30 de junho de 2021

MARIA TERESA de FILIPPIS


 Maria Teresa de Filippis nasceu no dia 11 de Novembro de 1926 em Nápoles, Itália.
A filha mais nova de uma família rica e abastada, o seu pai era um conde italiano e dono do Palazzo Marigliano do século XVI em Nápoles e do Palazzo Bianco, perto de Caserta. Maria Teresa desde tenra idade praticou desporto, como hipismo e ténis na adolescência.
Aos 22 anos, apostou com dois dos seus irmãos que conseguia conduzir tão rápido como os homens, o que a levou a começar a disputar corridas de automobilismo. Depois de ter participado na sua primeira corrida aos vinte anos, Maria Teresa de Filippis venceu a prova de 10 quilómetros, entre Salerno e Cava de 'Tirreni, em 1948. Uma vitória que acendeu ainda mais a sua paixão pelo automobilismo. No ano de 1953, conduziu um OSCA 1100 cc, com o qual ganhou as 12 Horas de Pescara e o Grande Prémio Trullo d'Oro, ambas as corridas na classe S1.1. 
Em 1955, passou a tripular um Maserati 2000 A6 GCS e venceu várias corridas, com destaque para a Catania-Etna, no dia 18 de Setembro, com um tempo recorde que perdurou durante três anos. 
Em Abril de 1958, participou no Grande Prémio de Siracusa de F1, uma corrida extra campeonato, tendo terminado a prova no 5º lugar. Em Maio, Maria Teresa de Filippis, esteve presente no Grande Prémio do Mónaco, a segunda prova do Campeonato do Mundo de F1, mas não conseguiu qualificar-se para a corrida. No dia 15 de Junho, estreou-se na categoria máxima do desporto automóvel em SPA-Francorchamps, onde se correu o Grande Prémio da Bélgica, terminando a corrida no 10º lugar. Na corrida seguinte, em França, foi impedida de competir pelo diretor de corrida, Toto Roche, que afirmou: “uma jovem tão bonita como ela não deveria usar nenhum capacete a não ser o secador do cabeleireiro”.  A prova seguinte em que participou foi o Grande Prémio de Portugal, disputado no circuito da Boavista no dia 24 de Agosto. Depois de se ter qualificado no 15º lugar, viu-se obrigada a desistir na 6ª volta com problemas de motor no seu Maserati 250F. Seguiu-se o Grande Prémio de Itália, em Monza, onde voltou a desistir com problemas de motor, a 13 voltas do fim da corrida.
Em 1959, ingressou na equipa Behra-Porsche, mas à semelhança da temporada anterior, não conseguiu qualificar-se para o Grande Prémio do Mónaco. Em Agosto, Jean Behra, piloto e proprietário da equipa, morreu numa corrida de apoio no Grande Prémio da Alemanha. Maria Teresa de Filippis que já tinha visto vários pilotos, seus amigos, a morrerem na pista, ficou arrasada com a morte de Behra e decidiu retirar-se do automobilismo.
No ano de 1960, casou-se com Theodor Huschek, um químico austríaco, e teve uma filha.
Em 1979, juntou-se ao Clube Internacional de Ex-Pilotos de Grande Prémio de F1, assumindo o cargo de vice-presidente em 1997. Em 2004, foi membro fundadora do Clube Maserati.
No dia 9 de Janeiro de 2016, morreu aos 89 anos.
Capaz de evidenciar-se num ambiente que, até então, tinha sido considerado como exclusivamente masculino, Maria Teresa de Filippis conquistou o respeito e a estima dos seus rivais e detém esse recorde único que não pode ser batido, ou mesmo igualado, o de ter sido a primeira mulher a competir na F1.
Maria Teresa de Filippis esteve 2 anos na F1 e disputou 3 Grandes Prémios. 

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