5 de maio de 2021

JOHN WATSON


 John Marshall Watson nasceu no dia 4 de Maio de 1946 em Belfast, Irlanda do Norte.
Depois de ter disputado algumas provas de automobilismo na Grã-Bretanha, Watson entrou na F2 em 1969. Foram seis anos a competir no campeonato europeu onde os resultados nunca foram extraordinários.
No Grande Prémio de Inglaterra de 1973, John Watson estreou-se na F1 ao volante de um Brabham-Ford. Depois de ter largado da 23ª posição da grelha de partida, viu-se obrigado a desistir da corrida com um problema no sistema de combustível. Nesse ano ainda voltou a participar no Grande Prémio dos Estados Unidos, onde teve ainda pior sorte, pois abandonou a prova na 7ª volta com problemas de motor.
Em 1974 conseguiu pontuar pela primeira vez no Grande Prémio do Mónaco. Watson largou do 23º lugar e terminou a corrida no 6º posto e assim conquistou 1 ponto. 
No ano seguinte passou por três equipas, mas sem resultados relevantes. Começou na Surtees, onde disputou onze provas, correu na Alemanha com a Lotus, e com a Penske nos Estados Unidos.
Foi na equipa Penske que John Watson permaneceu em 1976. Depois de um início da temporada desolador, tendo obtido apenas dois pontos com o 5º lugar na África do Sul, conquistou o seu primeiro pódio, com o 3º lugar, no Grande Prémio de França em Paul Ricard, o mesmo resultado que obteve na prova seguinte, o Grande Prémio de Inglaterra em Brands Hatch. Depois de ter passado pela Alemanha, onde terminou fora dos lugares pontuáveis com o sétimo lugar, o campeonato prosseguiu no circuito de Osterreichring para disputar o Grande Prémio da Áustria, uma corrida de má memória para a equipa Penske que tinha perdido o seu piloto, Mark Donohue, no ano anterior, mas John Watson limpou essas recordações e deu novos motivos de alegria à Penske ao conquistar a primeira vitória da equipa de Roger Penske, o que foi também o primeiro triunfo de Watson na F1. 
Em 1977, John Watson regressou à Brabham onde esteve durante dois anos, no entanto os resultados não foram os esperados e o melhor que conseguiu foram duas pole-positions, dois segundos lugares e dois terceiros.
Em 1979 Watson e a equipa McLaren iniciaram uma parceria que durou até 1985. Na primeira corrida com a sua nova equipa, na Argentina, Watson obteve o 3º lugar, sendo esse o único resultado de relevo da temporada. O campeonato de 1980 correu ainda pior, pois Watson apenas conseguiu seis pontos. O ano de 1981 foi bem diferente, mas para melhor, já que Watson venceu o Grande Prémio de Inglaterra em Silverstone, e ofereceu à McLaren a sua primeira vitória desde 1977. Essa foi também a primeira vez que um monolugar produzido em fibra de carbono ganhou uma corrida de F1. Além de ser mais leve, a fibra de carbono era muito mais resistente ao choque e isso ficou bem demonstrado no Grande Prémio de Itália em Monza, quando John Watson perdeu o controlo do seu McLaren nas curvas Lesmo e bateu de traseira nos rails com o carro a desintegrar-se sobre uma nuvem de chamas. Watson saiu ileso e quando viu as imagens ficou surpreso com a dimensão do acidente.
O seu ano de maior sucesso na F1 foi em 1982, quando esteve perto de poder ganhar o campeonato. Nessa temporada venceu o Grande Prémio da Bélgica, onde largou em 10º lugar e mais tarde o Grande Prémio de Detroit, numa corrida em que partiu do 17º lugar na grelha de partida. Watson terminou o campeonato em 3º lugar, com os mesmos pontos do segundo classificado e a cinco de Keke Rosberg que foi o Campeão Mundial.
No ano seguinte, Watson voltou a mostrar a todos os pilotos como se ganha uma corrida saindo dos últimos lugares. No Grande Prémio dos Estados Unidos em Long Beach, Watson largou do 22º lugar na grelha de partida e venceu a prova com quase 28 segundos de vantagem para o seu companheiro de equipa, o austríaco Niki Lauda que largou em 23º. No final desse ano deixou a McLaren e a F1.
John Watson voltou a correr em 1985 no Grande Prémio da Europa em Brands Hatch, para substituir Niki Lauda que se tinha lesionado num pulso. Watson largou em 21º e terminou a prova no 7º lugar, dando mais uma lição de ultrapassagens naquela que foi a sua ultima corrida de F1.
John Watson correu depois nas provas de endurance entre 1984 e 1990. 
Depois de deixar em definitivo as corridas, Watson fundou uma escola de pilotagem em Silverstone e começou a trabalhar como comentador de automobilismo em vários canais de televisão britânicos.
John Watson esteve 12 anos na F1. Disputou 154 Grandes Prémios, conquistou 5 vitórias, 2 pole-positions, 5 voltas mais rápidas e 20 pódios.   

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