17 de agosto de 2022

BRABHAM BT46B

 

O Brabham BT46B foi um dos carros mais icónicos da F1.
Projetado por Gordon Murray e impulsionado pelo motor flat-12 da Alfa Romeo, o Brabham BT46B começou por seguir o conceito de “efeito-solo” do Lotus 78, que implicava o aumento da força descendente do carro e que resultava em obter maior aderência, no entanto Murray foi ainda mais longe e inspirado no Chaparral 2J, que tinha dois ventiladores na parte traseira do carro e que tinha como objectivo extrair grandes quantidades de ar sob o chassis, reduzindo assim a pressão o que originava força descendente.
Murray reformulou o sistema de refrigeração, usando um grande ventilador na traseira do carro, acionado por uma caixa de engrenagens, para retirar ar através de um radiador montado horizontalmente acima do motor. Sob a parte traseira do carro havia um conjunto de saias. Quando o motor atingia altas rotações, o efeito do ventilador era o de sugar o carro para próximo do solo. 
No Grande Prémio da Suécia, disputado em Anderstorp, John Watson e Niki Lauda classificaram-se em 2º e 3º, atrás de Lotus de Mario Andretti, para a grelha de partida. Logo após os treinos uma onda de protestos foi apresentada contra o carro, no entanto todos foram rejeitados. Na corrida, Andretti ainda liderou as primeiras 38 voltas, mas depois Niki Lauda assumiu a liderança e levou o Brabham BT46B à vitória.  
Dias após essa vitória do Brabham BT46B, a Commission Sportive Internationale declarou que não eram permitidos carros com ventiladores, no entanto como o carro não foi considerado ilegal quando correu, a vitória no Grande Prémio da Suécia continuou a pertencer ao Brabham BT46B de Niki Lauda.
Foi uma estreia cem por cento vitoriosa para o Brabham BT46B que liderou as últimas 32 voltas do Grande Prémio da Suécia e ainda obteve a volta mais rápida da corrida, a única em que participou.

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