23 de outubro de 2022

JORDAN 191

 

O Jordan 191 foi o primeiro carro de F1 da equipa Jordan.
Projetado por Gary Anderson (Diretor Técnico), que contou com a colaboração de Mark Smith (Chefe de Projeto Mecânico) e de Andrew Green (Chefe de Projeto Estrutural). 
Anderson, ficou encarregue de desenhar o carro e toda a aerodinâmica, com o resultado final a ser um monolugar de linhas simples onde se destacava a asa dianteira, que se alongava para além do nariz elevado. Este primeiro projeto de Gary Anderson apresentava uma aerodinâmica fantástica e consistente, o que permitia que a equipa encontrasse, sem o mínimo de problema, as afinações necessárias em pistas onde nunca tinha corrido. O carro teve sempre uma enorme aderência na dianteira e um desgaste muito leve de pneus.
Smith, foi o responsável pela caixa de velocidades e Green ficou incumbido de desenhar a suspensão.
A impulsionar o Jordan 191 estava o motor Ford Cosworth HB-V8, ao contrário do que estava inicialmente previsto, pois Anderson iniciou o projeto para o monolugar acomodar o motor Judd V8.
Bertrand Gachot e Andrea De Cesaris foram os pilotos que Eddie Jordan escolheu. Gachot era um jovem piloto com um grande desejo de se impor na F1, enquanto que De Cesaris já tinha muita experiência acumulada ao longo de 11 anos de F1.
O Jordan 191, suplantou todas as previsões e foi a grande revelação entre as equipas do Campeonato Mundial de F1 de 1991. A equipa iniciou a temporada a disputar as pré-qualificações, mas com excepção de Andrea De Cesaris que devido a um problema no motor não conseguiu qualificar-se para o Grande Prémio dos Estados Unidos, sempre passou e com relativa facilidade essa fase dos treinos de qualificação. 
Depois de enfrentarem problemas mecânicos nas quatro primeiras corridas, O Jordan 191 pontuou nas cinco provas seguintes, com a particularidade de ambos os pilotos terem terminado nos lugares pontuáveis no Canadá e na Alemanha. O 4º lugar de Andrea De Cesaris, obtido no Canadá e no México, foi o melhor resultado do Jordan 191 na temporada. Gachot obteve a melhor volta no Grande Prémio da Hungria, naquela que foi a sua última corrida pela equipa Jordan, já que dias depois o piloto belga foi condenado a 18 meses de prisão por ter pulverizado gás CS num taxista após um acidente de viação em Londres, em Dezembro de 1990. 
Nas seis corridas seguintes, foram três os pilotos que conduziram o segundo Jordan 191, com destaque para Michael Schumacher, que se estreou na F1 no Grande Prémio da Bélgica, tendo-se qualificado no 7º lugar, bem na frente de Andrea De Cesaris que largou do 11º lugar, mas na corrida a sorte do piloto alemão durou apenas alguns metros devido a problemas de embraiagem. Em Itália e em Portugal, foi o brasileiro Roberto Moreno a pilotar o carro número 32, enquanto que em Espanha, Japão e na Austrália, foi o jovem estreante italiano Alex Zanardi.
No final da temporada a Jordan somou 13 pontos e alcançou o 5º lugar no Campeonato do Mundo de Construtores, na frente da equipas consagradas como: Lotus, Tyrrell, Brabham ou Ligier.
Com a sua pintura verde e o patrocínio principal da 7-Up, o Jordan 191 é considerado um dos mais belos carros de F1 de todos os tempos.

Sem comentários: