilotado por Jim Clark. 
No ano de 1969, Tony Rudd mudou de ares e ingressou na Lotus para desempenhar a função de Director de Engenharia, principalmente nos carros de estrada. Em meados da década de setenta, Rudd, passou a trabalhar no desenvolvimento do efeito solo do Lotus 78 que levou a equipa de Colin Chapman de novo às vitórias. Rudd, trabalhou depois na evolução da suspensão activa e também no motor de F1 turbo para a Toyota, que acabou por nunca ser concretizado. 
No ano de 1982, com a morte de Colin Chapman, Tony Rudd teve um papel determinante em manter o Grupo Lotus no activo. 
Em 1986, a Lotus Engineering foi vendida à General Motors e Tony Rudd foi nomeado Director-Técnico. Três anos depois, o presidente da Lotus, Fred Bushell, foi preso, por irregularidades financeiras, e a Família Chapman (que manteve a propriedade da Lotus), pediu a Rudd que assumisse a direção da equipa. Tony Rudd permaneceu um ano à frente da equipa, mas deixou a Lotus quando esta foi vendida a Peter Wright e Peter Collins.
Rudd deixou as corridas, aposentou-se e passou a trabalhar como engenheiro consultor na indústria automóvel. Mais tarde escreveu uma autobiografia, “It Was Fun: My Fifty Years of High Performance”, que foi muito elogiada. Colaborou ainda com o jornalista inglês, Doug Nye, que escreveu a história da BRM.
Tony Rudd morreu no dia 22 de Agosto de 2003, com 80 anos.

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