18 de agosto de 2021

NELSON PIQUET


Nelson Piquet Souto Maior nasceu no dia 17 de Agosto de 1952 no Rio de Janeiro, Brasil.
Filho de Estácio Gonçalves Souto Maior, um médico que mais tarde se tornou Ministro da Saúde no governo de João Goulart entre 1961 a 1964 e que pretendia que Piquet fosse jogador de ténis profissional, tendo-lhe oferecido uma bolsa de estudo numa escola em Atlanta, nos Estados Unidos. Apesar de Piquet ter sido considerado, pelos seus treinadores, como um bom tenista, decidiu deixar o ténis por o achar um desporto desinteressante.
Nelson Piquet começou a disputar corridas de karting com 14 anos, mas como o seu pai não apoiava a sua carreira de piloto, passou a adotar o nome da sua mãe, Clotilde Piquet, mas escrito de forma errada como Piket, para ocultar a sua verdadeira identidade.
Piquet estudou engenharia mecânica na Universidade de Brasília, mas deixou os estudos para passar a trabalhar numa garagem para conseguir financiar a sua carreira no automobilismo. 
Campeão brasileiro de karting em 1971 e 1972, em 1976 sagrou-se campeão na Formula Super-Vee. Em 1977, disputou algumas corridas do Campeonato Europeu de F3, tendo terminado o campeonato no terceiro lugar, com duas vitórias. No ano seguinte, correu no Campeonato Britânico de F3 e conquistou o título de campeão, batendo o recorde de vitórias que pertencia a Jackie Stewart. 
No dia 30 de Julho de 1978, Nelson Piquet estreou-se na F1, com a equipa Ensign, no Grande Prémio da Alemanha. O piloto brasileiro conseguiu o 21º lugar na grelha de partida, mas desistiu na 31ª volta com problemas de motor no seu carro. Nas três provas seguintes (Áustria, Holanda e Itália), correu com um McLaren M23 da equipa BS Fabrications. Apesar de ter somado dois abandonos e de ter terminado no 9º lugar em Monza, Piquet deixou boas impressões e na última prova da temporada, no Canadá, ingressou na equipa Brabham, liderada na época por Bernie Ecclestone, iniciando uma longa parceria que durou sete anos.
Em 1979, Piquet disputou a sua primeira temporada completa tendo como companheiro de equipa Niki Lauda. Com um carro desatualizado, o piloto brasileiro desistiu em doze das quinze provas da temporada. No Grande Prémio da Holanda terminou no 4º lugar e assim conquistou os seus primeiros pontos na F1. Nas duas últimas corridas do campeonato a Brabham trocou os motores Alfa Romeo para os Ford Cosworth, o que permitiu a Piquet largar da primeira linha da grelha de partida e obter a volta mais rápida da corrida no Grande Prémio dos Estados Unidos, a última prova da temporada.
Em 1980, Piquet desistiu apenas quatro vezes e nas outras dez provas terminou sempre nos lugares pontuáveis. Começou o campeonato com o 2º lugar na Argentina e dessa forma conseguiu o seu primeiro pódio na F1. Depois de ter abandonado no Brasil e de ter sido 4º na África do Sul, conquistou a sua primeira vitória no Grande Prémio de Long Beach, após ter obtido a sua primeira pole-position e de ter liderado pela primeira vez uma corrida de F1. Ainda nessa temporada, voltou a subir ao degrau mais alto do pódio na Holanda e em Itália. 
No ano de 1981, Nelson Piquet ganhou na Argentina, San Marino e Alemanha. Foi 2º na Holanda e 3º em Long Beach, França e Áustria. Conseguiu ainda o 5º lugar no Canadá e em Las Vegas e foi 6º em Itália. Foram esses resultados que lhe deram os 50 pontos com que terminou o campeonato na primeira posição, com apenas mais um ponto do que Carlos Reutemann, da Williams.
No ano seguinte, Piquet apenas conseguiu pontuar em quatro corridas. Foi 5º na Bélgica, 4º no Grande Prémio da Suíça que se disputou no circuito francês de Dijon-Prenois, 2º na Holanda e ganhou no Canadá.
O ano de 1983, já foi bem diferente. Nelson Piquet começou por vencer o Grande Prémio do Brasil e ganhou ainda em Itália e em Brands Hatch, onde se disputou o Grande Prémio da Europa. Conseguiu ainda três 2ºs lugares (França, Mónaco e Inglaterra). Foi 3º na Áustria e na África do Sul, e 4º na Bélgica e em Detroit, no final do campeonato conquistou o seu segundo título de Campeão Mundial.
Em 1984, pontuou em apenas cinco provas, tendo colecionado três pódios. Ganhou no Canadá e em Detroit, foi 2º na Áustria, 3º no Grande Prémio da Europa e 6º no Estoril, que recebeu nesse ano o Grande Prémio de Portugal pela primeira vez. Nesse ano, Piquet obteve 9 pole-positions, igualando o recorde que pertencia a Niki Lauda e Ronnie Peterson.
No ano seguinte, Piquet voltou a pontuar em cinco provas. Ganhou em França, foi 2º em Itália, 4º em Inglaterra, 5º na Bélgica e 6º em Detroit.
Em 1986, ingressou na equipa Williams. Com o melhor carro do pelotão, Piquet conseguiu quatro vitórias em toda a temporada. Ganhou no Brasil, Alemanha, Hungria e Itália. Terminou ainda seis provas no pódio, com o 2º lugar em San Marino, Inglaterra e Austrália, e o 3º lugar no Canadá, França e Portugal. O piloto brasileiro esteve na luta pelo título até à última corrida, mas acabou por ficar na 3ª posição da classificação final, atrás de Alain Prost e de Nigel Mansell.
Em 1987, ganhou três corridas, na Alemanha, Hungria e Itália, no entanto obteve por sete vezes o 2º lugar (Brasil, Mónaco, Detroit, França, Inglaterra, Áustria e México). Foi 3º em Portugal e 4º em Espanha. Conquistou pela terceira vez o título de Campeão Mundial de Pilotos, num ano em que sofreu um violento acidente na curva Tamburello, nos treinos para o Grande Prémio de San Marino e que lhe deixaram com graves problemas de insónias, acordando a meio da noite sem saber onde estava ou quem era.
Em 1988, Piquet trocou a Williams pela Lotus. Pela primeira vez desde 1978, terminou o ano sem vencer. O melhor que conseguiu nessa temporada foi o 3º lugar no Brasil, em San Marino e também na Austrália. 
O ano seguinte foi ainda mais penoso, com o 4º lugar que conseguiu no Canadá, Inglaterra e Japão a ser o melhor resultado de toda a temporada.
Em 1990, Piquet voltou a mudar de equipa e ingressou na Benetton. Conseguiu pontuar com regularidade e subiu por quatro vezes ao pódio, com o ponto alto a ser as vitórias nas duas últimas provas da temporada, no Japão e na Austrália.
O ano seguinte já não foi tão positivo, mas ainda assim venceu o Grande Prémio do Canadá, conseguindo ainda o 3º lugar nos Estados Unidos e na Bélgica. Piquet terminou o campeonato com o 4º lugar no Grande Prémio da Austrália , naquela que foi a sua última corrida na F1. 
Em 1992, Piquet decidiu participar nas 500 Milhas de Indianápolis. Durante os treinos sofreu um violento acidente e embateu contra o muro, causando graves ferimentos nos pés e nas pernas, sendo internado com urgência no Hospital de Indianápolis onde foi submetido a uma longa cirurgia. No ano seguinte e já totalmente recuperado, voltou a Indianápolis e disputou a corrida até desistir na 38ª volta com problemas no motor do seu carro.
Em 1996 e 1977, participou nas 24 Horas de Le Mans ao volante de um McLaren F1 GTR, conseguindo um 8º lugar na sua primeira participação, tendo desistido no ano seguinte.
No dia 20 de Janeiro de 2000, Piquet ganhou a 50ª edição das Mil Milhas Brasileiras, no circuito de Interlagos, onde conduziu um Aston Martin DBR9 que dividiu com o seu filho Nelson Piquet Junior.
Nos 14 anos em que esteve na F1, Nelson Piquet disputou 204 Grandes Prémios. Conquistou 23 vitórias, 24 pole-positions, 23 voltas mais rápidas e 60 pódios. Sagrou-se por três vezes Campeão do Mundo de Pilotos.


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