31 de maio de 2020

WILLIAMS


A Williams Grand Prix Engineering Limited, é uma equipa de automobilismo britânica que participa no Campeonato Mundial de F1.
Em 1977 Frank Williams fundou a equipa que tem o seu nome, junto com o projectista inglês Patrick Head.
O Grande Prémio da Argentina de 1978 foi a estreia da equipa Williams no Campeonato do Mundo de F1. Com o australiano Alan Jones ao volante do único carro da equipa que qualificou no 14º lugar da grelha de partida, na corrida Jones, viu-se obrigado a desistir na 36ª volta com um problema no sistema de combustível. Na terceira prova do campeonato, o Grande Prémio de África do Sul, Alan Jones terminou em 4º lugar e obteve os primeiros pontos da Williams na F1. Na penúltima corrida da temporada, Jones levou o seu Williams ao 2º lugar no Grande Prémio dos Estados Unidos, no que foi o primeiro pódio da equipa. No final da temporada, o 11º lugar, entre as 21 equipas que pontuaram no campeonato, foi um bom resultado para uma equipa estreante.
Em 1979 o engenheiro Frank Dernie foi contratado e juntou-se a Patrick Head no departamento de design. A Williams passou a ter dois carros e o suíço Clay Regazzoni juntou-se a Alan Jones. No Grande Prémio de Inglaterra em Silverstone, a Williams conquistou a sua primeira vitória na F1 através de Regazzoni. As três corridas seguintes, Alemanha, Áustria e Holanda, foram ganhas pelo outro Williams de Alan Jones que ainda voltou a vencer no Canadá. No final da temporada, a Williams ficou em 2º lugar no campeonato.
No ano seguinte Alan Jones ganhou cinco corridas e sagrou-se Campeão do Mundo de Pilotos, com a Williams a conquistar pela primeira vez o título de Campeão Mundial de Construtores.
Em 1981 a Williams voltou a ganhar o Campeonato Mundial de Construtores, mas falhou o título de pilotos por apenas 1 ponto.
Keke Rosberg ingressou na Williams em 1982 a substituir Alan Jones que tinha deixado a F1. Nessa temporada foram onze os pilotos vencedores e desses apenas cinco ganharam por duas vezes. Rosberg aproveitou a ausência forçosa, nas últimas cinco provas, do piloto francês Didier Pironi, que sofreu um grave acidente no Grande Prémio da Alemanha, para sagra-se Campeão Mundial de Pilotos, com uma vantagem de 5 pontos para Pironi. Keke Rosberg venceu apenas uma corrida nessa temporada, o Grande Prémio da Suíça disputado no circuito francês de Dijon-Prenois, sendo também a sua primeira vitória na F1.
Nos três anos seguintes a Williams viu-se arredada da luta pelas primeiras posições, ainda assim conseguiu algumas vitórias pontuais. Principalmente em 1985 já com os motores Honda a equipar os carros em vez dos Ford DFV.
No início do ano de 1986, Frank Williams sofreu um acidente de viação que o deixou paralítico, mas não conseguiu arrefecer o seu ardente compromisso com a equipa que tem o seu nome. Patrick Head cuidou da equipa durante a convalescença de Frank, que regressou a meio do ano para liderar a sua equipa. Nessa temporada e também em 1987 a Williams voltou a mostrar ser uma equipa forte. Com Nigel Mansell e Nelson Piquet ao volante dos seus carros a equipa britânica conquistou o título de Campeão Mundial de Construtores nesses dois anos e Piquet sagrou-se Campeão do Mundo de Pilotos em 1987.
O ano de 1988 foi um desastre. A Honda deixou a Williams para se juntar à McLaren e Frank teve que se contentar com os motores Judd que não deram os resultados esperados. Mansell apenas conseguiu dois 2ºs lugares e desistiu em todas as outras corridas da temporada.
Em 1989 os motores Renault ocuparam o lugar dos pouco competitivos Judd e os resultados fizeram-se logo sentir com a Williams a vencer no Canadá e na Austrália, através de Thierry Boutsen e a terminar a temporada no 2º lugar. Para 1990 a dupla de pilotos é mantida. Apesar de obter outras duas vitórias, em San Marino e na Hungria, a equipa tem uma queda de rendimento e finaliza a temporada com um 4º lugar no Campeonato Mundial de Construtores.
Em 1991 Nigel Mansell regressa à Williams e junta-se a Riccardo Patrese. Com sete vitórias, 5 para Mansell e 2 para Patrese, a Williams volta a entrar na luta pelos títulos mas acaba ambos, em segundo lugar.
Em 1992, a Williams dominou por completo. Nigel Mansell venceu nove provas e sagrou-se Campeão Mundial de Pilotos quando ainda faltavam cinco corridas para o fim da temporada. A Williams voltou a conquistar o título de Campeão do Mundo de Construtores, cinco anos depois.
No ano seguinte o domínio da equipa britânica continuou, apesar de Mansell e Patrese terem dado o seu lugar a Alain Prost e a Damon Hill. Com sete vitórias conquistadas, o piloto francês conquistou o seu quarto título de Campeão do Mundo de Pilotos. A Williams repetiu o título de Campeão Mundial de Construtores.
Em 1994 a Williams contratou Ayrton Senna para ser o companheiro de equipa de Damon Hill, no entanto o domínio apresentado nos anos anteriores já não era o mesmo e Senna viu-se perante duas desistências nas duas primeiras provas da temporada. O Grande Prémio de San Marino foi terrível para a Williams, Senna teve um violento acidente e acabou por morrer. Foi a primeira vez que Frank Williams viu um piloto seu a perder a vida ao volante de um carro da sua equipa. Apesar de tudo a equipa recompôs-se e lutou pelos títulos até à última corrida do ano, acabando por conquistar o Mundial de Construtores.
O ano de 1995 não foi o melhor, onde a vitória nos dois campeonatos passou ao lado da equipa inglesa.
Em 1996 e 1997 a Williams voltou às grandes vitórias. O título de Campeão do Mundo de Construtores e de Pilotos foi conquistado nos dois anos, com Damon Hill e Jacques Villeneuve.
A fase mais vitoriosa da Williams acabou em 1997, em grande parte pela perda dos motores Renault, que saíram da F1. Nas temporadas de 1998 e 1999 com os motores não-oficiais da Renault, Mecachrome e Supertec respectivamente, a Williams conquistou o 3º e 5º lugar no Campeonato Mundial de Construtores.
Em 2000, o primeiro ano com o motor BMW não mudou muito.
No ano seguinte a Williams recuperou, com Juan Pablo Montoya e Ralf Schumacher como pilotos a equipa conquistou quatro vitórias.
Nas temporadas de 2002 e 2003 a Williams conquista duas vitórias em cada ano e termina ambos os campeonatos em 2º lugar.
No ano de 2004 a Williams apenas venceu uma corrida no Brasil.
Em 2005 o melhor resultado que a equipa obteve foram dois 2ºs lugares no Mónaco e em Nurburgring.
Os seis anos seguintes foram penosos para a Williams, com o 2º lugar no Grande Prémio de Singapura em 2008 por intermédio de Nico Rosberg como o melhor resultado desse período.
O ano de 2012 ficou marcado pelo regresso da Williams às vitórias, quando o piloto venezuelano Pastor Maldonado conquistou de forma surpreendente o Grande Prémio de Espanha, sendo essa a sua primeira e única vitória da F1 e também a última da Williams até aos dias de hoje.
No ano seguinte a equipa britânica voltou a ficar muito longe dos lugares cimeiros.
Em 2014 a Williams adquiriu os motores Mercedes. A equipa mostrou grandes progressos e obteve oito pódios, com três 2ºs lugares.
Mas a partir de 2015 a Williams foi perdendo competitividade. Os quatro pódios que conseguiu nessa temporada ainda disfarçaram um pouco a falta de andamento dos seus carros, mas nos anos seguintes a Williams foi-se afundando cada vez mais. Em 2018 e 2019 a Williams ocupou quase sempre os últimos lugares da grelha de partida dos Grandes Prémios.
Em Agosto de 2020, a Williams foi vendida a uma empresa de investimento privado dos Estados Unidos da América, a Dorilton Capital.
A Williams Grand Prix Engineering Limited, está envolvida na F1 há 47 anos. Disputou 816 Grandes Prémios. Conquistou 114 vitórias, 128 pole-positions, 133 voltas mais rápidas e 313 pódios. Venceu o Campeonato do Mundo de Construtores por 9 vezes; 1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996 e 1997. E o Campeonato Mundial de Pilotos por 7 vezes; 1980 Alan Jones, 1982 Keke Rosberg, 1987 Nelson Piquet, 1992 Nigel Mansell, 1993 Alain Prost, 1996 Damon Hill e 1997 Jacques Villeneuve.

2 comentários:

Por Dentro dos Boxes disse...

Frank Williams é uma pessoa determinada... idealizou a equipe Williams e se tornou um dos grandes construtores vencedores na F-1... Um passado glorioso... pena que atualmente a equipe tem ficado com os últimos postos nas provas...

Viny disse...

E triste ver um sonho de anos acadar e ser terminado como foi o do frank Williams.
Uma pena ver a equipe estar assim