23 de dezembro de 2020

MERCEDES


A Mercedes-Benz Grand Prix Limited é uma equipa de automobilismo do departamento de competição da marca alemã Mercedes-Benz.
Foi no final do século XIX que Gottlieb Daimler, Wilhelm Maybach e Karl Benz inventaram, independentemente, o primeiro automóvel movido por um motor de combustão. Contudo Daimler e Maybach não conheciam Karl Benz.
Em 1890, Daimler e Maybach fundaram a Daimler-Motoren-Gesellschaft (DMG) e venderam o seu primeiro automóvel em 1892. Já Karl Benz, criou a Benz & Cia e construiu o seu primeiro carro de quatro rodas em 1891.
A Daimler-Motoren-Gesellschaft (DMG) construiu um novo automóvel em 1899 que foi batizado com o nome da filha de Emil Jellinek, Mercedes Jellinek. 
No dia 28 de Junho de 1926 aconteceu a fusão das empresas fundadas por Karl Benz e Gottlieb Daimler, a Daimler-Benz. Logo de seguida foram produzidos os primeiros automóveis da marca Mercedes-Benz.
Os filhos de Gottlieb Daimler, Paul e Adolf, recordam-se do seu pai ter usado a estrela de três pontas como símbolo. 
Durante o período de 1872 a 1881, Gottlieb Daimler foi o Director Técnico da Deutz Gasmotorenfabrik. No início da sua carreira, marcou numa fotografia a sua casa de Colónia e Deutz, uma estrela de três pontas. Ele assegurou à sua mulher que esta estrela um dia subiria, gloriosamente sobre a sua propriedade. O Conselho de Direcção da DMG apoderou-se desta afirmação e, em Junho de 1909, registou a estrela de três pontas como marca. A partir de 1910, a estrela de três pontas acabou por ser utilizada tridimensionalmente na parte frontal dos veículos, junto do radiador. 
Foi já com a estrela de três pontas que a Mercedes começou a competir nas pistas europeias na década de vinte do século passado. Nos anos trinta, e com um forte apoio do regime nazista, os Mercedes, que ficaram a ser conhecidos por "Flechas de Prata", dominaram as corridas de Grande Prémio, principalmente através do seu piloto Rudolf Caracciola que venceu o Campeonato Europeu de Automobilismo em 1935, 1937 e 1938.
Em 1954, a Mercedes participou pela primeira vez no Campeonato do Mundo de F1. A estreia aconteceu no Grande Prémio de França, prova que a Mercedes dominou por completo. Juan Manuel Fangio obteve a pole-position e conquistou a vitória na frente do seu companheiro de equipa Karl Kling. O outro piloto da equipa, Hans Hermann, conseguiu a volta mais rápida da corrida. A Mercedes e Fangio voltaram a ganhar na Alemanha, Suíça e Itália e no final da temporada o piloto argentino sagrou-se Campeão Mundial.
O ano de 1955 foi de domínio esmagador da Mercedes. Das sete provas da temporada (incluindo as 500 Milhas de Indianápolis, que na década de cinquenta fazia parte do calendário de F1), a Mercedes ganhou cinco. Quatro com Fangio e uma com o novo piloto da equipa, o britânico Stirling Moss. Fangio voltou a vencer o campeonato. Mas esse ano de 1955 ficou marcado pelo grave acidente da Mercedes nas 24 Horas de Le Mans que matou o seu piloto, Pierre Levegh e mais 80 espectadores e que levou a marca alemã a retirar-se do automobilismo, incluindo da F1.
No dia 16 de Novembro de 2009, a Mercedes anunciou a compra da equipa Brawn GP, que passou a chamar-se Mercedes-AMG Petronas F1 Team. Nesse mesmo mês a equipa alemã contratou o piloto Nico Rosberg e dias depois anunciou a contratação de Michael Schumacher.
A primeira prova de 2010, o Grande Prémio do Bahrain, assinalou o regresso da Mercedes à F1. Nesse ano o melhor que conseguiu foi o 3º lugar de Rosberg na Malásia, China e Inglaterra.
O ano de 2011 foi ainda pior, a equipa não conseguiu sequer um único pódio.
Em 2012, os "Flecha de Prata" voltaram a brilhar. No Grande Prémio da China, Nico Rosberg levou o Mercedes à pole-position e à conquista da vitória, 57 anos depois da última em 1955. Com esse triunfo, Nico Rosberg tornou-se no primeiro piloto alemão a ganhar uma corrida de F1 ao volante de um carro também alemão.
Para 2013, a Mercedes contratou Lewis Hamilton para ser companheiro de equipa de Nico Rosberg e Toto Wolff para ocupar o cargo de director executivo e assumir a coordenação de todas as actividades relacionadas com automobilismo da Mercedes. Nesse ano a equipa conquistou três vitórias, duas para Rosberg (Mónaco e Inglaterra), e Hamilton venceu o Grande Prémio da Hungria.
Em 2014, a Mercedes venceu 16 das 19 corridas da temporada. 5 com Nico Rosberg e 11 com Lewis Hamilton que se sagrou Campeão do Mundo de Pilotos, a Mercedes venceu o título de Campeão Mundial de Construtores pela primeira vez na sua história.
O ano seguinte foi igual em quase tudo. A Mercedes apenas não ganhou 3 das 19 provas do campeonato, Rosberg conseguiu 6 vitórias, Hamilton triunfou por 10 vezes e repetiu a conquista do título de campeão, tal como a Mercedes.
Em 2016, a equipa alemã venceu 19 Grandes Prémios, falhando apenas a vitória em dois. Rosberg ganhou 9 provas, Hamilton venceu em 10, mas nas contas finais do campeonato o piloto alemão levou a melhor e conquistou o título de Campeão Mundial de Pilotos com uma vantagem de 5 pontos e retirou-se da F1. A equipa Mercedes ganhou pela 3ª vez o Campeonato do Mundo de Construtores.
Para 2017, a Mercedes contratou Valtteri Bottas como parceiro de Lewis Hamilton. O domínio da equipa alemã continuou mas já não foi tão evidente, pois venceu 12 das 20 corridas da temporada, mas foi o bastante para conquistar o 4º título de construtores. Lewis Hamilton conseguiu nove vitórias, contra três de Bottas, e reconquistou o título de Campeão Mundial de Pilotos.
Em 2018, a Mercedes teve a oposição da Ferrari e da Red Bull, apesar de algumas dificuldades a marca germânica ganhou 11 provas, todas através de Lewis Hamilton e venceu o 5º campeonato de construtores, e Hamilton conquistou, também o 5º título de pilotos.
No ano de 2019, a Mercedes voltou a superiorizar-se ainda mais aos seus adversários. Das 21 provas que completaram o calendário os "Flecha de Prata" venceram 15. Bottas ganhou 4 corridas e Hamilton 11. A Mercedes conquistou o 6º título de construtores consecutivo, o que aconteceu pela primeira vez na história da F1. Hamilton sagrou-se de novo Campeão Mundial de Pilotos.
Em 2020, a Mercedes voltou a esmagar os adversários. Das 17 provas da temporada a marca alemã venceu 13, e na 13ª corrida do campeonato, o Grande Prémio da Emília Romanha disputado no circuito de Imola, a Mercedes conquistou o seu 7º título de Campeão do Mundo de Construtores. Lewis Hamilton que bateu o recorde de vitórias de Michael Schumacher no Grande Prémio de Portugal disputado no circuito de Portimão, onde obteve o seu 92º triunfo, sagrou-se pela 7ª vez Campeão Mundial de Pilotos ao vencer o Grande Prémio da Turquia, igualando o número de títulos de Schumacher.
Em 2021, a Mercedes venceu 9 corridas. Hamilton ganhou 8 vezes e Bottas apenas 1. O piloto britânico perdeu o titulo de pilotos, no entanto a Mercedes conquistou pela 8ª vez o titulo de Campeão do Mundo de Construtores.
No ano seguinte o cenário foi totalmente diferente. A equipa alemã venceu apenas o Grande Prémio do Brasil, por intermédio de George Russell, que assim se estreou a ganhar na F1, e terminou o Campeonato de Construtores na 3ª posição.
Em 2023, a Mercedes não ganhou nenhuma corrida, o que não acontecia desde 2011, mas ainda assim conseguiu o vice-campeonato. 
Nos 17 anos que a Mercedes está envolvida na F1, disputou 296 Grandes Prémios. Conquistou 125 vitórias, 137 pole-positions, 105 voltas mais rápidas e 289 pódios.
Sagrou-se Campeão do Mundo de Construtores 8 vezes: 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021. Venceu o Campeonato do Mundo de Pilotos 9 vezes: Juan Manuel Fangio (1954 e 1955), Lewis Hamilton (2014, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2020), Nico Rosberg (2016).

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