9 de abril de 2023

JACQUES VILLENEUVE

 

Jacques Joseph Charles Villeneuve nasceu no dia 9 de Abril de 1971 em Saint-Jean-sur-Richelieu, Canadá.
Filho de Gilles Villeneuve, piloto da Ferrari que morreu nos treinos para o Grande Prémio da Bélgica de 1982 em Zolder, e de Joann, Jacques estudou numa escola particular na Suíça, tendo-se tornado um excelente aluno, um jovem independente e um apaixonado pelo esqui alpino, mas terminados os estudos escolheu seguir os passos do seu pai. A primeira vez que andou de karting, em Imola, deixou os donos da pista impressionados e depois de mostrar as suas qualidades num karting de 100 c.c. rodou com um de 135 c.c. onde voltou a provar o seu valor e no mesmo dia conduziu um monolugar de F4 no circuito de Imola. 
O seu tio Jacques, irmão de Gilles, matriculou-o na Jim Russell Racing Driver School em Mont Tremblant, no Quebec. O curso de Jacques Villeneuve durou três dias e durante esse tempo ele demonstrou grande concentração para um jovem de 14 anos. No final do curso, o jovem canadense recebeu o seu diploma e o instrutor-chefe Gilbert Pednault declarou Villeneuve como o melhor aluno que já tinha visto.
Nos anos seguintes, Jacques passou pela Alfa Cup em Itália, F3 na Europa e no Japão, Formula Atlantic e Indy Car na América do Norte. 
Em 1995, aos 24 anos, Jacques venceu as 500 Milhas de Indianápolis, tornando-se no mais jovem piloto a ganhar a mítica corrida e também o campeonato Indy Car.
As suas brilhantes prestações, aliadas ao nome de família que continuava a ser bem popular na F1, chamaram a atenção de Frank Williams, dono da equipa Williams. Jacques foi contratado por Frank para a temporada de 1996 e Jacques, assim que o campeonato Indy Car terminou, fez vários testes para se adaptar ao seu novo carro.
Na primeira corrida da temporada de 1996, o Grande Prémio da Austrália, Jacques Villeneuve obteve a pole-position e na corrida liderou 50 das 58 voltas, mas a cinco voltas do fim o motor Renault do seu Williams começou a perder pressão de óleo e o canadiano diminuiu o ritmo e permitiu a ultrapassagem do seu companheiro de Equipa, o britânico Damon Hill, conformando-se com o 2º lugar. Depois de ter desistido no Brasil e voltado a terminar em 2º na Argentina, Villeneuve conquistou a sua primeira vitória na F1 ao vencer o Grande Prémio da Europa em Nurburgring. Jacques voltou a ganhar em Inglaterra, Hungria e também em Portugal no Circuito do Estoril, onde ultrapassou Michael Schumacher por fora na curva Parabólica, uma manobra que ficou na história da F1. No final do campeonato, Villeneuve ocupou a segunda posição, atrás do campeão Damon Hill.
Em 1997, Jacques Villeneuve deixou de ter Hill como companheiro de equipa e passou a contar com o alemão Heinz-Harald Frentzen. Nessa temporada, Jacques venceu sete das dezassete corridas mas chegou à última prova, o Grande Prémio da Europa em Jerez, 1 ponto atrás de Michael Schumacher. Jacques conseguiu a pole-position, mas no arranque foi ultrapassado por Schumacher. Na 47ª volta, o piloto alemão liderava a corrida com Villeneuve logo atrás, mas na travagem para a curva 6, a Dry Sac, Jacques meteu por dentro e ganhou a posição a Schumacher que bateu deliberadamente no Williams-Renault de Jacques. O alemão acabou por ficar preso na gravilha e Villeneuve conseguiu concluir a corrida no 3º lugar, logo atrás dos dois McLaren-Mercedes de Mika Hakkinen e David Coulthard, com Hakkinen a vencer pela primeira vez na F1. Com o 3º lugar alcançado, Villeneuve sagrou-se Campeão Mundial de Pilotos. Dias depois, a FIA tomou a decisão de desclassificar Michael Schumacher da corrida e retirar-lhe todos os pontos do campeonato, consequência da manobra anti-desportiva.
Em 1998, Villeneuve manteve-se na Williams, mas a equipa deixou de contar com os motores Renault o que se reflectiu na quebra de competitividade dos Williams. Jacques apenas conseguiu dois 3ºs lugares na Alemanha e Hungria, como melhor resultado da temporada e terminou o campeonato no 5º posto.
No ano de 1999, Villeneuve ingressou na equipa BAR, onde permaneceu durante cinco anos. Durante esse período o melhor resultado que conseguiu foram dois 3ºs lugares no Grande Prémio de Espanha e no Grande Prémio da Alemanha, ambos no ano de 2001.
Sem contrato para 2004, Villeneuve ficou sem correr mas continuou a treinar e a Renault chamou-o para disputar as últimas três provas da temporada, substituindo o italiano Jarno Trulli. Jacques não marcou nenhum ponto.
Em 2005, foi contratado pela equipa Sauber. Os resultados foram decepcionantes e apenas conseguiu terminar três corridas nos lugares pontuáveis, foi 4º em San Marino, 6º na Bélgica e 8º em França.
No ano seguinte a Sauber foi comprada pela BMW e a equipa foi rebaptizada como BMW Sauber. Villeneuve marcou sete pontos nas primeiras doze provas da temporada. Mas no Grande Prémio da Alemanha em Hockenheim, Villeneuve sofreu um acidente na última curva e lesionou-se numa mão, sendo substituído na prova seguinte por Robert Kubica. Essa foi a ultima corrida de F1 que Jacques Villeneuve disputou, pois nos dias seguintes a BMW e o piloto canadiano anunciaram a separação. O motivo da sua saída da equipa foi que Villeneuve não estava disposto a competir com Kubica pelo lugar, pois já tinha provado há muito o seu valor.
Nos anos seguintes, Jacques Villeneuve continuou ligado à competição. Participou por várias vezes nas 24 Horas de Le Mans, em corridas NASCAR, Speedcar Series, Top Race V6, V8 Supercars, Campeonato Mundial de Rallycross e ainda na Formula E.
Nos 11 anos que esteve na F1, Jacques Villeneuve disputou 163 Grandes Prémios. Conquistou 11 vitórias, 13 pole-positions, 9 voltas mais rápidas e 23 pódios. Sagrou-se Campeão do Mundo de Pilotos em 1997.
Jacques Villeneuve tornou-se o quinto piloto depois de Graham Hill, Jim Clark, Emerson Fittipaldi e Mario Andretti a vencer o Mundial de Pilotos de F1 e as 500 Milhas de Indianápolis.

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