3 de fevereiro de 2021

NINO FARINA

 

Emilio Giuseppe Farina, mais conhecido como Nino Farina, nasceu no dia 30 de Outubro de 1906 em Turim, Itália.
Sobrinho de Giovanni Battista “Pinin” Farina, fundador da empresa Carrozzeria Pininfarina especializada em carrocerias para carros desportivos, Nino Farina doutorou-se em ciências políticas na Universidade de Turim. Enquanto estudava, comprou em segunda mão, o seu primeiro carro, um Alfa Romeo. Foi esse carro que Farina usou na sua primeira corrida em 1925, na rampa Aosta-Gran San Bernardo onde sofreu um acidente que o deixou com um ombro partido e vários cortes faciais. 
Para além da paixão pelo automobilismo, que o fez deixar a carreira de oficial da cavalaria do exército italiano, Nino Farina também praticou esqui, futebol e atletismo.   
Foi durante a década de trinta que Farina se envolveu por inteiro no automobilismo. Começou pela Maserati, mas mais tarde mudou para a Alfa Romeo, onde conheceu o piloto italiano Tazio Nuvolari, que o aconselhou no início da carreira. Seguindo as indicações de Nuvolari, Farina depressa se tornou um piloto mais refinado e sagrou-se Campeão de Itália em 1937, 1938 e 1939. No ano seguinte ganhou o Grande Prémio da Líbia em Trípoli e após o término da Segunda Guerra Mundial, venceu o Grande Prémio do Mónaco em 1948.
Em 1950 foi criado o Campeonato do Mundo de F1, com a primeira prova a ser o Grande Prémio de Inglaterra, no dia 13 de Maio, em Silverstone. Farina conquistou a pole-position, fez a volta mais rápida e venceu a corrida, na frente dos seus companheiros de equipa Luigi Fagioli e Reg Parnell. Nino Farina voltou a vencer na Suíça e na última corrida do campeonato em Itália, tornando-se no primeiro piloto a sagrar-se Campeão Mundial de F1.
No ano seguinte, Farina apenas conquistou o triunfo no Grande Prémio da Bélgica e obteve o 3º lugar na Suíça, Itália e Espanha. A velocidade do piloto italiano já não era a mesma, que perdeu os melhores anos da sua carreira devido à Segunda Guerra Mundial.
Em 1952, Nino Farina ingressou na Ferrari. O melhor que conseguiu nessa temporada foi quatro 2ºs lugares na Bélgica, França, Inglaterra e Holanda, terminando o campeonato no 2º lugar.
No ano de 1953, Farina venceu o Grande Prémio da Alemanha em Nurburgring, o que foi a sua última vitória na F1. 
Em 1954 começou a temporada com o 2º lugar no Grande Prémio da Argentina, mas depois, uma serie de acidentes em corridas de carros de resistência, impediram-no de terminar o campeonato de F1. Ainda participou no Grande Prémio da Bélgica, com o braço direito engessado, mas após o seu acidente na corrida Supercortemaggiore Grand Prix, em Monza, onde ficou gravemente ferido e teve de passar 20 dias no hospital, Farina não correu mais durante esse ano. 
Em 1955, participou no Grande Prémio da Argentina, apesar de ter de levar injeções de morfina por causa das dores que ainda sentia devido ao acidente sofrido no ano anterior. Depois de um 4º lugar no Grande Prémio do Mónaco, Farina terminou em 3º no Grande Prémio da Bélgica e decidiu parar de correr devido às fortes dores que sentia. Voltou no Grande Prémio de Itália ao volante de um Lancia D50, depois de conseguir o 5º melhor tempo dos treinos de qualificação, sofreu um acidente, em que saiu ileso, devido a um problema nos pneus. A equipa decidiu retirar os carros da corrida e assim Farina não participou na que seria o seu último Grande Prémio de F1. 
Em 1956, Nino Farina inscreveu-se nas 500 Milhas de Indianápolis com um motor Ferrari de seis cilindros instalado num chassis Kurtis Kraft. O carro, patrocinado pela Bardahl, foi inscrito como um Bardahl-Ferrari. A qualificação para a corrida iria acontecer durante quatro dias em maio, no entanto fortes chuvas cancelaram o terceiro dia e deixaram pouco tempo para os pilotos disputarem os restantes lugares da grelha de partida o que deixou alguns pilotos sem hipóteses de se qualificarem no quarto dia, e Farina foi um deles.
Depois de se retirar das competições, Farina passou a representar a Alfa Romeo e a Jaguar. 
No caminho para o Grande Prémio da França de 1966, Farina perdeu o controlo de seu Lotus Cortina nos Alpes Savoy, perto de Aiguebelle, bateu num poste e teve morte imediata. Farina estava a caminho de assistir à corrida e participar nas filmagens como conselheiro e piloto duplo do actor francês Yves Montand, que interpretou um ex-campeão mundial no filme Grand Prix.
Farina esteve seis anos na F1. Disputou 33 Grandes Prémios, conquistou 5 vitórias, 5 pole-positions, 5 voltas mais rápidas e 20 pódios. Foi o primeiro piloto a sagrar-se Campeão do Mundo de F1.

1 comentário:

Por Dentro dos Boxes disse...

Um dos grandes pilotos dessa primeira fase romântica da F-1.

O primeiro a "puxar a fila" dos campeões da categoria...

lendário...