8 de janeiro de 2023

COOPER T51


O Cooper T51 foi o décimo monolugar de F1 da equipa britânica Cooper.
Projetado por Owen Maddock, que usou uma estrutura tubular curva, tanques de combustível em ambos os lados do cockpit, em vez de na parte traseira e uma suspensão traseira de mola de lâmina e dois braços em forma de triângulo, tal como na frente mas com mola helicoidal, o Cooper era impulsionado pelo motor Coventry Climax FPF 2,5 litros.
O grande trunfo do Cooper T51 foi ter o motor montado na traseira, o que possibilitou uma considerável diminuição de peso, comparado com os seus rivais, pois não era necessário o eixo de transmissão que habitualmente passava por baixo do banco do piloto, permitindo que o piloto ficasse numa posição mais baixa. Como o motor estava montado na traseira, a parte dianteira não precisava de ser tão longa, o que melhorou a aerodinâmica e tornou o centro de gravidade mais baixo, melhorando o comportamento do carro em curva. 
Já o ponto fraco do Cooper T51 era a caixa de velocidades. Nos carros de fábrica era usada uma caixa da Citroën, enquanto que nos carros da equipa de Rob Walker, era usada uma caixa projetada pelo italiano Valerio Colotti.
A estreia do Cooper T51 no Campeonato do Mundo de F1, aconteceu no Grande Prémio do Mónaco, a primeira prova da temporada de 1959. Foi uma estreia em grande para o Cooper T51 que obteve a pole-position, através de Stirling Moss da equipa Rob Walker Racing Team, e venceu a corrida pela mão de Jack Brabham, o principal piloto da equipa oficial da Cooper. Nessa temporada, o T51, conseguiu mais quatro vitórias. Duas para a equipa Cooper, em Inglaterra pela mão de Jack Brabham e nos Estados Unidos com Bruce McLaren ao volante, e as outras duas vitórias foram conseguidas por Stirling Moss da Rob Walker Racing Team. Pelo meio, o Cooper T51, conseguiu ainda mais oito pódios, três com Jack Brabham,  dois com Masten Gregory e 1 com Bruce McLaren, estes da equipa oficial da Cooper, os restantes dois pódios foram obtidos pela Rob Walker Racing Team, através do piloto francês Maurice Trintignant. 
No final da temporada, Jack Brabham sagrou-se Campeão do Mundo de Pilotos, apesar de ter cortado a meta da última corrida, a empurrar o seu carro por ter ficado sem combustível, no 4º lugar. A Cooper conquistou o seu primeiro título de Campeão Mundial de Construtores.
Em 1960, o Cooper T51 já não foi dominante, conseguindo apenas três pódios. Foi 3º na corrida inaugural do campeonato na Argentina, com a equipa de Rob Walker e depois voltou a obter o 3º lugar na Bélgica através de Olivier Gendebien, da equipa Yeoman Credit Racing Team e foi 2º em França, também com Olivier Gendebien.
A despedida do Cooper T51 teve lugar no Grande Prémio da África do Sul de 1963, onde foi usado pela equipa, Scuderia Lupini e pelo piloto sul-africano, Trevor Blokdyk, tendo terminado a corrida no 12º lugar.


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