27 de setembro de 2020

COLIN CHAPMAN


Anthony Colin Bruce Chapman nasceu no dia 19 de Maio de 1928 em Richmond, Inglaterra.
Em 1945, Colin Chapman terminou os estudos na Stationers´ Company´s School e entrou, em Outubro, para a University College London, onde frequentou o curso de engenharia civil. Mais tarde ingressou University of London Air Squadron, tendo aprendido a pilotar aviões, o que se tornou numa das suas actividades preferidas.
Mas foi com os automóveis que Colin Chapman se apaixonou.
Em 1948, modificou um Austin 7 e participou em várias corridas locais. Chapman renomeou o carro como: Lotus. O motivo nunca foi confirmado, mas uma das várias teorias é que foi por apelidar a sua namorada Hazel, mais tarde esposa, de “flor de lótus”.
Determinado, brilhante, inconstante, com grande poder de liderança e de persuasão, Colin Chapman é a história da Lotus.
À semelhança de Enzo Ferrari, o britânico era percebido de forma diferente por diferentes pessoas. Para os pilotos que desejavam conquistar o campeonato mundial, era o homem que podia fazer com que isso acontecesse pois os seus carros eram rápidos e venciam corridas. Para os inseguros, era o homem que tornava tudo mais fácil e se havia algum problema ele o resolvia. Alguns conseguiam conviver com esta filosofia desde que ela significasse vitórias, outros não se sentiam muito encorajados.
Colin Chapman significou para a parte tecnológica da F1, nos Anos Sessenta, o mesmo que Jim Clark simbolizou para a actuação e atitude do piloto. Os carros da equipa Cooper foram os primeiros a apresentarem motor traseiro, sendo bem sucedidos, mas Chapman aperfeiçoou ainda mais esse conceito no Lotus 18.
Foi Chapman quem introduziu o chassis monocoque no Lotus 25, em forma de charuto, foi ele quem redefiniu os parâmetros com o projecto pioneiro do Lotus 49, o primeiro carro de F1 a ter um motor aparafusado ao monocoque numa extremidade e a caixa de velocidades e a suspensão traseira na outra. Uma ideia que foi seguida por todos os outros construtores.
Em 1968, Colin Chapman foi o primeiro a realizar experiencias com asas aerodinâmicas, no mesmo ano em que foi pioneiro em adoptar o patrocínio comercial de uma tabaqueira nos seus carros.
Na década de setenta, criou o “carro-asa”. O princípio era fazer da própria carroçaria um aerofólio de forma a criar pressão aerodinâmica. Bastaria que a parte debaixo do carro tivesse a forma de uma asa invertida e que o ar fosse direccionado ao longo dessa superfície curva e escoado como num venturi. Em 1978, Chapman revolucionou ainda mais. Os Lotus apresentavam umas saias laterais que tocavam o solo, para extrair o ar debaixo do veículo e aumentar a zona de vácuo, criando um efeito de sucção. O resultado foi o domínio total do campeonato de 1978 com 8 vitórias.
No início dos Anos Oitenta, Chapman apresentou o Lotus 88 de chassis duplo, mas o carro foi proibido de correr pela FIA.
Colin Chapman tinha outro trunfo para apresentar, a suspensão activa. Uma ideia que já vinha desde 1977. O primeiro Lotus de F1 activo, foi testado no circuito de Snetterton, a 16 de Dezembro de 1982, no mesmo dia em que Chapman sofreu um ataque cardíaco fatal em sua casa em Norwich e morreu aos 54 anos.
Claro que algumas das suas ideias não resultaram, mas este homem brilhante, de mente analítica, ficará para sempre na história da F1, como um dos homens que mais influenciou a competição.
Na memória de todos, fica o seu gesto de atirar o boné para o ar, na linha de chegada, quando os seus pilotos venciam uma corrida.

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