4 de outubro de 2020

HONDA


A Honda foi uma equipa de F1 que participou no Campeonato do Mundo durante oito anos.
Em 1962, a Honda começou a desenvolver um carro para competir na F1. O Honda RA271, teve a sua estreia no Grande Prémio da Alemanha de 1964, apenas quatro anos depois da Honda ter construído o seu primeiro carro de estrada. O norte-americano Ronnie Bucknum era o piloto de uma equipa constituída apenas por japoneses, o que surpreendeu todo o paddock da F1, mais surpresos ficaram pelo facto da Honda fabricar o próprio chassis e o motor, o que na época só a Ferrari e a BRM faziam. Bucknum não terminou a prova de Nurburgring, devido a um pião, mas ainda se classificou no 13º lugar. A equipa nipónica ainda disputou mais duas provas nessa temporada, em Itália e nos Estados Unidos, tendo desistido em ambas.
Em 1965, a Honda disponibilizou um segundo carro para Richie Ginther, que se juntou ao seu compatriota Ronnie Bucknum. Ginther obteve o primeiro ponto da Honda na F1 no Grande Prémio da Bélgica, com o 6º lugar, idêntica posição que obteve três provas mais tarde na Holanda. Na última corrida da temporada, no México, ambos os carros da Honda terminaram a corrida nos lugares pontuáveis, Bucknum foi 5º e Ginther venceu a corrida, o que foi a primeira vitória da Honda e também do piloto norte-americano na F1.
No ano seguinte, a dupla de pilotos manteve-se, mas a Honda apenas disputou as ultimas três corridas do campeonato, em Itália, nos Estados Unidos e no México, onde Ginther obteve o 5º lugar.
Em 1967, a equipa nipónica apenas teve um carro para o seu novo piloto, o britânico John Surtees, que tinha sido campeão em 1964. Na corrida inaugural do campeonato, a Honda obteve o 3º lugar do pódio no Grande Prémio da África do Sul. Surtees conseguiu pontuar em Inglaterra, Alemanha e México e conquistou a vitória no Grande Prémio de Itália em Monza, com uma vantagem de apenas dois décimos sobre Jack Brabham em Brabham–Repco. No final do campeonato, a Honda somou 20 pontos e terminou no 4º lugar, à frente da Ferrari e da BRM.
Em 1968, Surtees continuou como piloto principal da equipa, contando com a companhia do piloto francês Jo Schlesser, que disputou o Grande Prémio de França e do britânico David Hobbs, que alinhou no Grande Prémio de Itália. Depois de somar um 8º lugar na África do Sul, na primeira corrida do campeonato, seguida de quatro desistências, Surtees obteve o 2º lugar no Grande Prémio de França, no entanto não houveram motivos de festejo, pois Schlesser sofreu um acidente fatal ainda durante as voltas iniciais. Surtees voltou a subir ao pódio na penúltima prova da temporada nos Estados Unidos, com o 3º lugar. No final do campeonato, a morte de um dos seus pilotos e o desejo de se concentrar na construção de carros de estrada, levaram a Honda a retirar-se da F1.
No ano e 1998, a Honda considerou a possibilidade de regressar à F1. Produziu um motor, contratou o projectista Harvey Postlethwaite e o engenheiro Kyle Petryshen. O Honda RA099, desenhado por Postlethwaite, foi construído no ano seguinte e realizou testes em vários circuitos, com o piloto Jos Verstappen ao volante. O carro mostrava-se competitivo e era esperado que a equipa nipónica voltasse à F1 no ano de 2000. Mas num dos testes que a Honda efectuava, no circuito de Barcelona, Postlethwaite sofreu um ataque cardíaco fatal, o projecto foi posteriormente arquivado e a Honda voltou atrás na sua decisão de regressar à F1.
Em 2004, a Honda comprou 45% da equipa BAR (British American Racing) e em Setembro de 2005, adquiriu os restantes 55%, tornou-se o único proprietário e renomeou a equipa para, Honda Racing F1 Team.
A primeira corrida de 2006, o Grande Prémio do Bahrein, voltou a ter os carros Honda na grelha de partida de uma prova de F1, com os pilotos Jenson Button e Rubens Barrichello. O Britânico Button foi o piloto que mais se destacou, obteve a pole-position no Grande Prémio da Austrália, dois 3ºs lugares na Malásia e no Brasil e venceu o Grande Prémio da Hungria, oferecendo à Honda a sua segunda vitória na F1. No final da temporada a equipa nipónica ocupou o 4º lugar no campeonato de construtores.
O ano de 2007 foi uma completa decepção. A equipa apenas pontuou por três vezes com o melhor resultado a ser o 5º lugar de Jenson Button no Grande Prémio da China. No final do campeonato, a Honda obteve um frustrante 8º lugar com apenas 6 pontos.
Em 2008, a Honda manteve a dupla de pilotos dos dois anos anteriores e contratou Ross Brawn para chefe de equipa, mas os resultados pouco melhoraram em relação ao ano transacto. Button apenas conseguiu pontuar por uma vez, com o 6º lugar em Espanha, enquanto que Barrichello obteve o 7º lugar no Canadá, 6º no Mónaco e terminou no pódio o Grande Prémio de Inglaterra, onde conseguiu o 3º posto. No campeonato, a Honda ficou com o 9º lugar com 14 pontos.
No dia 5 de Dezembro de 2008, a administração da Honda anunciou a sua retirada da F1, no final desse ano, devido à crise económica global.
Nos 8 anos que a equipa Honda esteve envolvida na F1, disputou 88 Grandes Prémios, conquistou 2 vitórias, 2 pole-positions, 2 voltas mais rápidas e 9 pódios.

Sem comentários: