29 de junho de 2022

FORCE INDIA

 

A Force India Formula One Team Limited foi uma equipa de F1 que disputou o Campeonato do Mundo entre 2008 e 2018.
Em Outubro de 2007, o consórcio Orange India venceu a licitação para a compra da equipa Spyker F1. A associação é composta igualmente por Watson Ltd, propriedade do empresário indiano Vijay Mallya (que também é dono da Kingfisher Airlines), e Michiel Mol, que já era co-proprietário da Spyker. A equipa foi apelidada de Force India para materializar o avanço que a Índia tinha no mundo da F1 na época.
No Grande Prémio da Austrália de 2008, a Force India estreou-se no Campeonato do Mundo de F1, com o alemão Adrian Sutil e o italiano Giancarlo Fisichella a formar a dupla de pilotos que usaram o monolugar VJM01, que era uma evolução do carro anterior da Spyker e que nunca se mostrou competitivo. O 10º lugar de Fisichella no Grande Prémio de Espanha foi o melhor resultado que a equipa conseguiu nesse ano.
Em 2009, a Force India trocou o motor Ferrari, que usou no ano anterior, pelo Mercedes e manteve a dupla de pilotos nas doze primeiras corridas, já que a partir do Grande Prémio de Itália, Vitantonio Liuzzi substituiu Fisichella que rumou à Ferrari. E foi precisamente Fisichella, que na sua ultima corrida pela equipa, obteve o primeiro pódio e os primeiros pontos da Force India na F1, com o 2º lugar no Grande Prémio da Bélgica, depois de ter conquistado a pole-position ao ser o mais rápido nos treinos de qualificação no Circuito de SPA-Francorchamps. Na corrida seguinte, em Monza onde se disputou o Grande Prémio de Itália, foi a vez de Adrian Sutil somar pontos ao terminar a prova no 4º lugar e a conseguir ainda a volta mais rápida da corrida.
Nos quatro anos seguintes, entre 2010 e 2013, a Force India manteve o seu nível competitivo e conseguiu marcar pontos em mais de metade das provas que disputou, a isso muito se deveu o facto de a FIA ter passado a atribuir pontos aos dez primeiros classificados de cada corrida, o que levou a equipa anglo-indiana a alternar entre o 7º e o 6º lugar no campeonato de construtores.
Em 2014, a Force India voltou a terminar uma corrida no pódio, quando Sergio Pérez conseguiu o 3º lugar no Grande Prémio do Bahrain, o que não acontecia desde 2009. O piloto mexicano obteve ainda a volta mais rápida da corrida no Grande Prémio da Áustria.
Em 2015, a Force India voltou a conquistar um pódio com o 3º lugar de Pérez no Grande Prémio da Rússia. Já o seu companheiro de equipa, Nico Hulkenberg conseguiu, como melhor resultado, três 6ºs lugares na Áustria, Japão e Brasil. 
Em 2016, a Force India manteve Hulkenberg e Pérez pela terceira temporada consecutiva. Pérez voltou a subir ao pódio com o 3º lugar conquistado no Mónaco e no Azerbaijão, onde se disputou o Grande Prémio da Europa. Já Hulkenberg obteve o 4º lugar na Bélgica e conseguiu a volta mais rápida da corrida no Grande Prémio da China. Essa foi a melhor temporada da equipa que conquistou o 4º lugar no campeonato de construtores com 173 pontos.
No ano de 2017, a Force India não coleccionou nenhum pódio, mas em contrapartida, conseguiu somar pontos em todas as corridas do campeonato, com excepção do Grande Prémio do Mónaco. No final da temporada, a equipa igualou o 4º lugar do ano anterior, somando 187 pontos.
Em 2018, Pérez voltou a levar a Force India ao pódio com o 3º lugar obtido no Grande Prémio do Azerbaijão. Mas a meio do campeonato começaram os problemas com a equipa a ficar em administração judicial durante o Grande Prémio da Hungria. A acção legal foi instigada por um grupo de credores, incluindo Sergio Pérez, como um meio de permitir que a equipa continuasse a operar enquanto se procurava um novo proprietário. Pérez justificou a acção como uma resposta a outra petição apresentada dias antes, relatada como tendo sido instigada pela Rich Energy, cuja tentativa de comprar a equipa tinha sido rejeitada pela Force India. No dia 7 de Agosto de 2018, foi anunciado que os administradores da Force India tinham aceitado a oferta apresentada por um consórcio liderado por Lawrence Stroll, pai do então piloto da Williams Lance Stroll, para a aquisição da equipa. Um acordo foi firmado com os administradores conjuntos, nomeados pela FRP Advisory, para devolver a equipa à solvência.
Com o Grande Prémio da Bélgica a aproximar-se, a situação em relação à capacidade da equipa disputar a corrida permanecia incerta, já que o consórcio que comprou a Force India teve que obter a aprovação de treze bancos que tinham créditos na equipa. A aprovação chegou após o prazo, então o consórcio não comprou a equipa completa, mas apenas os seus activos. Assim a equipa entrou no Campeonato Mundial de F1 como uma nova entidade jurídica, sendo necessário adoptar de um novo nome, mas foi obrigada a manter o "Force India" na sua nova designação, pois o chassis tinha sido homologado com o nome Force India e os regulamentos da FIA exigem que o nome da equipa inclua o nome do chassis. Assim sendo, nasceu a Racing Point Force India F1 Team. A FIA excluiu a antiga entrada da Force India do campeonato "devido à sua incapacidade de completar a temporada", e deu as boas-vindas à nova equipa, que foi autorizada a competir, mas a não manter os pontos da antiga equipa.
Terminava dessa forma a aventura da Force India depois de 11 anos na F1, onde disputou 212 Grandes Prémios. Conquistou 1 pole-position, 5 voltas mais rápidas e 6 pódios. 

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