17 de abril de 2022

RICCARDO PATRESE

 

Riccardo Gabriele Patrese nasceu no dia 17 de Abril de 1954 em Pádua, Itália.
Filho de um comerciante de produtos alimentares e de uma professora de Literatura, Riccardo Patrese, depois de terminar o ensino secundário, matriculou-se na Faculdade de Ciências Políticas, mas não chegou a terminar o curso. 
Aos 9 anos de idade, recebeu um kart construído pelo seu pai e pelo seu irmão mais velho, e aos 11 anos começou a disputar as primeiras corridas de karting, na mesma altura em que praticava natação e esqui, tendo mesmo conquistado o título de campeão italiano de esqui.
No início da década de setenta, Riccardo Patrese dedicou-se em exclusivo ao automobilismo e depois de vencer o campeonato italiano na classe 100, ganhou o Campeonato Mundial de Karting em 1974, disputado no kartódromo do Circuito do Estoril. Em 1975, disputou o Campeonato de Formula Itália, terminando na 2ª posição. No ano de 1976, passou a correr na F3 e conquistou o Campeonato Italiano e também o Campeonato Europeu. Em 1977, disputou o Campeonato Europeu de F2 e apesar de ter sido apenas 4º classificado no final do campeonato, deixou excelentes indicações e foi contratado pela equipa de F1, Shadow.
No dia 22 de Maio de 1977, Riccardo Patrese estreou-se no Campeonato do Mundo de F1, na 6ª corrida da temporada, o Grande Prémio do Mónaco. Apesar de não ser um circuito nada fácil para um estreante, Patrese não se intimidou e terminou a corrida no 9ª lugar, depois de ter arrancado do 15º posto. Nessa temporada ainda disputou mais oito corridas e na última prova do campeonato, o Grande Prémio do Japão, conseguiu o seu primeiro ponto ao terminar a corrida no 6º lugar.
Em 1978, Riccardo Patrese foi contratado pela Arrows, permanecendo na equipa britânica durante quatro anos. Durante esse período, conseguiu o seu primeiro pódio, ao terminar o Grande Prémio da Suécia de 1978 no 2º lugar e obteve a sua primeira pole-position, no Grande Prémio de Long Beach de 1981. Nesses quatro anos, conseguiu mais três pódios e pontuou em apenas nove corridas.
Em 1982, Patrese ingressou na equipa Brabham e conquistou a sua primeira vitória na F1 no Grande Prémio do Mónaco.
No ano seguinte, o italiano apenas conseguiu pontuar em duas corridas. Depois do 3º lugar alcançado na Alemanha, venceu a última prova do campeonato, o Grande Prémio da África do Sul.
Em 1984, Riccardo Patrese trocou a Brabham pela Alfa Romeo, no entanto os bons resultados continuaram a ser muito escassos. O italiano apenas conseguiu pontuar em três provas, com o melhor resultado a ser o 3º lugar no Grande Prémio de Itália.
No ano de 1985, Patrese continuou na Alfa Romeo, mas a temporada foi uma desilusão. Das dezasseis corridas do campeonato, o piloto italiano apenas terminou quatro e fora dos lugares pontuáveis.
Em 1986, Patrese regressou à Brabham, mas o cenário não se alterou. O piloto italiano apenas conseguiu somar dois pontos em todo o campeonato, através do 6º lugar que obteve no Grande Prémio de San Marino e também no Grande Prémio de Detroit.
O ano de 1987, não foi muito diferente. Patrese, tal como na temporada anterior, pontuou em duas corridas, mas foi 5º na Hungria e subiu ao pódio, com o 3º lugar que alcançou no México. Na última corrida do campeonato, no Japão, Riccardo Patrese substituiu na equipa Williams o britânico Nigel Mansell, que sofreu uma lesão nas costas após um acidente nos treinos.
Em 1988, Riccardo Patrese foi contratado pela Williams e durante cinco anos o piloto italiano correu pela equipa de Frank Williams. Depois de um primeiro ano difícil, em que os carros da Williams não eram competitivos, com Patrese a pontuar em cinco corridas, sendo o melhor resultado o 4º lugar na Austrália, os anos seguintes foram bem melhores. 
Em 1989, o italiano conseguiu seis pódios, sendo quatro consecutivos, com o melhor resultado a ser o 2º lugar que obteve no México, Estados Unidos, Canadá e Japão.
No ano seguinte, Riccardo Patrese voltou às vitórias ao vencer o Grande Prémio de San Marino, num ano em que pontuou em mais sete corridas.
Em 1991, o italiano venceu o Grande Prémio do México e também o Grande Prémio de Portugal. Pontuou em mais nove corridas, tendo, inclusive, subido ao pódio por mais seis vezes.
O ano de 1992, foi o melhor de Riccardo Patrese na F1. Depois de ter sido 5º em Itália, 3º no Mónaco e na Bélgica, e 2º na África do Sul, México, Brasil, San Marino, França e Inglaterra, ganhou o Grande Prémio do Japão, o que lhe permitiu terminar o Campeonato Mundial de Pilotos na 2ª posição, atrás do seu companheiro de equipa, Nigel Mansell.
Em 1993, Patrese ingressou na equipa Benetton. Conseguiu pontuar em sete corridas, tendo subido ao pódio duas vezes, com o 3º lugar em Inglaterra e o 2º na Hungria. Após a última prova da temporada, na Austrália, Riccardo Patrese retirou-se da F1, após ter-se tornado o primeiro piloto de F1 a disputar mais de 200 provas. No total foram 256 Grandes Prémios, um recorde que só foi batido em 2008 pelo brasileiro Rubens Barrichello. 
No ano de 1994 e depois do acidente fatal de Ayrton Senna, Frank Williams convidou o piloto italiano a voltar à sua equipa, no entanto Patrese decidiu não regressar à F1.
Em 1996, a Williams ofereceu-lhe um teste com o novo carro, o Williams FW18, como forma de agradecimento pelos seus serviços prestados à equipa britânica.
Para além da F1, Riccardo Patrese disputou as 24 Horas de Le Mans por três vezes, em 1981, 1982 e 1997, no entanto nunca terminou a prova. Em 1995, disputou o Campeonato Super Tourenwagen Cup, ao volante de um Ford Mondeo. Em 2005 e 2006, disputou algumas corridas do Grand Prix Masters, um campeonato destinado a antigos pilotos de F1. No ano de 2018, participou nas 24 Horas de SPA-Francorchamps.
Riccardo Patrese foi piloto de F1 durante 17 anos. Disputou 256 Grandes Prémios. Conquistou 6 vitórias, 8 pole-positions, 13 voltas mais rápidas e 37 pódios. 

Sem comentários: