28 de julho de 2021

ALESSANDRO NANNINI


Alessandro Nannini nasceu no dia 7 de Julho de 1959 em Siena, Itália.
Foi em provas de Motocross que Nannini começou a competir, mas rapidamente trocou as motos pelos carros e depois de ter disputado alguns ralis, com um Citroen e com um Lancia Stratos, Alessandro deixou as estradas de terra para passar a correr em circuitos de asfalto. 
Começou na Formula Itália, tendo conquistado o título de campeão em 1981. Depois passou para a F2, onde com a equipa Minardi esteve a competir durante três anos. 
Em 1984 ingressou na equipa Lancia, que disputava provas de endurance. Junto com Riccardo Patrese, Nannini venceu os 1000 Quilómetros de Kyalami. Ainda nesse ano marcou presença nas 24 Horas de Le Mans onde fez a volta mais rápida da corrida. 
Em 1985 a equipa Minardi pretendia contratar Nannini para se estrear na F1, só que o piloto italiano viu a FIA recusar entregar-lhe a Super Licença, para surpresa de todos, assim Nannini continuou com a Lancia nas provas de resistência até o ano seguinte.
Em 1986 e já com a aprovação da FIA, Nannini estreou-se na F1 no Grande Prémio do Brasil, ao volante de um Minardi, equipa onde permaneceu durante dois anos. Apesar de relativamente rápido, o carro da equipa italiana era muito pouco fiável, nas duas temporadas Alessandro apenas terminou quatro corridas, uma em 1986 e três no ano seguinte. Apesar disso os seus desempenhos não passavam despercebidos às outras equipas, que começavam a ver no piloto italiano muitas qualidades.
Em 1988 a Benetton contratou Nannini. Na segunda corrida da temporada em San Marino, Alessandro conquistou o seu primeiro ponto na F1 com o 6º lugar na prova. A meio do campeonato, no Grande Prémio de Inglaterra, subiu pela primeira vez ao pódio depois de ter obtido o 3º lugar, o que repetiu mais tarde no Grande Prémio de Espanha. No final da temporada conseguiu um total de 12 pontos que lhe permitiu ocupar o 10º posto na classificação final.
O ano seguinte foi ainda melhor, pontuou logo na corrida inaugural do campeonato, no Brasil e na prova seguinte, em San Marino, obteve o 3º lugar, o mesmo resultado que conquistou em Inglaterra. Na penúltima corrida da temporada, o Grande Prémio do Japão, Nannini cortou a meta em 2º lugar, mas depois viu a vitória cair-lhe no colo ao beneficiar da desclassificação de Ayrton Senna. Na corrida seguinte, na Austrália, debaixo de chuva, o italiano terminou em 2º lugar. Na classificação final do campeonato, o sexto lugar que obteve já refletia melhor o seu valor.
A temporada de 1990 não começou da melhor maneira para Nannini que somou duas desistências nas duas primeiras corridas, mas em San Marino conquistou o 3º lugar, tal como em Espanha, com o 2º lugar no Grande Prémio da Alemanha pelo meio. 
No dia 12 de Outubro, na semana seguinte ao GP da Espanha, Nannini chegava de helicóptero a casa dos seus país, junto com o piloto e mais dois amigos. Quando estava prestes a pousar, o helicóptero bateu violentamente no chão, Nannini foi cuspido e teve o seu antebraço direito cortado pelo rotor. O seu pai fez-lhe um torniquete improvisado no braço e Alessandro foi levado para o hospital de Florença, onde esteve durante dez horas a ser operado para reimplantar o braço. Depois de fazer mais tarde outras duas cirurgias para recuperar a movimentação e várias sessões de fisioterapia, Nannini teve uma recuperação bem-sucedida. 
Apesar de ter a sua carreira na F1 terminada, a Ferrari ofereceu-lhe a possibilidade de testar o F92A de Jean Alesi em Fiorano, a pista de testes da equipa de Maranello. Com um volante especialmente modificado, Nannini completou um total de 38 voltas. 
Alessandro voltou às pistas em 1992 para disputar o Campeonato Italiano de Super Turismo, ao volante de um Alfa Romeo, adaptado as suas necessidades, onde venceu três provas. Nos dois anos seguintes a Alfa Romeo passou a competir no DTM, Campeonato Alemão de Turismo, sempre com Nannini na sua equipa, o piloto italiano cada vez mais adaptado ao seu carro, venceu quatro corridas em 1994. Em 1995 o DTM deu lugar ao Campeonato Internacional de Turismo e Alessandro continuou com a Alfa Romeo, conquistando sete provas em 1996 e terminou o campeonato no 3º lugar. 
Ainda durante o ano de 1996, a Benetton convidou o seu antigo piloto para realizar uns testes com o monolugar B196 no Circuito do Estoril.
Em 1997 Nannini ingressou na Mercedes para disputar o Campeonato Mundial de Grand Turismo. Nesse ano conquistou a sua última vitória como piloto profissional no Circuito de Suzuka no Japão, o mesmo local onde venceu a sua única corrida de F1.
Em 1998 decidiu deixar o automobilismo para fundar a sua marca de café.
Alessandro Nannini esteve cinco anos na F1. Disputou 76 Grandes Prémios, conquistou 1 vitória, 2 voltas mais rápidas e 9 pódios.
Sobre o piloto italiano, Domingos Piedade dizia, com a frontalidade que o caracterizava, que o “Sandro conduz mais com um braço, do que os outros pilotos com dois.”

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