2 de janeiro de 2022

MICHAEL SCHUMACHER

 

Michael Schumacher nasceu no dia 3 de Janeiro de 1969 em Hürth, Alemanha.
Quando Michael tinha apenas quatro anos de idade, o seu pai Rolf, pedreiro e construtor de chaminés que mais tarde se tornou arrendatário do kartódromo de Kerpen, modificou o seu kart a pedais e adicionou-lhe um motor de motorizada. O novo brinquedo fazia as delícias do pequeno Michael, que tornava os passeios junto a sua casa um kartódromo, até um dia bater num poste. A partir desse momento, os seus pais levaram-no para o kartódromo de Kerpen onde Michael se tornou o mais jovem membro de clube de karting. Aos seis anos, venceu o seu primeiro campeonato de clubes, com o apoio do seu pai, que teve de conseguir um segundo emprego, a alugar e a reparar kartings.
Depois de ter frequentado a escola primária Gudrun Pausewang e a escola secundária Otto Hahn, em Kerpen, Michael venceu, em 1982, o Campeonato Alemão de Karting Junior. Até 1987, Schumacher ganhou vários campeonatos alemães e europeus de karting. Nesse ano deixou os estudos de lado e começou a trabalhar como mecânico. Em 1988, passou a disputar corridas de Formula Ford Alemã e Formula König. Seguiu-se a F3, tendo conquistado o título de campeão alemão em 1990, ano em que também ganhou o Grande Prémio de Macau de F3. Ainda nesse ano, foi contratado pela Mercedes para se juntar à sua Junior Team no Campeonato Mundial de Sport-Protótipos, tendo disputado três corridas nesse ano.
Em 1991, Michael disputou oito das nove provas do Campeonato do Mundo de Sport-Protótipos, incluindo as 24 Horas de Le Mans, onde terminou no 5º lugar. Participou, sem grande sucesso, em quatro corridas do DTM (Campeonato Alemão de Carros de Turismo). Ainda disputou uma prova do campeonato japonês de F3000.
Em Agosto de 1991, Schumacher estreou-se no Campeonato Mundial de F1, com a equipa Jordan, no Grande Prémio da Bélgica. Depois de ter alcançado a 7ª posição para a grelha de partida, o alemão não foi feliz na corrida e desistiu, com problemas de embraiagem, ainda na 1ª volta. Logo após a sua estreia, Michael foi contratado pela equipa Benetton e foi já na equipa italiana que disputou as últimas cinco provas da temporada. Em Monza, onde se disputou o Grande Prémio de Itália, conseguiu o 5º lugar e os seus primeiros pontos na F1, na sua segunda corrida na disciplina.
Em 1992, Schumacher conseguiu oito pódios em dezasseis corridas, sendo o primeiro no Grande Prémio do México, onde terminou no 3º lugar. Em SPA-Francorchamps, onde se correu o Grande Prémio da Bélgica, conquistou a sua primeira vitória. 
Em 1993, todas as nove das dezasseis corridas que terminou fê-lo no pódio, no entanto apenas conseguiu uma vitória, que foi na última corrida disputada na Europa nesse ano, o Grande Prémio de Portugal.
No ano de 1994, venceu seis das primeiras sete provas da temporada. Nas restantes nove corridas, somou mais duas vitórias, foi desclassificado em dois Grandes Prémios (Inglaterra e Bélgica) e suspenso em duas corridas (Itália e Portugal). Schumacher chegou à última corrida do campeonato, na Austrália, com mais um ponto do que o piloto da Williams-Renault, Damon Hill. Na corrida, Michael assumiu a liderança, com Hill na segunda posição, até que na 35ª volta o alemão teve uma saída de pista, quando regressou ao alcatrão já Damon Hill se preparava para o ultrapassar, numa manobra de desespero, Michael atirou o seu Benetton contra o Williams de Hill provocando a desistência de ambos. Os comissários entenderam que foi um incidente de corrida e assim Schumacher sagrou-se pela primeira vez Campeão Mundial.
Em 1995, Michael dominou o campeonato e voltou a conquistar o título de Campeão do Mundo de Pilotos, quando ainda faltavam duas provas para o término da temporada. Nesse ano, somou nove triunfos em dezassete corridas.
Em 1996, Schumacher ingressou na Ferrari e permaneceu na equipa de Maranello até ao final de 2006. Com um carro ainda pouco competitivo, o alemão venceu apenas três corridas nesse ano de 1996 (Espanha, Bélgica e Itália). No ano seguinte, lutou com Jacques Villeneuve pelo título e tal como em 1994, chegou à última corrida da temporada na frente do campeonato. Na corrida, Schumacher assumiu o comando logo após o arranque, com Villeneuve sempre a segui-lo de perto. Na 48ª volta, Villeneuve ultrapassou o piloto alemão, que na tentativa de evitar a ultrapassagem, simplesmente fez uma manobra idêntica à que tinha feito em 94, mas com um resultado bem diferente, pois o seu Ferrari acabou na escapatória, enquanto que o Williams-Renault de Villeneuve, apesar de alguns problemas de suspensão, conseguiu terminar a corrida no 3º lugar e assim Villeneuve venceu o campeonato. Schumacher acabou mesmo por ser desclassificado do campeonato, pela FIA e perdeu todos os pontos alcançados nesse ano. 
Em 1998, Michael foi incapaz de travar a superioridade de Mika Hakkinen e da McLaren-Mercedes. No ano seguinte, Schumacher e Hakkinen continuaram na luta, mas na oitava prova da temporada, o Grande Prémio de Inglaterra, os travões do Ferrari falharam ainda na primeira volta, na Curva Stowe, e acabou por bater no muro, protegido por pneus, a cerca de 107 km/h. Michael fraturou a perna direita e falhou seis corridas. Ainda regressou para disputar as duas últimas provas do campeonato (Malásia e Japão), tendo terminado ambas no 2º lugar.
No ano de 2000, começou o domínio de Schumacher e da Ferrari. O alemão venceu cinco títulos consecutivos. Nesse período, destacam-se os campeonatos de 2002, em que terminou todas as dezassete corridas do campeonato no pódio, com um 3º lugar, cinco 2ºs lugares e onze vitórias. Em 2004, somou 13 vitórias, sendo 12 nas primeiras treze corridas.
Em 2005, o domínio da Ferrari esgotou-se e Schumacher apenas venceu o Grande Prémio dos Estados Unidos, a famosa corrida em que todos os 14 pilotos que usavam pneus Michelin não disputaram a prova.  
No ano seguinte, o alemão voltou a estar na luta pelo título de campeão até à última corrida do ano, mas não foi capaz de levar a melhor sobre Fernando Alonso e a Renault. Nesse ano, Michael ganhou sete corridas e foi no Grande Prémio da China que conquistou a sua última vitória na F1. Durante o Grande Prémio de Itália, Schumacher anunciou que iria deixar a F1 no final desse ano.
Entre 2007 e 2009, Michael continuou ligado à Ferrari como conselheiro. 
Em 2010, regressou à F1 com a Mercedes e manteve-se na equipa de Estugarda até ao final da temporada de 2012, tendo o seu compatriota Nico Rosberg como companheiro de equipa. Nesses três anos, conseguiu pontuar com regularidade mas apenas obteve um único pódio, com o 3º lugar em Valência, onde se disputou o Grande Prémio da Europa de 2012. Schumacher despediu-se em definitivo da F1 com o 7º lugar no Grande Prémio do Brasil.
No dia 29 de Dezembro de 2013, sofreu um grave acidente enquanto praticava esqui, em Meribel, nos Alpes franceses. Michael esteve meio ano em coma e nove meses no hospital. Em Setembro de 2014, deixou o hospital em Lausanne para continuar o seu tratamento em casa. 
Michael Schumacher esteve 19 anos envolvido na F1. Disputou 307 Grandes Prémios. Conquistou 91 vitórias, 68 pole-positions, 77 voltas mais rápidas e 155 pódios.

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