13 de julho de 2022

THIERRY BOUTSEN

 

Thierry Marc Boutsen nasceu no dia 13 de Julho de 1957 em Bruxelas, Bélgica.
Com apenas três anos de idade já dizia que queria ser piloto de automóveis e aos oito conduziu um carro pela primeira vez. Aos doze anos, tentou inscrever-se na escola de pilotagem de André Pilette, um antigo piloto de F1 na década de cinquenta, no entanto e segundo a lei belga de então, para se puder conduzir carros de corrida era necessário ter carta de condução e assim, Thierry Boutsen teve de esperar até fazer dezoito anos. 
Em 1975, matriculou-se na tão desejada escola de condução e dois anos mais tarde tornou-se um dos melhores alunos ao vencer o “Volant V”. Seguiu-se a Formula Ford, tendo conquistado o título de campeão belga em 1978. Depois correu na F3, onde foi vice-campeão europeu em 1980. Em 1981 e 1982, disputou o Campeonato da Europa de F2, acabando por se classificar em 2º e 3º, respectivamente.
No dia 22 de Maio de 1983, Thierry Boutsen estreou-se no Campeonato do Mundo de F1 no Grande Prémio da Bélgica, com a equipa Arrows. Depois de ter arrancado do 18º lugar na grelha de partida, viu-se obrigado a desistir com problemas de suspensão do seu carro, na 4ª volta da corrida. Nessa temporada, disputou mais nove corridas, mas sem grande sucesso.
Boutsen iniciou o campeonato de 1984 a conquistar o seu primeiro ponto na F1 ao terminar o Grande Prémio do Brasil no 6º lugar. Três corridas depois, em San Marino, conseguiu o 5º lugar, o mesmo resultado que obteve na Áustria, as únicas três corridas em que pontuou nesse ano.
Em 1985, Boutsen conseguiu o seu primeiro pódio no Grande Prémio de San Marino, a terceira prova do campeonato. O piloto belga terminou a corrida no 3º lugar, atrás de Alain Prost e de Elio de Angelis, mas acabou por beneficiar da desclassificação de Prost e assim subiu ao 2º lugar. Ainda nessa temporada, foi 4º na Alemanha e 6º em Brands Hatch, onde se disputou o Grande Prémio da Europa e também na África do Sul.
O ano de 1986 foi uma desilusão. Com os carros da Arrows a sofrer de problemas de competitividade, o piloto belga não conseguiu somar um único ponto em todo o campeonato e no final desse ano deixou a equipa.
Em 1987, Boutsen ingressou na equipa Benetton. Começou a temporada com o 5º lugar na primeira prova do campeonato, no Brasil e terminou o ano com o 3º lugar na Austrália. Pelo meio foi 4º na Hungria e na Áustria e 5º em Itália e no Japão.
No ano seguinte, obteve cinco pódios, todos com o 3º lugar, no Canadá, Estados Unidos, Hungria, Portugal e Japão, para além de ter sido 4º em San Marino, 5º na Austrália e 6º na Alemanha e em Itália. No final do campeonato somou 27 pontos e classificou-se no 4º lugar.
Em 1989, Boutsen deixou a Benetton e foi contratado pela equipa Williams. O piloto belga voltou a obter cinco pódios, tal como no ano anterior, mas conquistou a sua primeira vitória, no Canadá, resultado que repetiu na Austrália, para além dos três 3ºs lugares que alcançou na Hungria, Itália e Japão, e ainda do 4º lugar que conseguiu em San Marino e na Bélgica e o 6º nos Estados Unidos. No final da temporada e apesar de ter conquistado 37 pontos, mais dez do que no ano anterior, classificou-se no 5º lugar no Campeonato Mundial de Pilotos.
Em 1990, Boutsen pontuou em todas as dez corridas que terminou, num total de dezasseis. Nessa temporada subiu ao pódio apenas por três ocasiões, ganhou o Grande Prémio da Hungria, foi 2º em Inglaterra e 3º nos Estados Unidos. Conseguiu ainda o 4º lugar no Mónaco e em Espanha, foi 5º no Brasil, México, Japão e Austrália e 6º na Alemanha. No final do campeonato, obteve 34 pontos, que lhe valeram a 6ª classificação.
Em 1991, Thierry Boutsen trocou a Williams pela equipa francesa Ligier. Com um carro longe de ser competitivo, Boutsen foi incapaz de conquistar um único ponto.
O ano de 1992 foi em tudo idêntico ao anterior, com a excepção da última corrida do campeonato, onde Boutsen conseguiu um inesperado 5º lugar.
Em 1993 e já depois do campeonato ter iniciado, Boutsen foi contratado pela equipa Jordan, para substituir o piloto italiano Ivan Capelli. Num carro em que se sentia desconfortável devido à sua alta estatura, Boutsen não conseguiu pontuar em nenhuma das dez corridas que disputou e despediu-se da F1 no Grande Prémio da Bélgica.
Para além da F1, Thierry Boutsen disputou o Campeonato Alemão de Superturismo entre 1994 e 1996, mas sem grande sucesso. Correu, em 1997, o Campeonato FIA GT com um Porsche 911 GT1, mas também sem resultados relevantes. 
Em 1981, 1983, 1986 e depois entre 1993 e 1999, disputou as 24 Horas de Le Mans, tendo conquistado a vitória na classe GT1 em 1996, ao volante de um Porsche 911 GT1.
No final do ano de 1999 retirou-se do automobilismo e dedicou-se à sua empresa, a Boutsen Aviation, que fundou juntamente com a sua esposa em 1997 no Mónaco e que trata da compra e venda de pequenos jatos executivos. 
Thierry Boutsen esteve 11 anos envolvido na F1. Disputou 163 Grandes Prémios. Conquistou 3 vitórias, 1 pole-position, 1 volta mais rápida e 15 pódios.

Sem comentários: