14 de agosto de 2022

RUBENS BARRICHELLO

 

Rubens Gonçalves Barrichello nasceu no dia 23 de Maio de 1972 em São Paulo, Brasil.
Filho de um pai de descendência italiana e de uma mãe com origem portuguesa, Rubens Barrichello foi “empurrado” para o automobilismo pelo seu tio materno, Dárcio Gonçalves dos Santos, um ex-piloto de karting, de F2 e de F3, e foi com apenas 6 anos de idade que teve o seu primeiro karting, oferecido pelo avô materno. Durante oito anos, competiu nos kartings e venceu cinco campeonatos brasileiros, cinco campeonatos paulistas e um Sul-Americano. Em 1989, com 16 anos, disputou o campeonato brasileiro de Formula Ford e no ano seguinte rumou à Europa para competir na Formula Opel Lotus, tendo ganho o campeonato. Em 1991, voltou a sagrar-se campeão mas na F3 inglesa, com a West Surrey Racing, a mesma equipa com que, oito anos antes, Ayrton Senna tinha vencido o mesmo campeonato. No ano seguinte, correu no campeonato Internacional de F3000, tendo obtido o 3º lugar, o que não impediu de despertar o interesse dos responsáveis das equipas de F1, principalmente de Eddie Jordan, dono da equipa Jordan, que contratou o piloto brasileiro no início de 1993.
No dia 14 de Março de 1993, Rubens Barrichello estreou-se no Campeonato do Mundo de F1 no Grande Prémio da África do Sul, a primeira prova da temporada. O piloto brasileiro arrancou do 14º lugar, mas foi obrigado a desistir na 31ª volta com problemas na caixa de velocidades do seu Jordan-Hart. Nessa temporada, Barrichello terminou o Grande Prémio do Japão, a penúltima corrida do campeonato, no 5º lugar e assim conquistou os seus primeiros pontos na F1.
No ano seguinte, iniciou a temporada com um 4º lugar na prova inaugural do campeonato, o Grande Prémio do Brasil, resultado que igualou em Inglaterra, Itália, Portugal e Austrália, mas na segunda prova da temporada, o Grande Prémio do Pacifico, disputado no circuito japonês de Ti-Aida, Barrichello alcançou o seu primeiro pódio na F1 ao terminar a corrida no 3º lugar. Foi também nesse ano que obteve a sua primeira pole-position no Grande Prémio da Bélgica.
Em 1995, Rubens Barrichello sofreu muito com os problemas de fiabilidade do motor Peugeot que equipava os carros da Jordan. Das dezassete provas da temporada, o piloto brasileiro apenas conseguiu pontuar em quatro, com o 2º lugar no Grande Prémio do Canadá a ser o melhor resultado.
No ano de 1996, os resultados melhoraram mas não muito. Barrichello conseguiu terminar quase metade das corridas nos lugares pontuáveis, com o 4º lugar, que alcançou na Argentina e em Inglaterra, a ser o melhor que obteve em corrida.
Em 1997, o piloto brasileiro trocou a Jordan pela Stewart, a nova equipa de F1 fundada pelo antigo tricampeão, Jackie Stewart junto com o seu filho Paul. A temporada foi um autêntico desastre, muito por culpa da pouca fiabilidade que os carros apresentavam, com Barrichello a terminar apenas três corridas, e a pontuar apenas no Grande Prémio do Mónaco, onde conseguiu um excelente 2º lugar.
No ano seguinte, o cenário praticamente foi o mesmo. O piloto paulista somou quatro pontos no campeonato, que foram obtidos através do 5º lugar que conseguiu em Espanha e no Canadá.
Em 1999, a equipa Stewart evoluiu bastante e Barrichello pontuou em sete das dezasseis corridas da temporada, tendo, subido ao pódio por três vezes com o 3º lugar que conquistou em San Marino, França e em Nurburgring, onde se disputou o Grande Prémio da Europa. 
No ano de 2000, Barrichello foi contratado pela Ferrari, tendo-se mantido na equipa italiana durante seis anos, sempre como companheiro de equipa do alemão Michael Schumacher. Durante esses seis anos, o piloto brasileiro conquistou a sua primeira vitória no Grande Prémio da Alemanha de 2000, depois de ter arrancado do 18º lugar da grelha de partida. Barrichello conquistou ainda mais oito vitórias, fazendo valer a superioridade do seu carro, no entanto foi sempre obrigado a estar na sombra de Michael Schumacher, como ficou provado no Grande Prémio da Áustria de 2002, quando a sua equipa lhe ordenou que cedesse a liderança da corrida ao seu companheiro de equipa, o que o brasileiro fez já com a meta à vista, o que gerou uma vaia geral por parte do público quando ambos os pilotos subiram ao pódio. Nesse ano de 2002 e também em 2004, Barrichello conseguiu o 2º lugar no Campeonato Mundial de Pilotos, logo atrás do seu companheiro de equipa.
Descontente e também desgastado pelos anos que passou na Ferrari, Barrichello ingressou na Honda em 2006. Com um carro que nunca lhe permitiu lutar pelos lugares da frente, conseguiu pontuar em dez das dezoito provas da temporada, sendo o 4º lugar que obteve no Mónaco e na Hungria, o melhor resultado do ano.
Em 2007, Barrichello desistiu apenas em duas das dezassete corridas da temporada, no entanto o fraco desempenho dos monolugares japoneses nunca lhe permitiu terminar nenhuma corridas nos lugares pontuáveis e pela primeira vez na sua carreira chegou ao final do campeonato sem um único ponto conquistado.
O ano seguinte foi um pouco melhor, já que Barrichello pontuou em três corridas, tendo obtido o 3º lugar no Grande Prémio de Inglaterra. No final desse ano, a Honda retirou-se da F1 e acabou por ser Ross Brawn, o então chefe de equipa a adquirir a formação nipónica, tendo-a renomeado para: Brawn GP.
Em 2009 e com a Brawn, Barrichello voltou a ter nas mãos um carro competitivo e pontuou em quinze das dezassete corridas da temporada, tendo alcançado por seis vezes o pódio e conquistado a vitória no Grande Prémio da Europa e também no Grande Prémio de Itália.
Em 2010, Barrichello ingressou na Williams. Nessa temporada, conseguiu terminar dez corridas nos lugares que atribuem pontos, sendo o 4º lugar que alcançou em Valência, onde se correu o Grande Prémio da Europa, o melhor resultado da temporada.
No ano seguinte, apenas pontuou no Mónaco e no Canadá. O Grande Prémio do Brasil, foi a última prova do campeonato e também a última corrida de F1 que Barrichello disputou.
Depois de deixar a F1, Rubens Barrichello disputou o Campeonato de Formula Indy em 2012. A partir de 2013, passou a disputar o Campeonato Brasileiro de Stock Car, tendo conquistado o título de campeão em 2014. Participou por quatro vezes (2013, 2015, 2016 e 2019), nas 24 Horas de Daytona, tendo terminado no 2º lugar em 2016. Em 2017, disputou as 24 Horas de Le Mans na classe LMP2, e obteve o 11º lugar. 
Rubens Barrichello foi piloto de F1 durante 19 anos. Disputou 323 Grandes Prémios. Conquistou 11 vitórias, 14 pole-positions, 17 voltas mais rápidas e 68 pódios. 

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