17 de outubro de 2021

DIJON-PRENOIS


O Circuito de Dijon-Prenois é um autódromo de automobilismo que recebeu corridas do Campeonato do Mundo de F1 nas décadas de setenta e oitenta.
Nos finais dos anos sessenta, o antigo jogador de rugby e lutador, François Chambelland, começou a planear criar um local automotivo nos arredores de Dijon e em 1967 encontrou o terreno indicado para a construção da pista, perto de Prenois. Depois de ouvir as opiniões dos pilotos Jean-Pierre Beltoise e François Cevert, assim como do jornalista de automobilismo José Rosinski, sobre como deveria ser o desenho da pista, as obras tiveram início no ano de 1969. Chambelland deparou-se com muitas dificuldades para angariar os fundos necessários para a construção do circuito, mas conseguiu sempre encontrar forma de avançar e em 1972 o circuito de 3.200 quilómetros estava concluído. 
No dia 26 de Maio de 1972, o Circuito de Dijon-Prenois foi inaugurado com o piloto Guy Ligier a fazer a primeira volta cronometrada. Dez dias depois realizou-se a primeira corrida para protótipos de 2 litros, com Arturo Merzario a vencer a prova, ao volante de um Abarth Osella SE-021.
No dia 7 de Julho de 1974, Dijon-Prenois recebeu pela primeira vez os monolugares de F1 ao sediar o Grande Prémio de França. Niki Lauda em Ferrari, obteve a pole-position e liderou as primeiras 16 voltas, depois foi ultrapassado pelo Lotus-Ford do sueco Ronnie Peterson que venceu a corrida. Uma corrida um pouco problemática, pois o circuito era pequeno o que dificultava a vida aos pilotos mais rápidos que depressa encontravam os mais atrasados para os dobrar. 
François Chambelland não perdeu tempo e tratou de iniciar a extensão do circuito, mas mais uma vez as finanças foram uma entrave nos seus planos e acabou por optar por uma alternativa, passando o circuito a ter 3.880 quilómetros, o que aumentou os tempos por volta em 13 segundos.
Em 1977, o Grande Prémio de França de F1 regressou a Dijon-Prenois. Mario Andretti em Lotus-Ford conquistou a pole-position, a volta mais rápida e a vitória na corrida, depois de liderar apenas a última volta.
No ano de 1979, os monolugares de F1 voltaram a Dijon-Prenois e o Grande Prémio de França desse ano ficou na história da F1. Jean-Pierre Jabouille conseguiu uma vitória dominante, a primeira da Renault com motor turbo, mas o que ficou na memória de todos foi a batalha pelo 2º lugar, onde o companheiro de equipe de Jabouille, René Arnoux, travou uma batalha feroz com Gilles Villeneuve da Ferrari. Os dois pilotos trocaram de posição várias vezes, com as rodas dos seus carros a tocarem-se, no fim Villeneuve acabou por levar a melhor sobre Arnoux que teve de se contentar com a volta mais rápida da corrida.
Em 1981, o Grande Prémio de França regressou a Dijon-Prenois para mais uma corrida que ficou na história da F1 e do automobilismo francês, pois marcou a primeira vitória de Alain Prost na modalidade.
No ano seguinte o circuito de Dijon-Prenois foi a casa do Grande Prémio da Suíça. A prova foi disputada em França devido à proibição do governo suíço das corridas de automobilismo no país por causa do desastre de Le Mans em 1955 onde morreram o piloto Pierre Levegh, 83 espectadores e outros 120 ficaram feridos. Naquele que foi até hoje, o último Grande Prémio da Suíça de F1, Keke Rosberg em Williams-Ford conquistou a vitória, a sua primeira na F1, depois de liderar as duas últimas voltas da corrida.
No dia 20 de Maio de 1984, a F1 visitou pela última vez o circuito de Dijon-Prenois para ali disputar o Grande Prémio de França, prova que foi ganha por Niki Lauda em McLaren. A última pole-position de um F1 em Dijon-Prenois foi obtida por um piloto francês a bordo de um carro também francês, Patrick Tambay em Renault.
Nas seis vezes que Dijon-Prenois recebeu a F1 teve seis pilotos diferentes a vencer. Nas equipas, Lotus e Renault ganharam duas corridas cada. 


1 comentário:

Lucas disse...

Naquele dia em 79, Villeneuve impediu de acontecer o Grand Chelem mais perfeito que já chegou perto de acontecer na F1. Jabouille e Arnoux, dois franceses na mesma equipe também da França com motor próprio, largaram da primeira fila diante de sua nação. René fez a melhor volta e Pierre venceu, porém o canadense não só tomou a segunda colocação final de Arnoux como chegou a liderar a prova após ultrapassar Jabouille na largada.