30 de março de 2022

TI-AIDA

 

O Tanaka International Circuit Aida, mais conhecido como circuito Ti-Aida, é um autódromo japonês que sediou o Grande Prémio do Pacífico na década de noventa.
No final dos anos oitenta, o milionário nipónico Hajime Tanaka, que fez fortuna a construir e a gerir campos de golfe, teve a ideia de construir um circuito privado onde os magnatas do Japão pudessem usar os seus carros desportivos a troco de uma inscrição, com um custo de 120 mil dólares, num clube vitalício e exclusivo.  
Em 1989, o circuito começou a ser construído numa zona montanhosa, próximo da cidade de Aida, atual Mimasaka. No ano seguinte, o autódromo Ti-Aida estava concluído. A designação “Ti” era uma abreviatura a Tanaka International enquanto que Aida era a mais próxima cidade importante. A pista conta com uma extensão de 3.702 metros e varia as curvas lentas com curvas mais rápidas, intercaladas por duas rectas, a principal com cerca de 600 metros e a interior com sensivelmente 700 metros.
Em 1992, o circuito recebeu as primeiras corridas que contaram para o Campeonato Japonês de Carros de Turismo, no entanto, Hajime Tanaka sonhava mais alto e começou a negociar com Bernie Ecclestone a realização de uma segunda corrida de F1 em solo japonês, indo assim de encontro com o desejo do “patrão” da F1, que pretendia ter mais corridas na Ásia.
No dia 17 de Abril de 1994, o Circuito Ti-Aida sediou o primeiro Grande Prémio do Pacifíco. Ayrton Senna, em Williams-Renault, obteve a pole-position mas acabou por desistir depois de ter sido atirado para fora da pista, na curva 1, pelo McLaren-Peugeot de Mika Hakkinen. Michael Schumacher, ao volante de um Benetton-Ford, venceu a corrida na frente do Ferrari de Gerhard Berger e de Rubens Barrichello, em Jordan-Hart, que com o 3º lugar conseguiu o seu primeiro pódio na F1.
Em 1995, o Grande Prémio do Pacifico foi disputado no mês de Outubro e não em Abril, como inicialmente estava previsto, devido ao forte terramoto que atingiu a cidade de Kobe. A Williams-Renault, voltou a conseguir a pole-position, mas com David Coulthard ao volante, enquanto que a corrida, tal como no ano anterior, foi ganha pelo alemão Michael Schumacher, em Benetton-Renault. 
A fraca afluência do público, muito por culpa dos maus acessos ao autódromo, levaram a que Hajime Tanaka e também a camarã de Aida, terminassem por ali a sua aventura ligada à F1.
Nos anos seguintes, o Tanaka International Circuit Aida, recebeu várias corridas de campeonatos japoneses, entre eles o Campeonato Japonês GT. Em Abril de 2004, o circuito foi comprado pela Unimat Corporation, uma empresa ligada à construção de máquinas de café e em Maio de 2005 o autódromo foi renomeado para Circuito Internacional de Okayama. Nos anos seguintes foram realizadas obras para melhorar os acessos ao circuito e em 2008 foi disputada a primeira de três corridas do Campeonato Mundial de Carros de Turismo. Em 2012, o circuito mudou de novo de mãos e passou para a Aska Corporation, uma empresa fabricante de peças para automóveis. Com a nova administração, o autódromo ganhou nova vida e passou a realizar mais corridas de vários campeonatos japoneses de provas de automóveis e também corridas de motociclismo.
Nos dois anos que o circuito de Ti-Aida recebeu a F1, o piloto alemão Michael Schumacher e a equipa Benetton, monopolizaram as vitórias.

27 de março de 2022

LELLA LOMBARDI

 

Maria Grazia Lombardi, mais conhecida por Lella Lombardi, nasceu no dia 26 de Março de 1941 em Frugarolo, Itália.
Quarta filha de um talhante e produtor de carnes curadas, Lella Lombardi desde criança que se sentiu atraída pela velocidade e aos nove anos de idade, o seu pai sentou-a no colo e deixou-a comandar o volante do seu carro. Aos treze anos, conduziu pela primeira vez o carro do pai e em 1959, com dezoito anos de idade, trabalhava no negócio da sua família ao guiar uma carrinha para transportar carnes.
Depois de uma breve experiência em karting, Lella Lombardi competiu pela primeira vez no ano de 1965, na Formula Monza. Nos anos seguintes, pilotou em categorias de formação e em 1968, disputou o campeonato italiano de F3, tendo terminado a temporada no 2º lugar. Em 1970, ao volante de um Biraghi, conquistou o título de Campeão Italiano de Formula 850, com quatro vitórias nas dez corridas que compunham o campeonato. Depois de mais duas vitórias na categoria em 1971, em Monza e Vallelunga, Lella regressou à F3 em 1972. No ano seguinte, venceu o Ford Escort Mexico Challenge da Itália e impressionou todo o paddock do automobilismo ao terminar em 12º lugar a corrida de maior prestígio de F3 no Mónaco. Seguiu-se a Formula 5000 em 1974, tendo terminado o campeonato no 5º lugar.
No dia 20 de Julho de 1974, Lella Lombardi falhou a qualificação para o Grande Prémio de Inglaterra de F1, ao volante de um Brabham BT42-Ford.
Em 1975, com um March-Ford, Lella conseguiu estrear-se no Campeonato do Mundo de F1 no Grande Prémio da África do Sul, tendo desistido na 23ª volta com problemas na bomba de combustível do seu carro. A corrida seguinte, o Grande Prémio de Espanha, disputado em Barcelona no circuito citadino de Montjuïc, iria entrar para a história da F1, quando Lella Lombardi se tornou a primeira e até aos dias de hoje, única mulher a conseguir pontuar numa prova do Campeonato Mundial de F1. A corrida foi interrompida antes que a distância mínima fosse percorrida e dessa forma foram atribuídos metade dos pontos. Lella Lombardi, que ocupava o 6º lugar, obteve meio ponto. Na restante temporada, disputou mais oito corridas, tendo terminado quatro mas sempre fora dos lugares pontuáveis, mas com destaque para o Grande Prémio da Alemanha, disputado no temível circuito de Nurburgring, onde Lella terminou a corrida no 7º lugar e assim ficou às portas dos lugares que atribuem pontos, naquela que é considerada como a sua melhor prestação ao volante de um carro de F1.
Em 1976, terminou no 16º lugar a primeira prova da temporada, o Grande Prémio do Brasil. Mais tarde, não conseguiu qualificar-se para as corridas de Inglaterra e da Alemanha. A meio de Agosto, disputou a sua última corrida de F1 e obteve o 12º lugar no Grande Prémio da Áustria. 
Nos anos de 1975, 1976, 1977 e 1980, Lella Lombardi participou nas 24 Horas de Le Mans, tendo alcançado o 2º lugar na categoria GTP, com um Lancia Stratos, em 1976.  
Seguiram-se associações longas e bem-sucedidas com Osella e Alfa Romeo. Posteriormente, Lella centrou-se no Campeonato Europeu de Carros de Turismo e desempenhou um papel importante no quarteto de títulos da Alfa Romeo em 1982, conquistando inúmeras vitórias em sua classe no Grupo A GTV6.
Em 1988, retirou-se da competição e no ano seguinte fundou a sua própria equipa, a Lombardi Autosport.
Lella Lombardi deu entrada na Clínica San Camillo de Milão em Fevereiro de 1992 e morreu no dia 3 de Março, vítima de cancro, poucos dias antes do seu 51º aniversário.
Lella Lombardi esteve três anos na F1. Disputou 12 Grandes Prémios e foi a primeira mulher a pontuar na F1.
Na sua cidade natal, Frugarolo, perto de Alessandria, existe um busto como forma de a homenagear. A sua equipa homônima na Lombardia existe até hoje. O seu legado, no entanto, foi assegurado há 40 anos quando, em uma colina com vista para Barcelona, ​​ela marcou aquele meio ponto e provou o seu objectivo: “Eu não sou uma feminista, apenas uma mulher livre e independente”.

23 de março de 2022

LOTUS F1 TEAM

 

A Lotus F1 Team foi uma equipa inglesa de F1 que disputou o Campeonato do Mundo entre 2012 e 2015.
Em Dezembro de 2010, a Renault acordou uma parceria com o Grupo Lotus e a Genii Capital (empresa de consultoria financeira), que adquiriu a maioria das ações da equipa francesa de F1 e a renomeou: Lotus Renault GP Team. A partir de 2012, a equipa abandonou o nome Renault e passou a designar-se: Lotus F1 Team, mantendo os motores da marca gaulesa.
A estreia da equipa no Campeonato Mundial de F1 aconteceu na primeira corrida da temporada de 2012, no Grande Prémio da Austrália, com os pilotos Kimi Raikkonen e Romain Grosjean. A equipa pontuou em todas as vinte corridas do campeonato, obteve dez pódios (no Bahrain e na Hungria os dois pilotos terminaram em 2º e 3º), e conquistou a vitória no Grande Prémio de Abu Dhabi por intermédio de Kimi Raikkonen que assim ofereceu à equipa britânica o seu primeiro triunfo na F1. No final da temporada, a Lotus F1 Team somou 303 pontos e classificou-se na 4ª posição no Campeonato do Mundo de Construtores.
O campeonato de 2013 começou da melhor maneira com a vitória de Kimi Raikkonen na Austrália. Apesar de não ter vencido mais nenhuma corrida, a equipa conseguiu mais treze pódios, com Raikkonen a colecionar seis 2ºs lugares e um 3º, enquanto que Grosjean conseguiu um 2º lugar e foi 3º em cinco corridas. Nas contas finais do campeonato, a equipa britânica arrecadou 315 pontos e igualou o 4º lugar da temporada anterior. 
Em 2014, Romain Grosjean manteve-se na equipa, mas o venezuelano Pastor Maldonado substituiu Kimi Raikkonen. Nesse ano a Lotus F1 Team passou por uma enorme mudança de gestão, com a saída de vários nomes importantes e com a entrada de pessoas sem grande experiência na F1, o que acabou por se refletir nos resultados desportivos da temporada, com a equipa a terminar apenas três corridas nos lugares pontuáveis. Grosjean foi 8º em Espanha e no Mónaco, enquanto que Maldonado foi 9º no Grande Prémio dos Estados Unidos.
Em 2015, a Lotus F1 Team trocou os motores Renault pelos Mercedes. Os resultados desportivos foram bem melhores em comparação com o ano anterior, com a equipa a terminar treze das dezanove corridas nos lugares pontuáveis, incluindo um pódio, com o 3º lugar de Grosjean no Grande Prémio da Bélgica. Nesse ano de 2015, a equipa debatia-se com graves problemas financeiros e em Setembro a Renault assinou uma carta de intenção para voltar a adquirir a equipa à Genii Capital. Em Dezembro a Renault anunciou a compra da equipa e que voltaria à F1 na temporada de 2016.
Durante quatro anos a Lotus F1 Team disputou o Campeonato do Mundo de F1. Apesar do nome Lotus, a equipa nunca teve ligação com a Team Lotus, fundada por Colin Chapman na década de cinquenta.
Nos quatro anos em que competiu na F1, a Lotus F1 Team disputou 77 corridas. Conquistou 2 vitórias, 4 voltas mais rápidas e 25 pódios. 

20 de março de 2022

PEDRO LAMY

 

José Pedro Mourão Nunes Lamy Viçoso, mais conhecido por Pedro Lamy, nasceu no dia 20 de Março de 1972 na Aldeia Galega da Merceana, uma freguesia do município de Alenquer, Portugal.
Com seis anos de idade começou a disputar corridas de motos e até aos 11 anos venceu vários campeonatos de velocidade de mini-motos e também de mini-motocross. Aos doze anos largou as motos e foi para o karting, porque na época, o filho do seu mecânico, que também corria de motos, sofreu um acidente e ficou paraplégico. Em 1987 e 1988 sagrou-se Campeão Nacional de karting e em 1989 passou para a Formula Ford, tendo conquistado o título de campeão com apenas 17 anos. Seguiu-se o Campeonato Europeu de Formula Opel, e novo título de campeão nessa categoria em 1991. No ano seguinte, aconselhado por Domingos Piedade, disputou o Campeonato Alemão de F3 e mais uma vez sagrou-se campeão. Ainda nesse ano de 1992, ganhou o Festival Marlboro Masters em Zandvoort, na Holanda. Em 1993, participou no Campeonato de F3000 onde brilhou e disputou o título até à última corrida do campeonato, que acabou por perder para o francês Olivier Panis pela diferença de 1 ponto.
No dia 12 de Setembro de 1993, Pedro Lamy estreou-se na F1 no Grande Prémio de Itália com a equipa Lotus, tendo desistido a quatro voltas do fim com problemas eléctricos no seu carro. Lamy, que substituiu o italiano Alessandro Zanardi, disputou mais três corridas nessa temporada.
Em 1994, Pedro Lamy continuou na Lotus, no entanto a equipa britânica já passava por muitas dificuldades e os seus carros eram pouco competitivos. Ainda assim, o piloto português foi 10º na corrida inaugural do campeonato, no Brasil. Depois foi 8º no Grande Prémio do Pacifico. Na prova seguinte, em San Marino, envolveu-se num pavoroso acidente na largada, batendo no Benetton de J.J. Lehto que ficou parado na grelha de partida quando a luz verde se apagou. Lamy e Lehto saíram ilesos, mas detritos dos carros passaram por cima da vedação e causaram ferimentos leves a um polícia e a oito espectadores. Duas semanas mais tarde, no Mónaco, terminou a corrida no 11º lugar. No dia 24 de Maio, durante uma sessão de testes no circuito de Silverstone, Pedro Lamy sofreu um violento acidente quando rodava a cerca de 250 km/h. Logo após a curva Abbey o Lotus entrou em pião, bateu com violência no muro, passou por cima da vedação e foi projectado para a entrada de um túnel de acesso a espectadores. O carro ficou parcialmente destruído e Lamy sofreu fraturas nas pernas e nos braços.
Depois de uma longa recuperação, Pedro Lamy voltou à F1 mas com a equipa Minardi em 1995. A meio da temporada, o piloto português substituiu Pierluigi Martini e disputou as oito provas restantes. Na última corrida do campeonato e depois de ter partido do 17º lugar, terminou em 6º e assim conquistou 1 ponto, tornando-se no primeiro piloto português a pontuar na F1.
Em 1996, Lamy continuou a correr na equipa Minardi. Apesar do carro ter um bom chassis, a falta de potência do motor Ford Cosworth tornava as ambições da equipa muito limitadas e tanto Lamy como o seu companheiro de equipa, o italiano Luca Badoer, não conseguiram conquistar nenhum ponto. No Grande Prémio do Japão, na última prova da temporada, Pedro Lamy despediu-se da F1.
A partir de 1997, Lamy dedicou-se às corridas de resistência. 
Em 1998, conquistou o título de Campeão de FIA GT, na classe GT2, depois de vencer oito das dez provas do campeonato. 
Entre 2004 e 2011, com excepção de 2009, disputou o Campeonato Le Mans Series, sagrando-se campeão por três vezes. Em 2004, com a Ferrari na classe GTS. Em 2006, com a Aston Martin na classe GT1 e no ano seguinte com a Peugeot na classe LMP1.
Entre 2012 e 2020, participou no Campeonato do Mundo de Resistência e conquistou o título de campeão em 2017 com a Aston Martin.
Disputou as 24 Horas de Le Mans vinte vezes, tendo vencido em 2012 na classe GTE AM com um Chevrolet Corvette. 
Nos quatro anos em que Pedro Lamy esteve na F1, disputou 32 Grandes Prémios.

16 de março de 2022

EAGLE MK1

 

O Eagle MK1, ou Eagle T1G, como era habitualmente referido, competiu no Campeonato do Mundo de F1 na década de sessenta.
Em 1964, Dan Gurney e Carroll Shelby fundaram a equipa All American Racers, que começou por competir em corridas nos Estados Unidos. Dois anos depois e motivado por Jack Brabham e Bruce McLaren, que conduziam carros das suas próprias equipas, Dan Gurney decidiu disputar o Campeonato do Mundo de F1 também com um carro da sua equipa. 
Gurney e Shelby contrataram o antigo projetista da Lotus, Len Terry, que tinha desenhado o Lotus 38, o carro vencedor das 500 Milhas de Indianápolis de 1965. 
O Eagle T1G, foi construído em magnésio e titânio e era equipado com um motor Weslake V12 com quatro válvulas por cilindro. O carro que apresentava uma pintura azul escura, uma abertura do radiador frontal com lábios brancos e uma faixa central em branco que percorria toda a extensão central do monolugar, tornava-o um dos mais belos carros de F1 da época. Apesar de ter uma agradável aparência o Eagle T1G sofria de graves problemas de fiabilidade, no entanto era bastante rápido, devido à sua aerodinâmica avançada e ao baixo peso.
Dan Gurney levou o Eagle T1G à vitória no Grande Prémio da Bélgica em 1967, com uma vantagem de mais de um minuto para o segundo classificado e tornou-se no primeiro piloto norte-americano a vencer uma corrida de F1, num carro americano da sua própria equipa. 
Apesar de ser normalmente mencionado por Eagle T1G, Dan Gurney disse que essa nunca foi a designação oficial do monolugar, mas sim Eagle Mark I. 
Ainda que tenha vencido apenas uma corrida de F1, o Eagle MK1 ou T1G, foi um dos mais belos carros da história da F1.

13 de março de 2022

BUDDH


O Circuito Internacional de Buddh é um autódromo localizado nos arredores de Deli, a capital da Índia.
No ano de 2007, a Associação Olímpica Indiana e o “patrão” da F1, Bernie Ecclestone, rubricaram um acordo para que o Grande Prémio da Índia de F1 fosse uma realidade. Rapidamente as autoridades indianas escolheram o local para construir o circuito, a cerca de 70 quilómetros de Deli, em Greater Noida, no estado de Uttar Pradesh.
O desenho da pista foi da responsabilidade do engenheiro alemão Hermann Tilke, autor do design de vários outros circuitos mundiais, como: Bahrain, Shanghai, Istanbul Park, Sochi ou Baku, entre outros. Tilke, desenhou uma pista com 5.137 quilómetros de extensão. O circuito apresenta duas retas, com a mais longa a ter cerca de 1 quilómetro. É uma pista de velocidade rápida e com curvas técnicas, como a sequência de curvas multiapex 10-11-12, que é um dos sectores mais notáveis ​​do circuito, sendo comparado à Curva 8 do circuito Istanbul Park.
Inicialmente, o circuito iria ter a designação de “Jaypee Group Circuit” ou “Jaypee International Circuit”, em homenagem aos proprietários da pista, mas em Abril de 2011, foi oficialmente denominado Circuito Internacional de Buddh e segundo Sameer Gaur, diretor administrativo e CEO da Jaypee Sports International Limited, o nome “Circuito Internacional de Buddh” foi escolhido como referência à zona onde a pista se situa, no distrito de Gautam Buddh Nagar, também conhecido como Greater Noida. Mas, e ainda de acordo com Gaur, o nome deriva da palavra “Buddha”, que significa harmonia e tranquilidade.
No dia 18 de Outubro de 2011, o circuito foi oficialmente inaugurado.
Onze dias mais tarde, o Circuito Internacional de Buddh, sediou o primeiro Grande Prémio da Índia de F1. Sebastian Vettel em Red Bull-Renault, não deu hipóteses aos seus adversários e obteve a pole-position, a volta mais rápida da corrida, liderou todas as voltas da prova e conquistou a vitória. 
No ano seguinte, o cenário foi praticamente o mesmo. Vettel só não conseguiu a volta mais rápida, que foi obtida por Jenson Button em McLaren-Mercedes. 
Em 2013, Vettel foi de novo rei e senhor na Índia. Voltou a conseguir a pole-position, liderou 33 das 60 voltas da prova e venceu pela terceira vez a corrida indiana. 
O desagrado das equipas de F1 com as leis alfandegárias burocráticas da Índia, levaram ao desaparecimento do Grande Prémio indiano. 
Nos três anos que a F1 visitou a Índia, Sebastian Vettel e a Red Bull monopolizaram as vitórias e também as pole-positions.

9 de março de 2022

PASTOR MALDONADO


Pastor Rafael Maldonado Motta nasceu no dia 9 de Março de 1985 em Maracay, Venezuela.
Aos sete anos de idade começou a disputar corridas de karting, tendo vencido várias competições nacionais até 1999, ano em que viajou para a Europa onde continuou a correr nos kartings até 2002. No ano seguinte, ingressou na Formula Renault e disputou vários campeonatos, acabando por conquistar o título de campeão no campeonato italiano em 2004. Em Dezembro de 2004, Pastor Maldonado esteve, pela primeira vez, aos comandos de um carro de F1 num teste com a equipa Minardi. Seguiu-se a World Series by Renault em 2005 e 2006, ano em que foi 3º no campeonato. Entre 2007 e 2010, disputou o GP2 e ganhou o campeonato em 2010. 
No dia 27 de Março de 2011, estreou-se no Campeonato do Mundo de F1, no Grande Prémio da Austrália, ao volante de um Williams. Nas dezanove corridas da temporada, Maldonado apenas pontuou no Grande Prémio da Bélgica, conseguindo um ponto em consequência do 10º lugar que alcançou.
Em 2012, Maldonado continuou com a equipa Williams. Nesse ano, pontuou em cinco corridas. Foi 9º nos Estados Unidos, 8º na China e no Japão, 5º em Abu Dhabi e venceu o Grande Prémio de Espanha, conquistando assim a sua primeira vitória na F1 e também o primeiro pódio, no mesmo Grande Prémio onde obteve a sua primeira pole-position, depois da desclassificação de Lewis Hamilton. No final do campeonato somou 45 pontos e classificou-se na 15ª posição.
O ano de 2013, foi em tudo idêntico ao de 2011. Apenas pontuou uma vez, com o 10º lugar no Grande Prémio da Hungria.
Em 2014, trocou a Williams pela Lotus F1 Team, mas os resultados desportivos não foram melhores. Os dois pontos do 9º lugar no Grande Prémio dos Estados Unidos foi o melhor que conseguiu durante toda a temporada.
Em 2015, Maldonado conseguiu pontos em seis das dezanove corridas da temporada. Foi 10º no Brasil, 8º no Japão e nos Estados Unidos, e 7º no Canadá, Áustria e na Rússia. Nas contas finais do campeonato, obteve 27 pontos, o que lhe valeu o 14º lugar.
Nos anos de 2016 e 2017, Pastor Maldonado passou a ser piloto de testes da Pirelli. Em 2018 e 2019, disputou o Campeonato do Mundo de Endurance e esteve presente, em ambos os anos, nas 24 Horas de Le Mans com a equipa Dragon Speed, sendo 9º em 2019, depois de ter desistido. Ainda em 2019, disputou as 24 Horas de Daytona e venceu a classe LMP2.
Nos 5 anos que Pastor Maldonado esteve na F1 disputou 95 Grandes Prémios, conquistou 1 vitória, 1 pole-position e 1 pódio.

6 de março de 2022

NIGEL MANSELL

 

Nigel Ernest James Mansell nasceu no dia 8 de Agosto de 1953 em Upton-upon-Severn, Inglaterra.
Depois de ter corrido em kartings, Mansell passou a disputar provas de Formula Ford em 1976, tendo ganho seis das nove corridas em que participou. No ano seguinte, disputou 42 provas e venceu 33, tornando-se campeão britânico de Formula Ford. Apesar de ter conquistado o título, esse foi um ano bastante atribulado para Nigel Mansell, pois o britânico demitiu-se do seu emprego e vendeu todos os seus pertences pessoais para conseguir financiar a sua carreira como piloto, mas tudo poderia ter tido um final trágico durante uns treinos de qualificação em Brands Hatch, em que sofreu um acidente e fraturou o pescoço, com os médicos a afirmarem que Mansell esteve perto de ficar tetraplégico. Ainda durante esse ano de 1977, Nigel Mansell disputou duas corridas de F3. Foi precisamente na F3, que correu entre 1978 e 1980, tendo participado em quatro provas de F2 em 1980. Apesar de não ter tido grande sucesso na F3, a pilotagem de Mansell despertou o interesse de Colin Chapman, o dono da equipa Lotus, que o escolheu para piloto de testes nesse último ano da década de setenta.
No dia 17 de Agosto de 1980, Nigel Mansell estreou-se no Campeonato Mundial de F1 com a Lotus-Ford no Grande Prémio da Áustria. O piloto britânico arrancou do 24º lugar e desistiu, com problemas de motor, na 40ª volta. Quinze dias depois, Mansell participou no Grande Prémio da Holanda, mas o desfecho foi idêntico, ao abandonar a corrida com problemas de travões. Na prova seguinte, em Imola, onde se correu o Grande Prémio de Itália, Mansell não conseguiu qualificar-se para a corrida.
Em 1981, o britânico disputou pela primeira vez um campeonato completo de F1. Ainda com a Lotus, Mansell conseguiu o seu primeiro pódio e também os primeiros pontos na F1 com o 3º lugar no Grande Prémio da Bélgica. Nessa temporada, ainda pontuou em mais duas provas, foi 6º em Espanha e 4º no Grande Prémio de Las Vegas.
No ano de 1982, apenas conseguiu somar pontos em duas corridas. Foi 3º no Brasil e 4º no Mónaco. Um ano negro para a equipa Lotus devido à morte do seu fundador, Colin Chapman. 
Em 1983, Mansell pontuou em quatro provas. Foi 6º em Detroit, 5º na Áustria, 4º em Inglaterra e 3º em Brands Hatch, onde se correu o Grande Prémio da Europa.
O ano de 1984 foi mais positivo, pois o piloto inglês conseguiu terminar cinco corridas nos lugares pontuáveis e obteve dois pódios, com o 3º lugar em França e na Holanda. Conquistou a sua primeira pole-position, no Grande Prémio de Dalas, uma corrida disputada debaixo de 40 graus e que o piloto britânico terminou a empurrar o seu carro para salvar o 6º lugar, depois da falha da caixa de velocidades já com a meta à vista, acabando por desmaiar já sobre a linha de chegada.
Em 1985, Mansell trocou a Lotus pela Williams. Nessa temporada, depois de ter somado dois 5ºs lugares (Portugal e San Marino) e três 6ºs (Canadá, Alemanha e Holanda) nas doze primeiras corridas, conseguiu três pódios nas quatro provas restantes. Após ter sido 2º na Bélgica, conquistou a sua primeira vitória na F1 em Brands Hatch, onde se disputou o Grande Prémio da Europa. Na corrida seguinte, na África do Sul, obteve nova vitória, na última corrida de F1 disputada a um sábado. No final do campeonato, conseguiu o 6º lugar no Campeonato de Pilotos, com 31 pontos.
Em 1986, Nigel Mansell continuou na Williams e teve o brasileiro Nelson Piquet como companheiro de equipa. A equipa inglesa tinha os melhores carros e durante toda a temporada os dois pilotos lutaram arduamente pelo título. Mansell pontuou em doze das dezasseis corridas do campeonato, tendo somado dois 5ºs lugares (Detroit e México), foi 4º no Mónaco, 3º na Alemanha e na Hungria, 2º em Espanha e em Itália e venceu na Bélgica, Canadá, França, Inglaterra e Portugal. Chegou à última prova do campeonato, o Grande Prémio da Austrália, com 70 pontos, contra os 64 de Alain Prost e os 63 de Nelson Piquet. Na corrida, o piloto britânico rodava confortavelmente no 3º lugar e caminhava para a conquista do campeonato, quando, na 63ª volta, o pneu direito traseiro rebentou danificando a suspensão e obrigando-o a desistir e com a vitória de Prost, Mansell terminou o campeonato na segunda posição a apenas dois pontos do piloto francês.
No ano seguinte os Williams foram ainda mais superiores à concorrência e a luta pelo campeonato era apenas entre Mansell e Piquet. O britânico conquistou seis vitórias (San Marino, França, Inglaterra, Áustria, Espanha e México), contra apenas três de Piquet, mas uma maior regularidade de resultados, com sete 2ºs lugares, deram o título de campeão ao brasileiro.
Em 1988, a Williams perdeu os motores Honda e também toda a superioridade que tinha. Mansell apenas pontuou em duas corridas, foi 2º em Inglaterra e em Espanha.
Em 1989, Nigel Mansell deixou a Williams e ingressou na Ferrari. Começou o campeonato da melhor maneira ao ganhar o Grande Prémio do Brasil, mas a pouca fiabilidade do carro italiano fez com que ele desistisse em sete corridas. Ainda assim voltou a vencer na Hungria, foi 2º em França e em Inglaterra e 3º na Alemanha e na Bélgica.
No ano seguinte, continuaram os problemas mecânicos na equipa italiana, no entanto Mansell conseguiu pontuar em sete provas. Foi 4º no Brasil e em Itália, 3º no Canadá, 2º no México, Espanha e Austrália e venceu o Grande Prémio de Portugal.
Em 1991, Nigel Mansell regressou à Williams, mas os problemas de fiabilidade continuaram a acompanhar o britânico que desistiu por cinco vezes, três nas primeiras três corridas do campeonato. Depois de ter sido 2º no Mónaco, Mansell liderava com uma vantagem de quase um minuto o Grande Prémio do Canadá, quando, na última volta, já agradecia os aplausos do público e andava devagar, acabou por errar e deixou o motor do carro calar-se, salvando 1 ponto com o 6º lugar. Após esse percalço, Mansell foi 2º no México e ganhou em França, Inglaterra e Alemanha. Mas nas restantes sete provas colecionou duas vitórias (Itália e Espanha), e dois 2ºs lugares (Hungria e Austrália), o que somado à desclassificação no Grande Prémio de Portugal, lhe valeram, pela terceira vez na carreira, a segunda posição no Campeonato do Mundo Pilotos.
Para 1992, a Williams construiu um carro muito superior a todas as outras equipas o que foi aproveitado da melhor maneira por Nigel Mansell, que conquistou 9 vitórias no campeonato (cinco nas primeiras cinco corridas), e foi 2º por duas vezes, uma delas no Grande Prémio da Hungria, onde conquistou o título de Campeão Mundial de Pilotos, quando ainda faltavam disputar cinco corridas. 
No ano de 1993, Nigel Mansell, sem lugar para correr na F1, rumou aos Estados Unidos para disputar o Campeonato de Formula Indy. O piloto britânico não deu hipóteses aos seus adversários e conquistou o campeonato, onde venceu cinco corridas. Foi ainda 3º nas 500 Milhas de Indianápolis.
No ano seguinte, ainda na Formula Indy, a história já foi bem diferente e apenas foi 8º classificado no final do campeonato. Nesse ano de 1994, regressou à F1 e à Williams tendo disputado quatro provas. Desistiu em França e em Jerez onde se correu o Grande Prémio da Europa, depois foi 4º no Japão e na última prova do campeonato, o Grande Prémio da Austrália, conquistou a vitória.
Em 1995, ingressou na McLaren, mas problemas com o cockpit do carro levaram-no a ficar de fora nas primeiras duas corridas do campeonato. O britânico voltou às corridas em San Marino, onde terminou em 10º e depois disputou o Grande Prémio de Espanha, tendo desistido. Após essas duas provas, Mansell decidiu deixar a F1. 
Em Dezembro de 1996, Mansell testou com a equipa Jordan que procurava um piloto para ser companheiro de Ralf Schumacher, mas o fraco desempenho do piloto inglês levou a Jordan a escolher o italiano Giancarlo Fisichella e assim Nigel Mansell colocou em definitivo um ponto final na sua carreira de piloto de F1.
Nigel Mansell disputou o Campeonato Britânico de Carros de Turismo em 1998, sem grande sucesso. Depois, em 2005 e 2006, disputou o GP Masters, um campeonato para antigos pilotos de carros de rodas descobertas que tivessem mais de 45 anos. Das três provas realizadas, Mansell venceu duas e desistiu na última.
Em 2010, disputou as 24 Horas de Le Mans ao volante de um Ginetta-Zytek GZ09S, que dividiu com os seus filhos, Greg Mansell e Leo Mansell, tendo desistido ao fim de quatro voltas.
Nigel Mansell esteve 15 anos envolvido na F1. Disputou 187 Grandes Prémios. Conquistou 31 vitórias, 32 pole-positions, 30 voltas mais rápidas e 59 pódios. Venceu o Campeonato do Mundo de Pilotos em 1992. 

2 de março de 2022

STEWART GP

 

A Stewart Grand Prix foi uma equipa de automobilismo que participou no Campeonato do Mundo de F1 no final da década de noventa.
Fundada pelo Tricampeão Mundial Jackie Stewart e pelo seu filho Paul Stewart em 1996, as bases da equipa foram criadas em 1988, quando o seu filho comprou a equipa Gary Evans Motorsport Team e formou a Paul Stewart Racing para competir na Formula Ford 2000 britânica em 1988. No ano seguinte, a equipa passou a disputar a Formula 3 britânica e em 1991 a Formula 3000. 
Paul Stewart foi um dos pilotos nos primeiros anos da equipa, mas nunca teve grande sucesso e deixou de correr no final de 1993 para se dedicar em exclusivo à sua equipa que até ao final do ano de 1996, venceu 12 títulos e 119 corridas nas diversas modalidades.
Em 1997, a Stewart Grand Prix, com o apoio da Ford e com os pilotos Rubens Barrichello e Jan Magnussen, estreou-se na F1 no Grande Prémio da Austrália em Melbourne, onde os dois pilotos desistiram na corrida com problemas nos seus carros. O Stewart SF01 equipado com o motor Ford Zetec-R V10 mostrou ser um carro pouco viável, das dezassete corridas do campeonato apenas por uma vez os dois carros cortaram a meta. Magnussen terminou cinco provas, enquanto que Barrichello chegou ao fim apenas por três vezes, uma delas no Grande Prémio do Mónaco onde conseguiu um excelente 2º lugar, aproveitando a chuva e a pista molhada para conseguir os primeiros pontos e o primeiro pódio da equipa na F1. Os seis pontos que a equipa conquistou em Monte Carlo, foram os únicos nessa temporada e valeram o 9º lugar, entre os construtores, à frente da Tyrrell e da Minardi.
No ano seguinte, a equipa começou com os mesmos pilotos, mas a meio da temporada Jan Magnussen deu o seu lugar a Jos Verstappen, curiosamente logo após ter conseguido os seus primeiros pontos com o 6º lugar no Canadá. Barrichello manteve-se durante todo o campeonato mas apenas obteve dois 5ºs lugares, em Espanha e no Canadá. O Stewart SF02, também apresentava problemas de fiabilidade e no final do ano o Director Técnico Alan Jenkins foi substituído por Gary Anderson.
Em 1999, o piloto inglês Johnny Herbert foi contratado para ser o companheiro de equipa de Rubens Barrichello. O novo carro da equipa, o Stewart SF03 mostrou ser rápido e o piloto brasileiro obteve o 5º lugar na primeira corrida da temporada na Austrália, apesar de ter largado das boxes e ainda ter sofrido uma penalização de dez segundos. Barrichello voltou a terminar nos lugares pontuáveis em mais seis provas, tendo conseguido o 3º lugar em San Marino, França, onde conquistou a primeira pole-position da equipa, e no Grande Prémio da Europa em Nurburgring, onde Johnny Herbert, no outro Stewart, venceu a corrida e ofereceu à sua equipa a primeira vitória na F1, o piloto inglês aproveitou da melhor maneira a chuva, que caiu a meio da corrida e os problemas dos pilotos da frente. O Grande Prémio do Japão, foi a última corrida de F1 que a Stewart disputou, com os seus dois pilotos a terminarem a prova, mas fora dos lugares pontuáveis. No campeonato, a Stewart somou 36 pontos e terminou em 4º lugar. 
No final de 1999, a Ford comprou a equipa, renomeando-a para Jaguar Racing. Jackie Stewart permaneceu como chefe de equipa durante um ano.
Nos três anos que esteve na F1, a Stewart disputou 49 Grandes Prémios, conquistou 1 vitória, 1 pole-position e 5 pódios.