30 de dezembro de 2020

FRANK WILLIAMS


Sir Francis Owen Garbett Williams, mais conhecido por Frank Williams, nasceu no dia 16 de Abril de 1942 em South Shields, Inglaterra.
Criado pelos tios, depois da separação dos seus pais, Frank passou grande parte da sua infância no St Joseph's College, um colégio interno em Dumfries, na Escócia. 
A sua paixão por carros e velocidade nasceu quando o pai de um amigo seu lhe deu boleia num Jaguar XK 150S, chegando a atingir os 160 quilómetros por hora.
Após uma breve carreira como mecânico e piloto, Frank fundou a Frank Williams Racing Cars, em 1966, financiada pelo seu trabalho de compra e venda de automóveis. O negócio era muito simples, em troca do carro antigo e de uma verba em dinheiro, prometia aos proprietários o envio de um exemplar do mesmo modelo, mas novo. Porém, o que Frank Williams fazia era simplesmente desmontar e limpar o carro velho e devolvê-lo.
Em 1969, participou no Campeonato Mundial de F1, tendo comprado um chassis Brabham para o piloto Piers Courage, que terminou duas provas (Mónaco e Estados Unidos), no 2º lugar. Na quinta prova do campeonato de 1970, na Holanda, Courage sofreu um brutal acidente, que o matou aos 28 anos.
Nos anos seguintes, a Frank Williams Racing Cars nunca ganhou uma corrida na Fórmula 1 e, estrangulada pelas dívidas, viria a ser vendida ao milionário canadiano Walter Wolf, que manteve Frank na liderança técnica. Porém, a parceria durou pouco tempo. Reza a lenda que um dia, em 1977, ao tentar entrar na fábrica, encontrou as fechaduras mudadas. Tinha sido despedido e entrou em depressão.
Frank depressa se ergueu e juntamente com o engenheiro e projetista Patrick Head, fundou a Williams Grand Prix Engineering Limited, no ano de 1977.
As ideias de Head revelaram-se revolucionárias e apesar de a fábrica estar instalada num antigo armazém de carpetes, os resultados começaram a aparecer. A primeira vitória surgiu precisamente em Silverstone, em 1979, e os primeiros campeonatos, de pilotos (pelo australiano Alan Jones) e de construtores apareceram em 1980.
Tudo corria sobre rodas em meados dos anos 80 e para trás ficavam os tempos em que Frank geria a equipa a partir de uma cabine telefónica, porque a linha na fábrica fora cortada por falta de pagamento. No entanto, o dia 8 de Março de 1986 mudaria muita coisa. Após um dia de testes no circuito francês de Paul Ricard, nos arredores de Marselha, despistou-se ao volante de um automóvel. Frank Williams assume que conduzia “como um louco” e que queria apanhar o último voo de volta a Inglaterra, onde pretendia correr uma meia-maratona no dia seguinte. Uma fractura entre a quarta e a quinta vértebra cervicais deixaram-no paralisado do pescoço para baixo. A situação chegou a ser tão grave que os médicos franceses sugeriram que as máquinas fossem desligadas. A sua esposa, Virginia Williams, recusou e transferiu-o para Inglaterra, onde conseguiu recuperar. Em Julho de 1986, mais uma vez em Silverstone, voltou ao comando da equipa. 
Entre 1980 e 1997, ano dos últimos títulos, a Williams ganhou nove campeonatos de construtores e sete de pilotos. 
Apesar de todas as vitórias e de todos os títulos conquistados, Frank Williams carrega a mágoa de ter perdido Ayrton Senna ao volante de um dos seus carros. Desde esse dia, todos os carros da equipa têm uma homenagem na forma de um pequeno logotipo de Senna nos suportes da asa dianteira ou nas proximidades.
Em Março de 2012, Frank Williams anunciou que deixaria o conselho da Williams Racing F1 e seria substituído pela sua filha Claire Williams, no entanto Frank ainda permanece com a equipa na função de director de equipa.
Frank Williams foi nomeado Comandante da Ordem do Império Britânico pela Rainha Isabel II em 1986 e recebeu o título de cavalaria em 1999. Foi também nomeado Cavaleiro da Legião de Honra pela França, pelo seu trabalho nos motores Renault F1.
Em 2008, Frank Williams recebeu o troféu Wheatcroft, em reconhecimento pela sua contribuição significativa ao automobilismo.
Sir Frank Williams faleceu no dia 28 de Novembro de 2021.

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