7 de março de 2021

ANDERSTORP

 

O Autódromo de Anderstorp é um circuito que fica situado na cidade de Anderstorp, no sul da Suécia.
No verão de 1965, Sven Asberg, Ake Bengtsson e Bertil Sanelluma, pilotos da Team Mosarp, equipa de automobilismo de Anderstorp, começaram a discutir sobre a construção de uma pista onde pudessem realizar testes e afinar os seus carros. Desde logo trataram de meter mãos à obra e tentar convencer os industriais da cidade a financiar o projecto, Asberg teve a ideia de também criar um aeródromo para aviões de pequeno porte e assim tornar mais fácil a deslocação para Estocolmo.
No ano seguinte, o engenheiro Holger Eriksson, começou a desenhar o circuito, seguindo os conselhos do piloto de F1 Jo Bonnier. Usando a longa recta do aeródromo, a pista era bastante difícil e muito técnica, com curvas longas e rápidas. O aspeto mais invulgar do circuito era que a recta da meta ficava distante da zona das boxes.
Em Junho de 1968 o circuito foi inaugurado com o nome: Scandinavian Raceway e foi disputada uma corrida de Sport-Protótipos que Jo Bonnier venceu. Logo após a inauguração, Sven Asberg afirmou que o autódromo iria tentar receber uma corrida de F1 nos cinco anos seguintes. 
Em 1970, foi disputada uma prova do campeonato de Formula 5000 e no ano seguinte, o Campeonato Mundial de Motociclismo teve uma corrida em Anderstorp. 
Em Junho de 1972, Sven Asberg viajou para Nivelles-Baulers, onde assistiu ao Grande Prémio da Bélgica e se reuniu com os dirigentes da FISA para negociar o acordo de levar a F1 a Anderstorp. Asberg regressou a casa com o contrato de que a Formula 1 iria à Suécia em 1973, cumprindo a sua promessa. 
No dia 17 de Junho de 1973, foi disputada a primeira corrida de F1 no autódromo de Anderstorp. O público que encheu as bancadas esperava uma vitória do Lotus-Ford de Ronnie Peterson. O piloto sueco obteve a pole-position mas na corrida foi incapaz de travar Dennis Hulme que ao volante de um McLaren-Ford venceu a prova.
Em 1974, a Tyrrell dominou a corrida, com Jody Scheckter a liderar todas as 80 voltas e a vencer a prova na frente do seu companheiro de equipa Patrick Depailler, que tinha conquistado a pole-position. Ronnie Peterson não foi feliz e viu-se obrigado a desistir na 8ª volta com problemas no seu Lotus-Ford.
No ano de 1975, Vittorio Brambilla em March-Ford obteve a sua única pole-position da carreira, mas na corrida foi Niki Lauda em Ferrari que se superiorizou a todos os outros e venceu a prova. Peterson terminou em 9º lugar.
Em 1976, a Tyrrell voltou a colocar os seus dois pilotos nos dois primeiros lugares do pódio. Scheckter obteve a pole-position e ganhou a corrida com o Tyrrell P34 de seis rodas, a única vitória desse carro. Ronnie Peterson, agora em March-Ford, terminou a prova no 7º posto.
A corrida de 1977 contou com dois pilotos suecos, Gunnar Nilsson em Lotus-Ford, acompanhou Ronnie Peterson que nesse ano estava na Tyrrell. A corrida foi ganha pelo francês Jacques Laffite em Ligier-Matra.
Em 1978, Niki Lauda voltou a vencer. O piloto austríaco levou o Brabham BT46 à sua única vitória na F1, antes do carro ser banido da F1 pela FISA, pois o monolugar usava um enorme ventilador na traseira que o sugava contra o chão e assim conseguiu maior velocidade em curva. Ronnie Peterson, de novo na Lotus-Ford, conseguiu o 3º lugar. 
Esse foi o último Grande Prémio da Suécia de F1. Em Setembro de 1978, Peterson morreu em consequência do seu acidente em Monza, e Gunnar Nilsson foi vencido pelo cancro no mês seguinte. Sem pilotos suecos a organização da prova deixou de ter interesse em apoiar uma corrida sem grandes pilotos locais.
Nos seis anos que recebeu a F1, o Autódromo de Anderstorp teve quatro vencedores diferentes, com Jody Scheckter e Niki Lauda a vencerem por 2 vezes. A Tyrrell foi a equipa que obteve mais vitórias, também com 2 triunfos.

Sem comentários: