6 de fevereiro de 2022

CLAY REGAZZONI

 

Gianclaudio Giuseppe Regazzoni, conhecido como Clay Regazzoni, nasceu no dia 5 de Setembro de 1939 em Mendrisio, Suíça.
Nascido 5 dias após o início da Segunda Guerra Mundial, Clay Regazzoni cresceu em Porza, em Cantão de Ticino, região de idioma italiano no sul da Suíça.
Foi já com 24 anos que Regazzoni começou a competir em provas de automobilismo em 1963 em Itália, com um Austin-Healey, conseguindo dois pódios nas três primeiras provas. 
No ano de 1965 começou a disputar provas de F3 e em 1968 passou a competir na F2, alcançando as primeiras vitórias em 1970 e também a conquista do campeonato europeu.
Foi também no ano de 1970 que se estreou na F1, no Grande Prémio da Holanda, onde correu ao volante de um Ferrari, tendo alcançado o 4º lugar e os seus primeiros pontos na F1. Foi também a 4ª posição que conseguiu em Inglaterra na sua segunda corrida de F1. Depois de ter desistido na Alemanha, Regazzoni conquistou o seu primeiro pódio na F1 com o 2º lugar no Grande Prémio da Áustria, 61 centésimos atrás do seu companheiro de equipa, o belga Jacky Ickx. Na corrida seguinte, em Monza, Clay Regazzoni venceu pela primeira vez na F1, precisamente em Itália, o mesmo país onde começou a sua aventura no automobilismo. Nessa temporada voltou a terminar em 2º lugar no Canadá e no México, onde conquistou a sua primeira pole-position na F1, terminando o campeonato na 3ª posição, com 33 pontos.
Em 1971, o Ferrari 312B e 312B2, usados pelo piloto suíço, não se mostraram fiáveis, levando Regazzoni a colecionar sete desistências em onze provas, nas restantes quatro corridas, conseguiu o 3º lugar na África do Sul, Holanda e Alemanha, e foi 6º na última corrida do campeonato nos Estados Unidos.   
No ano seguinte o panorama não foi muito diferente. Foi 5º no Canadá, 4º na Argentina, 3º em Espanha e 2º na Alemanha. Nas contas finais do campeonato, Regazzoni obteve 15 pontos, mais dois do que na temporada anterior.
Em 1973, Regazzoni ingressou na BRM onde teve a companhia de Niki Lauda. O piloto suíço começou o campeonato com a pole-position na primeira prova do mundial, na Argentina. Depois de ter sido 6º no Brasil, Regazzoni envolveu-se num acidente no Grande Prémio da África do Sul, sendo retirado do seu carro em chamas pelo piloto Mike Hailwood, que mais tarde recebeu a Medalha George (instituída a 24 de Setembro de 1940 pelo Rei George IV de Inglaterra), pelo seu heroísmo em salvar a vida de Regazzoni. Clay voltou a pontuar no Grande Prémio da Áustria, onde foi 6º e terminou o campeonato com apenas dois pontos.
Em 1974, Regazzoni regressou à Ferrari, que passou a ser dirigida por Luca de Montezemolo, e recomendou à equipa italiana contratar Niki Lauda para seu companheiro de equipa. Regazzoni voltou aos pódios e conseguiu dois 3ºs lugares (Argentina e França), quatro 2ºs (Brasil, Espanha, Holanda e Canadá), e conquistou a vitória no Grande Prémio da Alemanha. No final da temporada foi 2º classificado com 52 pontos, apenas menos 3 que o campeão, Emerson Fittipaldi.
A Ferrari manteve a dupla de pilotos em 1975, Lauda ganhou cinco corridas e Regazzoni apenas triunfou no Grande Prémio de Itália, em Monza. Clay também venceu o Grande Prémio da Suíça, uma corrida que não integrou o campeonato do mundo, tornando-se no único piloto suíço a faze-lo, apesar da prova se ter disputado no circuito francês de Dijon-Prenois. Na restante temporada, Clay foi 3º na Suécia e na Holanda, 4º na Argentina e Brasil, e 5º na Bélgica. 
Em 1976, Regazzoni também apenas venceu uma corrida, foi o Grande Prémio de Long Beach onde para além da vitória obteve a pole-position e a volta mais rápida da corrida. O piloto suíço foi ainda 2º na Bélgica, Holanda e Itália. 
No ano de 1977, Clay foi contratado pela Ensign, uma equipa pequena do meio do pelotão. Dois 5ºs lugares em Itália e nos Estados Unidos, e um 6º na Argentina deram os cinco pontos com que Regazzoni terminou o campeonato.
No ano seguinte mudou de ares e ingressou na Shadow, onde apenas conseguiu o 5º lugar no Brasil e na Suécia.
Em 1979, Frank Williams contratou Regazzoni para a sua equipa e foi o piloto suíço a conquistar a primeira vitória da equipa Williams na F1 ao vencer o Grande Prémio de Inglaterra, o que foi também o ultimo triunfo de Regazzoni na F1. Nessa temporada, Clay obteve mais quatro pódios, com o 2º lugar no Mónaco e na Alemanha, e o 3º lugar em Itália e no Canadá, pelo meio foi 5º na Áustria e 6º em França. O 3º lugar na prova canadiana foi o último pódio de Regazzoni na F1.
Em 1980, Clay voltou à Ensign. O piloto suíço chegou ao Grande Prémio de Long Beach, a 4ª prova da temporada, sem conseguir ainda nenhum ponto. Na corrida, Regazzoni que largou do 24º lugar, teve um terrível acidente na 50ª volta quando ficou sem travões no final da longa recta da meta quando seguia a uma velocidade de cerca de 280 quilómetros por hora. Clay pouco conseguiu fazer para reduzir a velocidade do seu carro e acabou por bater com violência no Brabham de Ricardo Zunino, que estava encostado na escapatória desde o início da corrida, e ainda nos blocos de betão. O embate foi tão violento que os blocos, que pesavam cerca de 4 toneladas cada um, moveram-se 2 metros. Regazzoni ficou paralisado da cintura para baixo e viu a sua carreira terminar de forma abrupta.
Após o acidente, Regazzoni tornou-se conhecido por ajudar pessoas com deficiência a terem oportunidades iguais na vida e na sociedade. Apesar de sua deficiência, Regazzoni estava determinado a viver uma vida tão plena quanto possível e a sua reabilitação tornou-se uma história inspiradora. Clay recuperou a sua licença de corrida e tornou-se um dos primeiros pilotos com deficiência a participar em provas de automobilismo de alto nível. Participou no Rally Paris-Dakar, nas 12 Horas de Sebring. Em 1994, regressou a Long Beach para participar na Toyota Pro Celebrity Race.
Clay Regazzoni morreu no dia 15 de Dezembro de 2006, quando embateu com o seu Chrysler na traseira de um camião na auto-estrada italiana A1, perto de Parma. 
Nos 11 anos que Clay Regazzoni esteve envolvido na F1, disputou 132 Grandes Prémios. Conquistou 5 vitórias, 5 poles-positions, 15 voltas mais rápidas e 28 pódios.

Sem comentários: