26 de setembro de 2021

GUNNAR NILSSON

 

Gunnar Axel Arvid Nilsson nasceu no dia 20 de Novembro de 1948 em Helsingborg, Suécia.
Filho de um empreiteiro de construção civil, Gunnar foi educado na escola básica e secundária da sua terra natal. Mais tarde alistou-se na Marinha Real Sueca onde trabalhou como operador de comunicações submarinas. Depois de deixar a Marinha, Nilsson entrou na Universidade de Estocolmo onde se formou em engenharia. Quando deixou os estudos, trabalhou durante oito meses como supervisor na indústria de construção, mas não era esse o trabalho que o deixava feliz e junto com o seu sócio, Dan Molin, criou uma empresa de transportes.  
No final da década de sessenta, inspirado pelos pilotos suecos Reine Wisell e Ronnie Peterson, Nilsson descobriu a paixão pelo automobilismo e decidiu seguir as pisadas dos seus compatriotas. Depois de disputar algumas corridas na Suécia, aventurou-se no Campeonato Alemão de Formula Super Vee em 1973 na Ecurie Bonnier, a equipa do ex-piloto sueco de F1, Jo Bonnier. Ainda nesse ano, Nilsson participou no campeonato europeu de F2. No ano seguinte, disputou o campeonato alemão de F3, na equipa de Reine Wisell. Em 1975, venceu o Campeonato Britânico de F3 e terminou na 2ª posição o Campeonato Inglês de Formula Atlantic.
Em 1976, após a primeira corrida do Campeonato do Mundo de F1, Ronnie Peterson deixou a Lotus para ingressar na March e Gunnar Nilsson ocupou o lugar do seu compatriota na equipa de Colin Chapman, estreando-se na F1 no Grande Prémio de África do Sul, onde largou para a corrida no 25º e último lugar da grelha de partida, tendo desistido na 18ª volta com problemas de embraiagem no seu carro. Na quarta prova da temporada, em Espanha, Nilsson conquistou o seu primeiro pódio ao terminar a corrida no 3º lugar, resultado que conseguiu também na Áustria. Pelo meio foi 5º na Alemanha e na última corrida do campeonato, no Japão, foi 6º.  
Em 1977, Gunnar Nilsson continuou na Lotus. Depois de ter conseguido o 5º lugar no Brasil e em Espanha o piloto sueco conquistou a sua primeira e única vitória na F1 ao vencer o Grande Prémio da Bélgica, em Zolder, onde também obteve a volta mais rápida da corrida. Uma corrida debaixo de chuva intensa e que teve um outro sueco no pódio, Ronnie Peterson que foi 3º classificado. Nilsson foi 4º em França e obteve o 3º lugar em Inglaterra. Nas últimas sete provas da temporada, Nilsson não conseguiu terminar nenhuma delas. No final do campeonato os 20 pontos somados deram-lhe o 8º lugar na classificação. 
Em Dezembro e já depois de ter assinado contrato com a equipa Arrows para 1978, Gunnar Nilsson, que já se queixava de fortes dores de cabeça, realizou um check-up de rotina e foi surpreendido com a notícia de que tinha cancro. Nilsson fez tratamento no Charing Cross Hospital, em Londres, tendo perdido cerca de 30 quilos e todo o seu cabelo. Apesar de ser submetido a uma intensa radioterapia, o cancro acabou por se espalhar pelos seus nódulos linfáticos. 
Gunnar Nilsson resistiu até Outubro de 1978, cinco semanas após a morte do seu compatriota e amigo Ronnie Peterson que morreu devido a complicações dos ferimentos sofridos no acidente em Monza. Nilsson ficou profundamente abalado com a morte de Peterson e apesar de já estar bastante debilitado, fez questão de estar presente no funeral. Nilsson voltou depois ao hospital e morreu no dia 20 de Outubro de 1978, devido ao cancro testicular.
Pouco depois, a sua mãe criou a "Gunnar Nilsson Cancer Foundation", para investigação e tratamento da doença. Graças ao trabalho desenvolvido nos anos seguintes, o cancro testicular, hoje em dia, apresenta uma percentagem favorável de 90%.
Em Julho de 1979, o antigo membro dos Beatles, George Harrison, lançou o single “Faster”, uma canção dedicada aos pilotos de automobilismo, em particular a F1. Harrison doou à Fundação todo o lucro que teve com a venda do disco.
Gunnar Nilsson esteve 2 anos na F1. Disputou 31 Grandes Prémios. Conquistou 1 vitória, 1 volta mais rápida e 4 pódios.

1 comentário:

Lucas disse...

Mesmo com a carreira encurtada pela doença poderia ter tido números melhores se o carro da Lotus nos dois anos não sofresse de falta de confiabilidade. Não sabia dessa história da Arrows, mas se é verdade imagino que ele entraria no lugar do Rolf e faria bem melhor que o alemão, visto que ele conseguiu em mais de uma ocasião ficar fora da corrida mesmo com um dos carros mais rápidos( É verdade que estava um ano longe da F1 e já tinha 35 anos, mas o Patrese apenas na sua 2º temporada e com 24 anos até pódio pegou com aquele carro )