13 de maio de 2020

LORENZO BANDINI


Lorenzo Bandini nasceu no dia 21 de Dezembro de 1935 em Barce na Líbia italiana, uma ex-colónia de Itália.
A sua família voltou para Itália em 1939, passando a residir nos arredores de Florença. Bandini perdeu o seu pai quando tinha 15 anos e logo depois conseguiu um emprego como aprendiz de mecânico na oficina de automóveis de Goliardo Freddi, pai da sua futura esposa.
Foi nas motos que Lorenzo Bandini começou a competir, mas depressa passou para os carros com o apoio do seu patrão. Bandini venceu as Mille Miglia e as 12 horas de Monza no ano de 1958. Nos dois anos seguintes passou pela Formula Junior.
Em 1961 estreou-se no Campeonato do Mundo de Formula 1 no Grande Prémio da Bélgica ao volante de um Cooper-Maserati, sendo obrigado a desistir na 20ª volta com um problema no rolamento de uma roda.
No ano seguinte ingressou na Ferrari e na corrida inaugural do campeonato, o Grande Prémio do Mónaco, terminou em 3º lugar, conquistando não só o seu primeiro pódio como os primeiros pontos na F1.
No ano de 1963 disputou os Grandes Prémios de França, Inglaterra e Alemanha com um BRM, mas depois regressou à Ferrari para as restantes provas da temporada. O 5º lugar foi o melhor resultado que conseguiu na Alemanha, Estados Unidos e África do Sul.
Em 1964 teve a sua primeira temporada completa na F1. O início do campeonato foi péssimo, com duas desistências e outras duas corridas fora dos lugares pontuáveis, Bandini pontuou pela primeira vez no Grande Prémio de Inglaterra com um 5º lugar, e na corrida seguinte, em Nurburgring, alcançou o lugar mais baixo do pódio. No Grande Prémio da Áustria, Lorenzo Bandini conquistou a sua primeira vitória na F1. Em Itália e no México voltou a terminar em 3º lugar, obtendo assim mais dois pódios. No final do campeonato, Bandini ficou em 4º lugar.
O ano de 1965 foi um desastre, com Lorenzo Bandini a terminar apenas por quatro vezes nos lugares pontuáveis, sendo o 2º lugar alcançado no Grande Prémio do Mónaco o melhor resultado da temporada.
Em 1966 foi 2º no Grande Prémio do Mónaco e 3º no Grande Prémio da Bélgica e dessa forma, ao fim das duas primeiras provas da temporada, assumiu a liderança do campeonato pela primeira vez na F1. Mas nas provas seguintes o seu Ferrari sofreu problemas de fiabilidade, o que lhe permitiu terminar apenas duas corridas na 6º posição. No final do campeonato foi 9º classificado com 13 pontos.
Em 1967, Bandini não participou na primeira prova do campeonato na África do Sul, mas chegou com boas espectativas para alcançar um bom resultado no Grande Prémio do Mónaco. Largou em 2º lugar e chegou a estar um primeiro logo após a partida, no entanto caiu para terceiro e na 15ª volta assumiu a segunda posição. Aos poucos foi diminuindo a desvantagem para o líder da corrida. Na 82ª volta, na chicane do porto, que na época era bem mais rápida e bem menos segura do que é nos dias de hoje, o Ferrari de Bandini bateu lateralmente nos fardos de palha e explodiu, acabando no meio da pista envolto em chamas. O piloto italiano ficou preso dentro do carro durante largos minutos até ser socorrido e levado para o hospital. Com queimaduras de terceiro grau em 70% do corpo, além de fracturas no tórax, Lorenzo Bandini morreu três dias depois do acidente.
Nos sete anos em que esteve na F1 disputou 47 Grandes prémios, conquistou 1 vitória, 1 pole-position, 2 voltas mais rápidas e 8 pódios.
Lorenzo Bandini participou também em provas de endurance. Em 1963 venceu as 24 Horas de Le Mans ao volante do Ferrari 250 P. Em 1967 conquistou as 24 Horas de Daytona e os 1000 Quilómetros de Monza com o Ferrari 330P4.

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