16 de janeiro de 2022

LARROUSSE

 

A Larrousse Formula One foi uma equipa de automobilismo francesa que disputou o Campeonato do Mundo de F1 nas décadas de oitenta e noventa.
Fundada em 1986 pelo empresário Didier Calmels em parceria com Gérard Larrousse, antigo piloto e ex-diretor da Renault Sport entre 1976 a 1984, e da equipa Ligier de F1 em 1985 e 1986. 
A equipa francesa que se estreou no Campeonato do Mundo de F1 em 1987, no Grande Prémio de San Marino, com Philippe Alliot como piloto, ao qual se juntou nas três últimas corridas da temporada, Yannick Dalmas, começou por usar chassis da construtora britânica Lola e motores Ford. Nesse ano de estreia na categoria máxima do automobilismo, a Larrousse conseguiu 3 pontos em todo o campeonato, todos por intermédio de Alliot que terminou em 6º lugar os Grandes Prémios da Alemanha, Espanha e México. Dalmas terminou o Grande Prémio da Austrália no 5º lugar mas não lhe foram atribuídos os respetivos 2 pontos por a equipa apenas ter inscrito um carro no campeonato e assim o segundo carro estava inelegível.  
Em 1988, a Larrousse continuou com os dois pilotos mas a tempo inteiro. Apesar de contar com dois carros em catorze das dezasseis corridas da temporada, a equipa francesa não conseguiu marcar um único ponto.
O ano de 1989 foi atribulado para a equipa quando na primavera viu um dos seus fundadores, Didier Calmels, ser detido e condenado a oito anos de prisão por ter assassinado a sua esposa. No plano desportivo, a Larrousse trocou os motores Ford pelos Lamborghini, mas a falta de fiabilidade aliada à ausência de competitividade dos motores italianos transformaram a temporada num autêntico desastre. Yannick Dalmas não conseguiu qualificar-se para cinco corridas e foi substituído por Eric Bernard que disputou duas provas, cedendo o seu lugar ao italiano Michele Alboreto, tendo ambos terminado apenas uma corrida no 11º lugar. Philippe Alliot foi o único piloto que disputou toda a temporada e foi ele que salvou a honra da Larrousse ao terminar o Grande Prémio de Espanha no 6º lugar e assim conquistar o único ponto da equipa em todo o campeonato.
Em 1990, Eric Bernard e Aguri Suzuki foram os pilotos escolhidos para a nova temporada, que foi bem mais positiva do que a anterior. Ambos os pilotos pontuaram em três corridas. Bernard foi 6º no Mónaco e na Hungria, e 4º em Inglaterra, onde Suzuki terminou no 6º lugar tal como aconteceu em Espanha. O ponto alto do ano para a Larrousse foi o 3º lugar de Suzuki no Grande Prémio do Japão, o que foi o primeiro pódio de um piloto japonês na F1. No final do campeonato, a equipa francesa somou 11 pontos e classificou-se no 6º lugar.
Em 1991, a Larrousse voltou a contar com os motores Ford mas manteve os dois pilotos. Aguri Suzuki começou a temporada a conquistar 1 ponto, com o 6º lugar no Grande Prémio dos Estados Unidos, mas depois nunca mais conseguiu terminar nenhuma corrida até ao final do campeonato. Bernard fez um pouco melhor, o piloto gaulês viu a bandeira axadrezada por duas vezes. Foi 9º no Mónaco e 6º no México. Nos treinos para o Grande Prémio do Japão, Eric Bernard sofreu um violento acidente do qual saiu com uma perna fraturada. Na última prova da temporada, na Austrália, o belga Bertrand Gachot substituiu o piloto francês mas sem grande sucesso, pois não conseguiu qualificar-se para a corrida.
Em 1992, Gérard Larrousse acordou uma parceria com a construtora francesa de carros desportivos Venturi, que ficou com 65% da equipa. Os motores voltaram a ser Lamborghini, o que deixava boas expectativas a Bertrand Gachot e a Ukyo Katayama, o piloto nipónico estreava-se na F1 depois de ter vencido o campeonato japonês de F3000. A temporada ficou longe de ser brilhante, com apenas 1 ponto conquistado em todo o campeonato, através do 6º lugar de Gachot no Grande Prémio do Mónaco.
No ano de 1993, houveram de novo mudanças na equipa. Pela primeira vez a Larrousse construiu o seu próprio chassis e voltou a contar com dois pilotos franceses com o regresso de Philippe Alliot que se juntou a Erik Comas. Na quinta prova do campeonato, Alliot obteve o 5º lugar no Grande Prémio de San Marino. Nove corridas mais tarde, foi a vez de Comas pontuar com o 6º lugar no Grande Prémio de Itália. Foram apenas esses 3 pontos que a Larrousse conquistou nesse ano.
Em 1994, a Ford voltou a impulsionar os monolugares da Larrousse. Erik Comas manteve-se na equipa e foi o piloto gaulês a conquistar os únicos 2 pontos da Larrousse na temporada, com o 6º lugar no Grande Prémio do Pacifico e também no Grande Prémio da Alemanha. Olivier Beretta até à décima prova da temporada, Philippe Alliot, Yannick Dalmas, Hideki Noda e Jean-Denis Délétraz, foram os outros pilotos que passaram pela equipa.
No ano de 1995, a Larrousse tinha o projeto do novo carro concluído, mas muitos problemas de ordem financeira impediram a construção do novo monolugar. Como Gérard Larrousse não conseguiu solucionar a grave crise financeira que tomou conta da sua equipa, em Abril decidiu fechar as portas em definitivo.
Nos 8 anos que a Larrousse esteve na F1, disputou 126 Grandes Prémios e conquistou 1 pódio. 

Sem comentários: