23 de agosto de 2020

MINARDI


A Minardi F1 Team foi uma equipa italiana que disputou o Campeonato Mundial de F1 entre 1985 e 2005.
Fundada em 1979 por Giancarlo Minardi, a equipa de Faenza disputou o campeonato europeu de Formula 2 de 1980 até 1984.
Em 1985 a Minardi entrou na F1, estreando-se no Grande Prémio do Brasil em Jacarepaguá, onde o único carro pilotado pelo italiano Pierluigi Martini foi obrigado a desistir na 41ª volta com problemas de motor. Esse primeiro ano acabou por não ser um sucesso, pois Martini apenas terminou três das dezasseis provas da temporada e não obteve qualquer ponto. Os dois anos seguintes foram quase uma cópia, a equipa conseguiu terminar apenas cinco provas e voltou a não marcar pontos.
O início do ano de 1988 não foi em nada diferente dos três anteriores, mas na sexta prova da temporada, Pierluigi Martini regressou à Minardi e com o 6º lugar no Grande Prémio de Detroit, deu à equipa italiana o seu primeiro ponto na F1.
O ano de 1989 foi bastante melhor. No Grande Prémio de Inglaterra, a Minardi colocou os dois carros nos lugares pontuáveis, com Pierluigi Martini em 5º e Luiz Perez-Sala em 6º lugar. No Grande Prémio de Portugal, Martini repetiu o 5º posto e ainda chegou a liderar a corrida durante uma volta. Na última prova da temporada o piloto italiano voltou a pontuar com o 6º lugar.
Em 1990 a equipa voltou a não marcar pontos, ainda assim ficou na história o 2º lugar de Pierluigi Martini nos treinos de qualificação para o Grande Prémio dos Estados Unidos, o que lhe deu a possibilidade de largar na primeira linha da grelha de partida. Na corrida o italiano terminou em 7º lugar.
No ano seguinte a Minardi recuperou e Pierluigi Martini conquistou o 4º lugar em San Marino e em Portugal. No final da temporada, com os seis pontos ganhos, a equipa italiana classificou-se em 7º lugar, sendo essa a sua melhor temporada de sempre na F1. Em 1992, Martini saiu e entrou para o seu lugar Christian Fittipaldi, sobrinho do tricampeão mundial Emerson Fittipaldi. Foi Fittipaldi quem obteve o único ponto da temporada no Grande Prémio do Japão.
Em 1993, a Minardi teve uma boa temporada, conquistando sete pontos graças ao 4º lugar de Christian Fittipaldi no Grande Prémio da África do Sul e o 5º no Grande Prémio do Mónaco, o seu companheiro de equipa, Fabrizio Barbazza, obteve o 6º lugar no Grande Prémio da Europa e Grande Prémio de San Marino.
Em 1994, Pierluigi Martini regressou à Minardi que também contratou Michele Alboreto. Martini terminou em 5º lugar em Espanha e França, enquanto que Alboreto obteve o 6º lugar no Grande Prémio do Mónaco, sendo essa a ultima vez que o piloto italiano pontuou na F1.
Em 1995 Pedro Lamy substituiu Pierluigi Martini a meio do ano, o que acabou por ser uma aposta acertada pois o piloto português conquistou um ponto com o 6º lugar no Grande Prémio da Austrália, sendo essa a única vez que Lamy pontuou na F1. Esse resultado foi seguido por um longo período fora dos pontos, até o piloto espanhol Marc Gené terminar em 6º lugar no Grande Prémio da Europa de 1999. Nessa mesma corrida, o seu companheiro de equipa Luca Badoer ocupava um excelente 4º lugar até a caixa de velocidades falhar, quando faltavam 13 voltas, altura em que o italiano começou a chorar ao lado de seu carro.
2000 e 2001 foram mais dois anos péssimos, onde os pontos estiveram sempre longe dos monolugares italianos.
A performance da Minardi no Grande Prémio da Austrália de 2002 acabou por ser bem-sucedida, com o piloto australiano Mark Webber a obter o 5º lugar na sua primeira corrida de Fórmula 1.
Em 2003 a Minardi ficou mais uma vez a zero no campeonato, isto apesar da mudança da tabela de lugares pontuáveis ter aumentado até ao 8º lugar.
Em 2004 a Minardi conquistou 1 único ponto com o 8º lugar de Zsolt Braumgartner no Grande Prémio dos Estados Unidos.
No ano de 2005 a Minardi voltou a ter os seus dois carros nos lugares pontuáveis na mesma corrida, o que apenas tinha acontecido por uma vez na sua história, em 1989. No Grande Prémio dos Estados Unidos, Christijan Albers terminou em 5º e Patrick Friesacher em 6º lugar. Esses sete pontos foram os últimos da Minardi na F1. O Grande Prémio da China, a derradeira prova da temporada, foi também a corrida de despedida da equipa Minardi da F1. Em Novembro de 2005, a Red Bull comprou todo o património da equipe italiana, pondo fim a uma longa história.
Nos 20 anos em que esteve envolvida na F1, a Minardi disputou 345 Grandes Prémios, conquistou 38 pontos, teve uma largada da primeira linha (2ª posição) e uma volta na liderança de um Grande Prémio.
Apesar de nunca ter ganho nenhuma corrida, nunca ter alcançado sequer um pódio nem uma pole-position, a Minardi sempre foi uma equipa apreciada no paddock da F1 pela sua organização, competência e com uns monolugares bem projectados. As fracas classificações conseguidas foram resultado do baixo orçamento que a equipa sempre dispôs.

1 comentário:

Por Dentro dos Boxes disse...

Das pequenas a Minardi era uma das minha preferidas. E parabéns pela narrativa. Enriquecedor. Abs