29 de setembro de 2021

BERNIE ECCLESTONE

 

Bernard Charles Ecclestone, conhecido como Bernie Ecclestone, nasceu no dia 28 de Outubro de 1930 em Suffolk, Inglaterra.
Bernie deixou a escola aos dezasseis anos, pouco depois do termo da Segunda Guerra Mundial, e começou a trabalhar numa loja de peças para motos e junto com Fred Compton, formou a concessionária de motos “Compton & Ecclestone”. 
Em 1949 começou a competir como piloto amador na F3 500cc, mas depois de um grave acidente, em que o seu carro acabou por cair no parque de estacionamento do lado de fora do circuito de Silverstone, deixou a competição. No ano de 1957, Bernie voltou às corridas como empresário do piloto de F1 Stuart Lewis-Evans. 
Em 1958 Ecclestone tentou a sua sorte como piloto de F1. Ao volante de um Connaught Type B não conseguiu qualificar-se para o Grande Prémio do Mónaco e também para o Grande Prémio de Inglaterra, as únicas duas provas da temporada que pretendia participar. Depois disso focou as suas atenções em gerir a carreira de Lewis-Evans. Na última corrida da temporada em Marrocos, o piloto britânico ficou gravemente queimado depois de um violento acidente em que o seu carro pegou fogo. Lewis-Evans ainda foi levado de volta para o Reino Unido mas acabou por morrer, seis dias depois, no hospital. Ecclestone ficou bastante abalado e decidiu afastar-se das corridas durante uma década, tendo regressado à F1 como empresário do piloto austríaco Jochen Rindt, que viria a sagrar-se Campeão do Mundo a título póstumo depois de um terrível acidente no Grande Prémio de Itália em Monza em 1970. Bernie deixou a F1 novamente para voltar dois anos mais tarde.
Em 1972, Bernie Ecclestone comprou a equipa Brabham. Em 1974, junto com Colin Chapman, Teddy Mayer, Max Mosley, Ken Tyrrell e Frank Williams, fundou a Associação dos Construtores da Formula 1 (FOCA). Foi o início de uma dura batalha contra a FIA, pela atribuição do dinheiro e direitos da televisão.
Em 1978, Bernie foi nomeado Chefe Executivo da FOCA, tendo Max Mosley como seu assessor jurídico. Em conjunto, negociaram uma série de questões legais com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e Jean-Marie Balestre, presidente da entidade. O acordo culminou num golpe de mestre de Ecclestone, com a FOCA a poder negociar os direitos de transmissão dos Grandes Prémios de F1, sendo que para tal fim foi instituída a Formula 1 Participações e Administração (FOPA), que dividiu as receitas da seguinte forma: 47% para as equipas, 30% para a FIA e 23% para o próprio Ecclestone através da FOPA, que em contrapartida ficava a ser responsável pela distribuição dos prémios às equipas.
Em 1981 a equipa Brabham ganhou o título de Campeão Mundial de Pilotos graças a Nelson Piquet, o que repetiu em 1983. 
Em 1987 Ecclestone, cada vez mais focado no seu papel como dirigente da Associação dos Construtores da Formula 1, vendeu a Brabham ao empresário suíço Joachim Luhti.
Aos poucos Bernie Ecclestone foi aumentando a sua influência nas transmissões de televisão, convencendo os canais a pagarem um contrato anual em vez de corridas em separado. 
A ‘paisagem’ da F1 mudou dramaticamente a meio da década de noventa, quando através de um acordo Bernie Ecclestone se associou a Max Mosley, que entretanto se tornou presidente da FIA. A empresa de Ecclestone tornou-se dona dos direitos da F1 às custas das equipas e algumas delas, como a Williams ou a McLaren, estavam longe de estar satisfeitas. O padrão de Bernie se tornar bilionário foi ainda levemente incrementado pelos anos 2000, com um acordo que lhe permitia ter o controlo total comercial da F1 por cerca de 360 milhões de dólares. Bernie controlava tudo sozinho, mantendo os acionistas satisfeitos, mas no processo deixava de lado a paixão pela F1 e perdia de vista vários aspetos do espetáculo. Mas em última análise, a venda de 47,2 % das ações da F1 em 2006 por parte do banco BayernLB à CVC – à qual Ecclestone estava vinculado – levou a um declínio e à recente compra da modalidade por parte da Liberty Media.

1 comentário:

Lucas disse...

Atrás das cortinas foi o maior e melhor de todos, porém em frente as câmeras sempre demonstrou ter um gênio forte com direito a falas e opiniões polêmicas. Muito se fala do time dos sonhos da Ferrari nos anos 2000 com Brawn, Todt e Schumacher, mas Bernie também foi um dos símbolos de outro esquadrão marcante na Brabham, junto com Piquet e Murray de 79 até 85. A saída do bicampeão pra Williams já havia tirado a equipe do patamar de topo de grid, mas a ida do Gordon pra McLaren em 87 e a venda da marca pelo Bernie no mesmo ano mataram de vez a escuderia do velho Jack