29 de novembro de 2020

GRAHAM HILL


Norman Graham Hill nasceu no dia 15 de Fevereiro de 1929 em Hampstead, Inglaterra.
Hill frequentou o Colégio Técnico de Hendon e depois ingressou na Smiths Intruments como engenheiro estagiário. Mais tarde teve de cumprir o serviço militar obrigatório e foi recrutado para a Marinha Real onde serviu como Artífice da Casa das Máquinas no navio ligeiro HMS Swiftsure, subindo de posto para Oficial Subalterno. Depois de ter terminado a sua obrigação militar, regressou à Smiths Instruments.
Aos 24 anos, Graham Hill tirou a carta de condução, até aí nunca tinha conduzido nenhum veículo de quatro rodas, pois a sua paixão eram as motos, mas em 1954 viu um anúncio para o Universal Motor Racing Club, que estava a alugar um F3 para quem estivesse interessado poder efectuar umas voltas no Circuito de Brands Hatch. Foi aí que Hill encontrou o seu caminho. 
Foi também em Brands Hatch que Graham Hill disputou a sua primeira corrida com um Cooper-JAP de F3. Depois conheceu Colin Chapman, o dono da equipa Lotus, que lhe ofereceu um lugar na sua equipa de F2, onde Hill disputou corridas em 1956 e 1957.
No Grande Prémio do Mónaco de 1958, Graham Hill estreou-se no Campeonato do Mundo de F1 com um Lotus-Climax. Depois de se ter qualificado em 15º lugar, Hill não conseguiu terminar a corrida devido a um problema com um semieixo do seu carro. 
Depois de duas temporadas sem grande sucesso na Lotus, Graham Hill mudou para a BRM. No Grande Prémio da Holanda de 1960, conquistou o seu primeiro pódio ao terminar a corrida em 3º lugar, mas esse foi o melhor resultado que conseguiu nos primeiros dois anos com a sua nova equipa.
Em 1962 Hill começou a temporada com uma vitória no Grande Prémio da Holanda, o seu primeiro triunfo na F1. O piloto inglês venceu ainda na Alemanha, Itália e na África do Sul. Das nove provas da temporada, Hill apenas não pontuou em França e terminou o campeonato no primeiro lugar, sagrando-se pela primeira vez Campeão do Mundo de Pilotos, dando também à BRM o título de Campeão Mundial de Construtores.
Nos três anos seguintes Graham Hill lutou sempre pelo título de campeão mas acabou por ter de se contentar com o vice-campeonato.
Em 1966 não ganhou nenhuma corrida e o 2º lugar na Holanda foi o melhor que conseguiu. No final da temporada obteve o 5º lugar no campeonato e decidiu deixar a BRM.
No ano de 1967 Graham Hill regressou à Lotus. Mas essa temporada foi uma desilusão, das onze corridas do campeonato, Hill apenas terminou três, obtendo o 2º lugar no Mónaco e nos Estados Unidos e o 4º lugar no Canadá.
Em 1968, Hill voltou às vitórias. Espanha, Mónaco e México foi onde venceu e ainda obteve o 2º lugar na África do Sul, Alemanha e Estados Unidos. No final do campeonato venceu o seu segundo título de Campeão Mundial de Pilotos.
No ano seguinte apenas ganhou o Grande Prémio do Mónaco. Foi a sua quinta vitória nas ruas do principado, tornando-se o piloto com o maior números de triunfos em Monte Carlo. O seu recorde foi batido 24 anos depois por Ayrton Senna quando o piloto brasileiro ganhou pela sexta vez em 1993. Essa vitória no Mónaco foi também a ultima de Graham Hill na F1. 
Na última corrida da temporada de 1969 nos Estados Unidos, Hill teve um acidente onde partiu as pernas. Recuperou e continuou a correr mas nunca mais foi o mesmo.
Em 1970 Graham Hill despediu-se da Lotus. Nesse ano o 4º lugar no Grande Prémio de Espanha foi o melhor resultado que obteve.
Os dois anos seguintes foram passados na equipa Brabham, mas Hill esteve sempre longe de poder lutar por vitórias ou até pelos lugares do pódio. O 5º lugar na Áustria em 1971 e em Itália em 1972 foram os resultados mais relevantes nessas duas temporadas.
Em 1973 decidiu formar a sua própria equipa. Hill continuou como piloto mas os anos já começavam a pesar, principalmente depois do acidente onde partiu as pernas.
O 6º lugar que conquistou no Grande Prémio da Suécia em 1974 foi a ultima vez que pontuou numa corrida de F1. 
Em 1975, no Brasil, terminou pela última vez uma prova de F1 ao cortar a meta em 12º lugar ao volante do carro da sua equipa, a Embassy Hill. Três corridas depois, no Grande Prémio do Mónaco, Hill não conseguiu qualificar-se para a corrida e decidiu deixar a F1 para se dedicar a comandar a sua equipa.
Seis meses mais tarde, Na noite de 29 de Novembro de 1975, Graham Hill pilotava um avião leve Piper Aztec com o seu staff a bordo, o director da equipa Ray Brimble, o piloto Tony Brise, o projectista Andy Smallman e os mecânicos Terry Richards e Tony Alcock. Ao chegar à base aérea de Elstree Airfield, pouco antes das 22 horas, o avião bateu numas árvores ao lado de um campo de golfe em Arkley, devido ao denso nevoeiro e acabou por se despenhar, pegando fogo de seguida. Todos os que estavam a bordo acabaram por morrer.
Graham Hill é o único piloto que conseguiu a Tripla Coroa do Automobilismo, por ter ganho as 24 Horas de Le Mans, em 1972. As 500 Milhas de Indianápolis, em 1966. E o Grande Prémio do Mónaco, em 1963, 1964, 1965, 1968 e 1969.
Graham Hill esteve 18 anos a competir na F1. Disputou 175 Grandes Prémios, conquistou 14 vitórias, 13 pole-positions, 10 voltas mais rápidas e 36 pódios. Foi Campeão do Mundo de Pilotos em 1962 e 1968.

1 comentário:

Por Dentro dos Boxes disse...

Escreveu seu nome na história do automobilismo mundial... foi fantástico...