20 de julho de 2022

ROMOLO TAVONI

 

Romolo Tavoni nasceu no dia 30 de Janeiro de 1926 em Casinalbo, Itália.
Depois de ter terminado os estudos, Tavoni começou a trabalhar como funcionário no banco Credito Italiano em Modena. Em Janeiro de 1950, Enzo Ferrari tornou-se cliente do banco, conseguiu um empréstimo para construir uma nova fábrica em Maranello e Romolo Tavoni passou a trabalhar como secretário particular de Enzo Ferrari. 
Romolo Tavoni trabalhou na Ferrari até 1961. Durante os anos em que representou a equipa de Maranello teve várias funções, mas foi como diretor desportivo que se destacou, cargo que ocupou entre 1957 e 1961. Responsável pela equipa de F1, pela equipa de carros desportivos e também pela equipa que participou no Campeonato Mundial de subidas de montanha, Tavoni viveu momentos difíceis nos seus primeiros tempos como diretor desportivo, já que teve de lidar com a morte do piloto Eugenio Castellotti, durante uma sessão de testes privados no Circuito de Modena, em Março de 1957 e dois meses depois foi o piloto espanhol Alfonso de Portago, que perdeu a vida na prova Mille Miglia. Abalado por essas tragédias, Romolo Tavoni questionou Enzo Ferrari se poderia voltar ao seu anterior cargo na fábrica, mas Enzo insistiu para que continuasse como diretor desportivo. No Grande Prémio de França de F1 de 1958, o piloto romano Luigi Musso despistou-se e não resistiu aos ferimentos, acabando por falecer no hospital. Menos de um mês depois, foi o inglês Peter Collins que perdeu a vida durante o Grande Prémio da Alemanha. Enzo Ferrari decidiu parar de competir na F1, mas Romolo Tavoni e o piloto Mike Hawthorn, que tinha sido companheiro de equipa de Musso e de Collins, insistiram que a equipa deveria continuar e Enzo Ferrari voltou atrás na sua decisão. No final do campeonato, Mike Hawthorn sagrou-se Campeão Mundial.
Em 1961, a Ferrari voltou a vencer o Campeonato do Mundo de Pilotos, com os seus belos carros, 156 “nariz de tubarão”. Como sempre aconteceu, a equipa italiana deu luz verde aos seus pilotos para lutarem pelas vitórias e assim Phil Hill e Wolfgang von Trips batalharam pelo título até ao Grande Prémio de Itália, onde von Trips se envolveu num acidente com o Lotus de Jim Clark, com o Ferrari a atingir alguns espectadores que estavam nas bancadas e que resultou na morte de 11 pessoas, incluindo o piloto von Trips. Phil Hill venceu o campeonato mas Tavoni ficou sem motivos para festejar, já que era muito chegado ao piloto alemão. Para piorar a situação de Tavoni, Enzo Ferrari impediu-o de ir ao funeral de von Trips, o que levou Romolo Tavoni a questionar-se sobre a sua continuidade na Ferrari. Mas no final dessa temporada, Enzo Ferrari decidiu demitir oito executivos, incluindo Tavoni. Apesar de não ter sido dada nenhuma explicação sobre esses despedimentos, houveram rumores de que tudo se deveu à interferência nos assuntos da empresa da esposa de Enzo, Laura Ferrari. 
Depois de ter deixado a Ferrari, Romolo Tavoni trabalhou na ATS, a empresa que foi formada por alguns dos executivos dispensados da Ferrari. 
Em 1965, Tavoni começou a trabalhar com Luigi Bertett, o presidente do Automobile Club de Milano. Ambos criaram a Formula Monza, uma categoria para jovens pilotos, e Tavoni foi ainda responsável pela organização dos 1000 Quilómetros de Monza, uma corrida de resistência que teve início em 1965 e que se disputou sempre, até 2008.
Em 1982, Tavoni assumiu todas as responsabilidades da pista do Grande Prémio de Itália de F1. 
No ano de 1992, Romolo Tavoni aposentou-se e dedicou-se à família. 
Apesar de ter sido despedido da Ferrari no final de 1961, Tavoni e Enzo continuaram bons amigos e almoçavam diversas vezes.
Romolo Tavoni morreu no dia 20 de Dezembro de 2020, com 94 anos de idade.

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