9 de maio de 2021

SHADOW

 

A Shadow Racing Cars foi uma equipa de automobilismo que participou no Campeonato do Mundo de F1 na década de setenta.
Fundada na Califórnia em 1968 por Don Nichols como Advanced Vehicle Systems, a Shadow começou por participar em provas do campeonato norte-americano Can-Am. 
Em 1973, a Shadow estreou-se na F1 na terceira corrida do campeonato, o Grande Prémio de África do Sul, prova onde conquistou 1 ponto com o 6º lugar de George Follmer. Na corrida seguinte em Espanha, Follmer foi 3º e obteve assim o primeiro pódio da Shadow na F1. Na penúltima prova da temporada, no Canadá, a Shadow voltou ao pódio e de novo com o 3º lugar, mas conquistado por Jackie Oliver.
No ano seguinte a equipa americana mudou de pilotos, tendo contratado o francês Jean-Pierre Jarier assim como o nova-iorquino Peter Revson, filho e sobrinho dos fundadores da empresa de cosméticos, Revlon. Depois de ambos os carros terem desistido nas duas primeiras corridas da temporada, a Shadow realizou testes privados em Kyalami, onde se iria disputar, dias mais tarde, o Grande Prémio de África do Sul. Durante os testes, uma falha na suspensão frontal no carro de Revson resultou na sua morte. O piloto norte-americano foi substituído por Brian Redman e depois por Tom Pryce. A Shadow voltou a conquistar um pódio com o 3º lugar de Jarier no Mónaco, sendo esse o resultado mais significativo de toda a temporada.
Em 1975, a Shadow começou a temporada a conquistar a pole-position nas duas primeiras corridas da temporada através de Jean-Pierre Jarier, no entanto, essa superioridade demonstrada nos treinos de qualificação não se viu nas corridas e a equipa apenas conseguiu os primeiros pontos na quarta prova do campeonato, o Grande Prémio de Espanha, corrida que terminou na 29ª volta, após o acidente mortal de Rolf Stommelen que também vitimou quatro espectadores. Tom Pryce terminou nos lugares pontuáveis em cinco provas, inclusive no Grande Prémio da Áustria, corrida que também foi interrompida e dada por terminada na 29ª volta devido à chuva intensa. No final do campeonato, a Shadow somou 9,5 pontos e conseguiu o 6º lugar entre os construtores, à frente, por exemplo, da Lotus.
No ano de 1976, Pryce voltou a subir ao pódio com um 3º lugar na primeira corrida da temporada, no Brasil. O piloto galês conseguiu ainda dois 4ºs lugares, em Inglaterra e na Holanda. Foi ainda nesse ano que a Shadow passou a correr com licença inglesa, depois de já ter a sua sede em  Northampton.
Em 1977, a Shadow voltou a viver momentos negros e de novo na África do Sul, quando Tom Pryce morreu ao atropelar um comissário de pista, cujo extintor lhe acertou na cabeça, causando morte instantânea. Alan Jones foi o piloto que o substituiu e depois de ter sido 6º no Mónaco e 5º na Bélgica, Jones venceu o Grande Prémio da Áustria. Foi a primeira e única vitória da Shadow no Campeonato do Mundo de F1. Jones foi ainda 3º em Itália e 4º no Canadá e no Japão.
Em 1978, foram contratados os pilotos Hans-Joachim Stuck e Clay Regazzoni, mas os projetistas Tony Southgate e Alan Rees, assim como o engenheiro Dave Wass deixam a Shadow. Regazzoni conseguiu o 5º lugar no Brasil e na Suécia e Stuck foi também 5º no Grande Prémio de Inglaterra, mas esse ano foi o início do fim da Shadow.
No ano seguinte a Shadow apenas conseguiu um 4º lugar no Grande Prémio dos Estados Unidos, por intermédio de Elio de Angelis.
Em 1980, a Shadow apenas conseguiu disputar uma corrida com o piloto Geoff Less que terminou em 13º o Grande Prémio de África do Sul. Depois de muitas não qualificações, Don Nichols decidiu terminar a sua aventura na F1 e fechou as portas da Shadow.
A Shadow Racing Cars participou durante oito anos no Campeonato do Mundo de F1. Disputou 104 Grandes Prémios. Conquistou 1 vitória, 3 pole-positions, 2 voltas mais rápidas e 7 pódios.

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