25 de novembro de 2020

BUENOS AIRES

 

O Autódromo Internacional Juan e Oscar Gálvez é um circuito de automobilismo localizado em Buenos Aires, Argentina.
No início dos anos cinquenta, o presidente argentino, Juan Perón, reuniu-se com os pilotos argentinos de F1, Luigi Villoresi, Juan Manuel Fangio e José Froilán Gonzalez. As corridas de automóveis começavam a ser cada vez mais populares, disputadas em circuitos de rua um pouco por todo o país. Perón chamou os pilotos para saber o que fazer para atrair a atenção internacional, a resposta dos três pilotos foi a mesma. Construir um circuito permanente.
Juan Perón ordenou então que se iniciassem as obras. Depois de ser escolhido um local, um terreno no distrito de Lugano, começaram as obras de construção do circuito. O novo autódromo iria ter dez variações de traçado, grandes arquibancadas e um moderno edifício das boxes. Na entrada do circuito, Perón, decidiu colocar um grande arco branco, para dar as boas-vindas a todos os espectadores, baptizado em homenagem ao primeiro almirante da Armada Argentina, William Brown.
No dia 9 de Março de 1952, o circuito foi inaugurado. Por escolha do presidente Perón o circuito ficou com a designação de Autódromo 17 de Outubro em comemoração ao dia do ano de 1945 em que Juan Perón foi libertado, depois de ter sido destituído do seu cargo por um golpe civil e militar que o pôs na cadeia durante oito dias.
No dia 18 de Janeiro de 1953, realizou-se o primeiro Grande Prémio da Argentina, que foi disputado no novo autódromo. Alberto Ascari, em Ferrari, não deu hipóteses aos seus adversários e conquistou a pole-position, a volta mais rápida e a vitória. José Froilán González, em Maserati, foi o melhor piloto argentino na prova ao terminar a corrida na 3ª posição. Uma corrida que ficou manchada pelo acidente de Nino Farina, que ao se desviar de um espectador que atravessava a pista, perdeu o controlo do seu Ferrari e acabou por embater no público que ladeava a pista, matando cerca de uma dezena de pessoas e várias a ficarem feridas. Um acidente que teve origem no excesso de público no circuito, pois a entrada era livre e a multidão não respeitou as barreiras.
A F1 voltou a Buenos Aires nos cinco anos seguintes, nesse período, apenas dois pilotos venceram a corrida, Juan Manuel Fangio ganhou por quatro vezes e Stirling Moss apenas uma vez.
Em 1955, o circuito passou a designar-se, Autódromo Municipal de Buenos Aires. 
No ano de 1960, a F1 regressou à Argentina, mas com a retirada das corridas de Juan Manuel Fangio e de José Froilán González, o interesse diminuiu e o Grande Prémio deixou de se disputar.
Em 1972, a F1 voltou ao Autódromo de Buenos Aires. Até 1981, todos os anos a prova foi realizada, com excepção do ano de 1976 em que não houve corrida devido ao golpe militar. As tensões políticas sobre as Malvinas levaram ao cancelamento do Grande Prémio de 1982. O circuito voltou a entrar num período cinzento, onde apenas participaram os campeonatos nacionais, embora tenha permanecido o circuito mais importante do país.
No início da década de noventa, cresceu o interesse de voltar a levar a F1 à Argentina. O circuito passou por uma grande remodelação para se adequar aos padrões da época e em 1995 os monolugares de F1 voltaram a disputar uma corrida em Buenos Aires, no renomeado Autódromo Oscar Gálvez, (mais tarde, em 2008, passou a ser chamado, Autódromo Juan e Oscar Gálvez). Mas os problemas económicos na Argentina agravaram-se e o Grande Prémio de 1998 foi o último, até aos dias de hoje, que se realizou em Buenos Aires.
Foram 20 os Grandes Prémios disputados no Autódromo Juan e Oscar Gálvez. Juan Manuel Fangio, com 4 vitórias, é o recordista. Nas equipas, a Williams, também com 4 vitórias, é a equipa que mais vezes venceu.

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