5 de fevereiro de 2023

JOHNNY HERBERT

 

John Paul Herbert, mais conhecido como Johnny Herbert, nasceu no dia 25 de Junho de 1964 em Brentwood, Inglaterra.
Foi no karting que começou a sua aventura no automobilismo quando ainda era muito jovem. Em 1979, sagrou-se Campeão Júnior da Grã-Bretanha e no ano de 1982, conquistou o título de Campeão Sénior. Em 1984, passou para a Formula Ford 1600 e no ano seguinte venceu o Festival Formula Ford em Brands Hatch, o que lhe abriu as portas da Formula Ford 2000 e também da F3 em 1986. Em 1987, conquistou o campeonato britânico de F3 e em Setembro desse mesmo ano conduziu o Benetton-Ford no circuito pequeno de Brands Hatch, na primeira vez que esteve ao volante de um carro de F1. Peter Collins, o chefe da equipa Benetton, ficou tão impressionado com a condução de Herbert que fez força para que o piloto inglês ficasse na equipa no ano seguinte, mas a família Benetton já tinha outro plano traçado.  
Em 1988, Herbert disputou o Campeonato Internacional de F3000 com a equipa Jordan Racing. começou por ganhar a primeira corrida do campeonato, em Jerez e era um dos favoritos a vencer o título de campeão. Mas na sétima prova, em Brands Hatch, envolveu-se num acidente com Gregor Foitek. O seu carro embateu de frente e violentamente nos rails, voltou à pista onde foi atingido por outro carro que o empurrou de novo contra os rails do outro lado da pista. Herbert sofreu graves fraturas nos dois pés, e em ambas as pernas. Logo após o acidente surgiu a ameaça de amputação, mas depois de várias cirurgias e meses de fisioterapia, Herbert voltou às corridas e ingressou na equipa de F1 Benetton em 1989.
Na primeira corrida do Campeonato do Mundo, no Brasil, Johnny Herbert estreou-se na F1. Depois de largar da 10ª posição, um lugar na frente do seu companheiro de equipa, terminou a corrida no 4º lugar a dez segundos do vencedor e assim obteve os seus primeiros pontos na F1. Na quinta corrida do campeonato, o Grande Prémio dos Estados Unidos, voltou a terminar nos lugares pontuáveis com a 5ª posição. Herbert, que tinha dificuldades em pisar o pedal de travão, não conseguiu qualificar-se para o Grande Prémio do Canadá e após a corrida foi substituído pelo italiano Emanuele Pirro. O piloto britânico ainda disputou o Grande Prémio da Bélgica mas com a equipa Tyrrell e falhou a qualificação para o Grande Prémio de Portugal.
Em 1990 e 1991, Herbert disputou o Campeonato Japonês de F3000. Ainda no ano de 1990, foi contratado pela equipa Lotus e disputou as duas últimas provas do Campeonato Mundial de F1, no Japão e na Austrália, tendo desistido em ambas as provas. No ano seguinte, disputou sete corridas, mas não conseguiu pontuar.
Em 1992, conseguiu apenas 2 pontos em todo o campeonato, com o 6º lugar no Grande Prémio da África do Sul e no Grande Prémio de França.
O ano seguinte foi melhor e obteve o 4º lugar no Brasil, em Donington onde se correu o Grande Prémio da Europa, e em França.
Em 1994, Herbert esteve em três equipas, mas voltou a não conseguir um único ponto. Começou a temporada com a Lotus, disputou o Grande Prémio da Europa com a Ligier, e depois regressou à Benetton para correr as duas últimas provas do campeonato.
1995, Foi o melhor ano de Johnny Herbert na F1. Depois do 4º lugar na Argentina, subiu pela primeira vez ao pódio com o 2º lugar alcançado no Grande Prémio de Espanha. Seguiu-se outro 4º lugar, desta vez no Mónaco. Após ter colecionado duas desistências, conquistou a sua primeira vitória no Grande Prémio de Inglaterra em Silverstone, o local ideal para um piloto inglês celebrar esse feito. Seguiram-se mais dois 4ºs lugares na Alemanha e na Hungria. Em Monza, onde se disputou o Grande Prémio de Itália, Herbert voltou a vencer. Nas últimas cinco corridas da temporada, conseguiu o 5º lugar no Grande Prémio da Europa, o 6º no Grande Prémio do Pacifico e conseguiu mais um pódio ao terminar o Grande Prémio do Japão no 3º lugar. No final do campeonato somou 45 pontos e classificou-se no 4º lugar.
Em 1996, Herbert ingressou na equipa Sauber. Nesse ano conquistou 4 pontos, todos referentes ao 3º lugar que alcançou no Grande Prémio do Mónaco.
No ano seguinte, voltou a conseguir um pódio com o 3º lugar na Hungria, conseguiu dois 4ºs lugares na Argentina e na Bélgica, foi 5º em Espanha e no Canadá, e 6º no Japão.
Em 1998, conseguiu o 6º lugar no Grande Prémio da Austrália, a primeira prova do campeonato, e foi esse o único resultado positivo em toda a temporada.
No ano de 1999, Herbert trocou a Sauber pela Stewart. Conseguiu pontuar em apenas três das dezesseis corridas do campeonato. Foi 5º no Canadá, 4º na Malásia e venceu o Grande Prémio da Europa disputado em Nurburgring, oferecendo a única vitória na F1 à equipa Stewart.
Em 2000, a Jaguar adquiriu a Stewart, mas Herbert manteve o seu lugar. No entanto, a temporada acabou por ficar muito aquém das expectativas e o piloto inglês não obteve nenhum ponto. No final da temporada, Herbert decidiu retirar-se da F1.
Entre 2001 e 2004, disputou o Campeonato American Le Mans Series. Em 2002, tentou participar nas 500 Milhas de Indianápolis mas não conseguiu qualificar-se para a corrida. Em 2009, disputou nove provas do BTCC (British Touring Car Championship). Entre 2010 e 2012, participou no International Superstars Series.
Entre 1990 e 1992, 2001 e 2004, e em 2007, disputou as 24 Horas de Le Mans. Venceu a prova no ano de 1991 ao volante de um Mazda 787B de motor rotativo, a primeira vitória de um carro japonês em Le Mans.
Herbert regressou à F1 mas como comentador no canal Sky Sports F1.
Nos 12 anos que Johnny Herbert esteve envolvido na F1, disputou 161 Grandes Prémios. Conquistou 3 vitórias e 7 pódios.

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