7 de maio de 2023

GIANCARLO BAGHETTI


Giancarlo Baghetti nasceu no dia 25 de Dezembro de 1934 em Milão, Itália.
Filho de um rico empresário siderúrgico, fundador e proprietário da Fábrica Metalúrgica Accorsi & Baghetti, Giancarlo cedo começou a despertar o interesse pelo automobilismo. 
No ano de 1956, começou a disputar corridas de montanha com um Alfa Romeo, tendo conseguido relativo sucesso. 
Em 1958, participou na Mille Miglia, também ao volante de um Alfa Romeo e terminou a mítica prova italiana em 7º lugar. Ainda nesse ano, começou a disputar corridas de Formula Junior onde ganhou experiência e se deu a conhecer como piloto às muitas equipas italianas de automóveis.
Em 1961, Baghetti foi selecionado pela Federação Italiana de Equipas de Automobilismo, para participar em corridas de F1 mas que não contavam para o campeonato mundial. Giancarlo venceu os Grandes Prémios de Siracusa e de Nápoles ao volante do único Ferrari que participou nessas duas corridas. Sempre atento ao que se passava com os seus carros de corrida, Enzo Ferrari logo tratou de colocar Baghetti debaixo da sua proteção.
No dia 2 de Julho desse ano de 1961, Giancarlo Baghetti estreou-se no Campeonato do Mundo de F1 no Grande Prémio de França ao volante de um Ferrari 156, igual aos de Phil Hill, Wolfgang von Trips e Richie Ginther. Nos treinos Baghetti não foi além do 12º lugar na grelha de partida e na corrida beneficiou das desistências dos seus companheiros de equipa para lutar pela liderança da prova com os Porsche de Jo Bonnier e Dan Gurney. A três voltas do fim o sueco ficou pelo caminho, Baghetti e Gurney foram alternando o comando da corrida até que o piloto italiano da Ferrari cortou a meta um décimo na frente de Dan Gurney. Giancarlo Baghetti tornou-se o primeiro piloto a vencer a sua prova de estreia na F1. Nesse ano, o italiano ainda participou no Grande Prémio da Alemanha e também no Grande Prémio de Itália mas desistiu em ambas as corridas, conseguindo apenas a volta mais rápida da corrida em Monza.
Em 1962, Baghetti começou a temporada com um 4º lugar na Holanda. Depois de abandonar na Bélgica e de ser apenas 10º na Alemanha, voltou a terminar nos lugares pontuáveis no Grande Prémio de Itália com o 5º lugar. Apesar de Baghetti ser bastante apreciado por Enzo Ferrari, o piloto italiano decidiu seguir o seu companheiro de equipa Phil Hill e o ex-engenheiro da Ferrari Carlo Chiti quando este criou a equipa ATS em 1963. A aposta de Baghetti não foi a melhor e das cinco corridas em que participou desistiu quatro e terminou em 15º no Grande Prémio de Itália.
Em 1964, Baghetti ingressou na BRM mas os resultados também não foram os melhores, com um 7º lugar, fora dos lugares pontuáveis, no Grande Prémio da Áustria como o melhor resultado da temporada.
Nos três anos seguintes, Baghetti apenas disputou o Grande Prémio de Itália. Em 1965 com a Brabham, em 1966 de novo com um Ferrari mas da equipa Reg Parnell Racing, e no ano de 1967 com a Lotus, sendo essa a sua última corrida de F1.
Baghetti disputou também provas de Turismo com a Alfa Romeo e a Fiat Abarth. Em 1966, venceu o Campeonato Europeu de Turismo da categoria 1000cc com um Abarth 1000. 
Em 1967 e 1968 disputou algumas corridas de F3 e F2, respectivamente. No final de 1968 Baghetti retirou-se de todas as competições automobilísticas.
Mais tarde, o italiano abraçou a carreira de jornalista e fotógrafo de automobilismo e também de moda.
Giancarlo Baghetti morreu no dia 27 de Novembro de 1995 vítima de cancro.
Nos sete anos que esteve envolvido na F1 disputou 21 Grandes Prémios. Conquistou 1 vitória, 1 volta mais rápida e 1 pódio. 
Giancarlo Baghetti foi, até à atualidade, o único piloto a vencer a sua prova de estreia na F1. 


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