6 de março de 2022

NIGEL MANSELL

 

Nigel Ernest James Mansell nasceu no dia 8 de Agosto de 1953 em Upton-upon-Severn, Inglaterra.
Depois de ter corrido em kartings, Mansell passou a disputar provas de Formula Ford em 1976, tendo ganho seis das nove corridas em que participou. No ano seguinte, disputou 42 provas e venceu 33, tornando-se campeão britânico de Formula Ford. Apesar de ter conquistado o título, esse foi um ano bastante atribulado para Nigel Mansell, pois o britânico demitiu-se do seu emprego e vendeu todos os seus pertences pessoais para conseguir financiar a sua carreira como piloto, mas tudo poderia ter tido um final trágico durante uns treinos de qualificação em Brands Hatch, em que sofreu um acidente e fraturou o pescoço, com os médicos a afirmarem que Mansell esteve perto de ficar tetraplégico. Ainda durante esse ano de 1977, Nigel Mansell disputou duas corridas de F3. Foi precisamente na F3, que correu entre 1978 e 1980, tendo participado em quatro provas de F2 em 1980. Apesar de não ter tido grande sucesso na F3, a pilotagem de Mansell despertou o interesse de Colin Chapman, o dono da equipa Lotus, que o escolheu para piloto de testes nesse último ano da década de setenta.
No dia 17 de Agosto de 1980, Nigel Mansell estreou-se no Campeonato Mundial de F1 com a Lotus-Ford no Grande Prémio da Áustria. O piloto britânico arrancou do 24º lugar e desistiu, com problemas de motor, na 40ª volta. Quinze dias depois, Mansell participou no Grande Prémio da Holanda, mas o desfecho foi idêntico, ao abandonar a corrida com problemas de travões. Na prova seguinte, em Imola, onde se correu o Grande Prémio de Itália, Mansell não conseguiu qualificar-se para a corrida.
Em 1981, o britânico disputou pela primeira vez um campeonato completo de F1. Ainda com a Lotus, Mansell conseguiu o seu primeiro pódio e também os primeiros pontos na F1 com o 3º lugar no Grande Prémio da Bélgica. Nessa temporada, ainda pontuou em mais duas provas, foi 6º em Espanha e 4º no Grande Prémio de Las Vegas.
No ano de 1982, apenas conseguiu somar pontos em duas corridas. Foi 3º no Brasil e 4º no Mónaco. Um ano negro para a equipa Lotus devido à morte do seu fundador, Colin Chapman. 
Em 1983, Mansell pontuou em quatro provas. Foi 6º em Detroit, 5º na Áustria, 4º em Inglaterra e 3º em Brands Hatch, onde se correu o Grande Prémio da Europa.
O ano de 1984 foi mais positivo, pois o piloto inglês conseguiu terminar cinco corridas nos lugares pontuáveis e obteve dois pódios, com o 3º lugar em França e na Holanda. Conquistou a sua primeira pole-position, no Grande Prémio de Dalas, uma corrida disputada debaixo de 40 graus e que o piloto britânico terminou a empurrar o seu carro para salvar o 6º lugar, depois da falha da caixa de velocidades já com a meta à vista, acabando por desmaiar já sobre a linha de chegada.
Em 1985, Mansell trocou a Lotus pela Williams. Nessa temporada, depois de ter somado dois 5ºs lugares (Portugal e San Marino) e três 6ºs (Canadá, Alemanha e Holanda) nas doze primeiras corridas, conseguiu três pódios nas quatro provas restantes. Após ter sido 2º na Bélgica, conquistou a sua primeira vitória na F1 em Brands Hatch, onde se disputou o Grande Prémio da Europa. Na corrida seguinte, na África do Sul, obteve nova vitória, na última corrida de F1 disputada a um sábado. No final do campeonato, conseguiu o 6º lugar no Campeonato de Pilotos, com 31 pontos.
Em 1986, Nigel Mansell continuou na Williams e teve o brasileiro Nelson Piquet como companheiro de equipa. A equipa inglesa tinha os melhores carros e durante toda a temporada os dois pilotos lutaram arduamente pelo título. Mansell pontuou em doze das dezasseis corridas do campeonato, tendo somado dois 5ºs lugares (Detroit e México), foi 4º no Mónaco, 3º na Alemanha e na Hungria, 2º em Espanha e em Itália e venceu na Bélgica, Canadá, França, Inglaterra e Portugal. Chegou à última prova do campeonato, o Grande Prémio da Austrália, com 70 pontos, contra os 64 de Alain Prost e os 63 de Nelson Piquet. Na corrida, o piloto britânico rodava confortavelmente no 3º lugar e caminhava para a conquista do campeonato, quando, na 63ª volta, o pneu direito traseiro rebentou danificando a suspensão e obrigando-o a desistir e com a vitória de Prost, Mansell terminou o campeonato na segunda posição a apenas dois pontos do piloto francês.
No ano seguinte os Williams foram ainda mais superiores à concorrência e a luta pelo campeonato era apenas entre Mansell e Piquet. O britânico conquistou seis vitórias (San Marino, França, Inglaterra, Áustria, Espanha e México), contra apenas três de Piquet, mas uma maior regularidade de resultados, com sete 2ºs lugares, deram o título de campeão ao brasileiro.
Em 1988, a Williams perdeu os motores Honda e também toda a superioridade que tinha. Mansell apenas pontuou em duas corridas, foi 2º em Inglaterra e em Espanha.
Em 1989, Nigel Mansell deixou a Williams e ingressou na Ferrari. Começou o campeonato da melhor maneira ao ganhar o Grande Prémio do Brasil, mas a pouca fiabilidade do carro italiano fez com que ele desistisse em sete corridas. Ainda assim voltou a vencer na Hungria, foi 2º em França e em Inglaterra e 3º na Alemanha e na Bélgica.
No ano seguinte, continuaram os problemas mecânicos na equipa italiana, no entanto Mansell conseguiu pontuar em sete provas. Foi 4º no Brasil e em Itália, 3º no Canadá, 2º no México, Espanha e Austrália e venceu o Grande Prémio de Portugal.
Em 1991, Nigel Mansell regressou à Williams, mas os problemas de fiabilidade continuaram a acompanhar o britânico que desistiu por cinco vezes, três nas primeiras três corridas do campeonato. Depois de ter sido 2º no Mónaco, Mansell liderava com uma vantagem de quase um minuto o Grande Prémio do Canadá, quando, na última volta, já agradecia os aplausos do público e andava devagar, acabou por errar e deixou o motor do carro calar-se, salvando 1 ponto com o 6º lugar. Após esse percalço, Mansell foi 2º no México e ganhou em França, Inglaterra e Alemanha. Mas nas restantes sete provas colecionou duas vitórias (Itália e Espanha), e dois 2ºs lugares (Hungria e Austrália), o que somado à desclassificação no Grande Prémio de Portugal, lhe valeram, pela terceira vez na carreira, a segunda posição no Campeonato do Mundo Pilotos.
Para 1992, a Williams construiu um carro muito superior a todas as outras equipas o que foi aproveitado da melhor maneira por Nigel Mansell, que conquistou 9 vitórias no campeonato (cinco nas primeiras cinco corridas), e foi 2º por duas vezes, uma delas no Grande Prémio da Hungria, onde conquistou o título de Campeão Mundial de Pilotos, quando ainda faltavam disputar cinco corridas. 
No ano de 1993, Nigel Mansell, sem lugar para correr na F1, rumou aos Estados Unidos para disputar o Campeonato de Formula Indy. O piloto britânico não deu hipóteses aos seus adversários e conquistou o campeonato, onde venceu cinco corridas. Foi ainda 3º nas 500 Milhas de Indianápolis.
No ano seguinte, ainda na Formula Indy, a história já foi bem diferente e apenas foi 8º classificado no final do campeonato. Nesse ano de 1994, regressou à F1 e à Williams tendo disputado quatro provas. Desistiu em França e em Jerez onde se correu o Grande Prémio da Europa, depois foi 4º no Japão e na última prova do campeonato, o Grande Prémio da Austrália, conquistou a vitória.
Em 1995, ingressou na McLaren, mas problemas com o cockpit do carro levaram-no a ficar de fora nas primeiras duas corridas do campeonato. O britânico voltou às corridas em San Marino, onde terminou em 10º e depois disputou o Grande Prémio de Espanha, tendo desistido. Após essas duas provas, Mansell decidiu deixar a F1. 
Em Dezembro de 1996, Mansell testou com a equipa Jordan que procurava um piloto para ser companheiro de Ralf Schumacher, mas o fraco desempenho do piloto inglês levou a Jordan a escolher o italiano Giancarlo Fisichella e assim Nigel Mansell colocou em definitivo um ponto final na sua carreira de piloto de F1.
Nigel Mansell disputou o Campeonato Britânico de Carros de Turismo em 1998, sem grande sucesso. Depois, em 2005 e 2006, disputou o GP Masters, um campeonato para antigos pilotos de carros de rodas descobertas que tivessem mais de 45 anos. Das três provas realizadas, Mansell venceu duas e desistiu na última.
Em 2010, disputou as 24 Horas de Le Mans ao volante de um Ginetta-Zytek GZ09S, que dividiu com os seus filhos, Greg Mansell e Leo Mansell, tendo desistido ao fim de quatro voltas.
Nigel Mansell esteve 15 anos envolvido na F1. Disputou 187 Grandes Prémios. Conquistou 31 vitórias, 32 pole-positions, 30 voltas mais rápidas e 59 pódios. Venceu o Campeonato do Mundo de Pilotos em 1992. 

Sem comentários: