11 de julho de 2021

MATRA

 

A Matra Sports foi uma equipa de automobilismo que participou no Campeonato do Mundo de F1 na década de sessenta e início de setenta.
Em 1945, Marcel Chassagny criou a Matra, empresa que nos anos seguintes, se especializou nas áreas aeroespacial, aeronáutica e automobilismo. 
No ano de 1963, o empresário francês, Jean-Luc Lagardére, foi nomeado Diretor Executivo da Matra, sendo uma figura chave na empresa durante as três décadas seguintes. 
Nos primeiros anos da década de sessenta a Matra teve grande sucesso na F3 e F2, conquistando os campeonatos franceses e europeus.
Em 1967, a Matra estreou-se na F1 no Grande Prémio do Mónaco. Jean-Pierre Beltoise não conseguiu qualificar-se para a corrida, ao contrário de Johnny-Servoz Gavin que largou do 11º lugar, mas foi obrigado a desistir na corrida na 4ª volta com problemas de motor no seu carro. A equipa apenas voltou a participar nas duas últimas provas, Estados Unidos e México, onde apenas levou Beltoise para as provas no continente Americano, com o piloto gaulês a terminar ambas no 7º lugar.
Em 1968, a Matra participou em todas as provas da temporada e apresentou-se num excelente nível. Na primeira corrida do campeonato, na África do Sul, Jean-Pierre Beltoise foi 6º e conseguiu o primeiro ponto para a equipa francesa na F1. Depois de um 5º lugar, de Beltoise, em Espanha e de um 4º de Jackie Stewart na Bélgica, a Matra conseguiu a sua primeira vitória na F1 através de Stewart que ganhou o Grande Prémio da Holanda, na frente do seu companheiro de equipa, Beltoise. Jackie Stewart voltou a vencer na Alemanha e nos Estados Unidos. Nas contas finais do campeonato de construtores, a Matra obteve o 3º lugar.
No ano de 1969, Stewart e Beltoise continuaram a ser os pilotos da marca francesa. Stewart iniciou a temporada com duas vitórias nas duas primeiras corridas, na África do Sul e Espanha, enquanto que o seu companheiro de equipa foi 6º e 3º. Depois de ambos os pilotos terem desistido no Mónaco, onde Stewart obteve a primeira pole-position da Matra, o piloto escocês venceu as três corridas seguintes, Holanda, França e Inglaterra, Beltoise apenas pontuou em França, onde foi 2º. Stewart terminou no 2º lugar na Alemanha, mas depois venceu em Itália, onde Beltoise ocupou o ultimo degrau do pódio. Com a vitória em Monza, Jackie Stewart e a Matra conquistaram ambos os títulos de Campeão do Mundo de F1, mesmo ainda faltando três corridas para terminar a temporada. Nas provas restantes, Canadá, Estados Unidos e México, Stewart obteve o 4º lugar na Cidade do México, depois de ter somado duas desistências nas duas corridas anteriores, enquanto que Beltoise foi 4º no Canadá, desistiu na prova norte-americana e foi 5º em terras mexicanas. Na prova canadiana, a Matra teve um terceiro carro, equipado com tração às quatro rodas, entregue ao piloto Johnny-Servoz Gavin, que terminou a corrida no 6º lugar e assim tornou-se no primeiro, e único, piloto a pontuar numa prova de F1 com um monolugar de tração total.
Em 1970, Jackie Stewart ingressou na equipa Tyrrell, Jean-Pierre Beltoise continuou na Matra que contratou Henri Pescarolo para o lugar de Stewart. No entanto a temporada foi bem diferente da anterior. Beltoise foi 3º na Bélgica e Itália, 4º na África do Sul, 5º na Holanda e México e 6º na Áustria, ao passo que Pescarolo terminou em 3º no Mónaco, 5º em França e 6º na Bélgica e Alemanha. No campeonato, a equipa francesa apenas conseguiu a 7ª classificação com 23 pontos.
No ano seguinte, o neozelandês Chis Amon ocupou o lugar de Henri Pescarolo, em contrapartida Beltoise continuou fiel à equipa. A temporada foi uma desilusão ainda maior, pois apenas Amon conseguiu um pódio ao terminar no 3º lugar no Grande Prémio do Mónaco, e depois de ter terminado em 5º na África do sul e em França, Amon obteve a pole-position em Monza, onde conseguiu o 6º lugar na corrida. Já Beltoise, apenas arrecadou um ponto em toda a temporada, com o 6º lugar em Espanha.
Em 1972, a Matra apenas participou no campeonato com um carro, entregue a Chis Amon que conseguiu o ultimo pódio da equipa, com o 3º lugar no Grande Prémio de França. Com o 4º posto em Inglaterra, o 5º na Áustria e o 6º no Mónaco, Bélgica e Canadá, Amon terminou a temporada com 12 pontos, os mesmos que a sua equipa que se classificou no 8º lugar no Campeonato Mundial de Construtores.
No final desse ano de 1972, a Matra retirou-se da F1 para se dedicar, apenas, às provas de endurance.
Durante seis anos, a Matra esteve envolvida na F1, disputando 60 Grandes Prémios. Conquistou 9 vitórias, 4 pole-positions e 12 voltas mais rápidas. Venceu o Campeonato do Mundo de Construtores e de Pilotos em 1969.

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