4 de maio de 2022

KIMI RAIKKONEN

 

Kimi-Matias Raikkonen nasceu no dia 17 de Outubro de 1979 em Espoo, Finlândia.
Filho de um construtor de estradas e de uma escriturária, Kimi Raikkonen passou a infância na casa da sua família que foi construída pelo seu bisavô, num ambiente rural.  
Junto com o seu irmão Rami, Kimi começou a disputar corridas de mini-motocross quando tinha apenas três anos de idade. Mais tarde mudou para os kartings e aos dez anos participou na primeira corrida, enquanto que o seu irmão seguiu o caminho dos ralis. Para conseguir suportar a carreira de ambos os filhos, Matti Raikkonen passou a trabalhar à noite como taxista e por vezes como segurança em alguns bares. 
Quando estudava, Kimi usava a sua mochila para fazer de trenó e deslizar pelas ladeiras cobertas de neve. Como a grande maioria dos nórdicos, gostava de desportos de inverno, principalmente o hóquei no gelo que praticou durante algum tempo, até deixar, por ter que acordar muito cedo para treinar. Mas a sua grande paixão continuava a ser os carros e aos 16 anos, deixou os estudos para se matricular num curso de mecânica, para se manter envolvido no automobilismo, no mesmo ano em que disputou o primeiro campeonato finlandês de karting, terminando na 3ª posição. Dois anos depois, sagrou-se campeão e no ano seguinte, em 1998, conquistou os campeonatos finlandeses de karting ICA e também de Formula A, para além do campeonato nórdico de karting. Em 1999 e em 2000, venceu o campeonato britânico de Formula Renault. 
Em Setembro de 2000, Kimi efectuou um teste com a equipa de F1 da Sauber no circuito italiano de Mugello. Raikkonen foi cerca de meio segundo mais rápido do que Pedro Paulo Diniz, um dos pilotos oficiais da equipa e deixou Peter Sauber impressionado com o seu desempenho. Depois de mais dois testes realizados em Jerez e em Barcelona, Kimi foi contratado pela Sauber para a temporada de 2001, o que deixou muitos analistas, entre eles o então presidente da FIA, Max Mosley, preocupados por ser atribuída a Superlicença de F1 a um piloto tão inexperiente, pois Raikkonen apenas tinha disputado 23 corridas em monolugares.
No dia 4 de Março de 2001, Kimi Raikkonen estreou-se no Campeonato do Mundo de F1 com a equipa Sauber no Grande Prémio da Austrália. Depois de arrancar do 13º lugar da grelha de partida, terminou a corrida no 6º lugar e conquistou o seu primeiro ponto, silenciando assim os seus críticos. Nessa temporada voltou a pontuar em mais três provas. Foi 4º na Áustria e no Canadá e 5º em Inglaterra. 
Em 2002, Kimi deixou a Sauber e ingressou na McLaren. Esteve durante cinco anos na equipa britânica. No Grande Prémio da Malásia de 2003, conquistou a sua primeira vitória na F1 e nesse mesmo ano, em Nurburgring, onde se disputou o Grande Prémio da Europa, obteve a sua primeira pole-position. Durante esses cinco anos e apesar de ter conduzido carros que nem sempre foram competitivos e fiáveis, Raikkonen ganhou nove corridas, terminou entre os três primeiros por 36 ocasiões e foi por duas vezes vice-campeão, em 2003 e em 2005.
Em 2007, foi contratado pela Ferrari. Nessa temporada pontuou em quinze das dezassete provas do campeonato, venceu por seis vezes e conseguiu doze pódios. Apesar de ter iniciado a última corrida na 3ª posição na classificação do Mundial de Pilotos, Kimi venceu a prova e sagrou-se Campeão Mundial de Pilotos, pela diferença de 1 ponto. 
Nos dois anos seguintes, ainda com a Ferrari, os bons resultados começaram a escassear e o seu interesse pela F1 também diminuiu. No final do campeonato de 2009, Raikkonen deixou a F1.
Em 2010 e 2011, disputou o Campeonato do Mundo de Ralis e também participou em corridas NASCAR.
No ano de 2012, Kimi Raikkonen voltou à F1 com a equipa Lotus F1 Team. Foi um regresso em grande, pois o finlandês foi o único piloto a terminar todas as vinte corridas do campeonato e apenas não pontuou por uma única vez. Obteve sete pódios e venceu o Grande Prémio de Abu Dhabi, dando à equipa inglesa a sua primeira vitória na F1. Kimi terminou o campeonato na 3ª posição. 
No ano seguinte e ainda com a Lotus F1 Team, Kimi ganhou a primeira corrida do campeonato, na Austrália, foi 2º por seis vezes e pontuou em mais sete provas.
Em 2014, Raikkonen regressou à Ferrari, equipa onde permaneceu durante cinco anos. Apesar de os resultados desportivos não terem sido os melhores, Kimi pontuou com regularidade e somou mais 26 pódios, incluindo a vitória no Grande Prémio dos Estados Unidos de 2018, naquele que foi o seu último triunfo na F1.
Em 2019, ingressou na Alfa Romeo, a anterior Sauber, onde o piloto finlandês começou a sua carreira na F1. Numa equipa com dificuldades para lutar pelos lugares pontuáveis, Kimi conseguiu ser 4º no Grande Prémio do Brasil de 2019, o seu melhor resultado nos três anos em que esteve na equipa. Mas para além das 15 corridas em que terminou entre os dez primeiros, mostrou por diversas vezes todas as suas excelentes qualidades de piloto, como na primeira volta do Grande Prémio de Portugal de 2020, em que ultrapassou nove carros. 
No Grande Prémio de Abu Dhabi, a derradeira prova do campeonato de 2021, Kimi despediu-se da F1.
Nos 19 anos em que esteve envolvido na F1, Kimi Raikkonen disputou 350 Grandes Prémios. Conquistou 21 vitórias, 18 pole-positions, 46 voltas mais rápidas e 103 pódios. Sagrou-se Campeão Mundial de Pilotos em 2007.

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