9 de fevereiro de 2022

FERRARI 126C


O Ferrari 126C foi o monolugar que a equipa italiana usou durante quatro Campeonatos do Mundo de F1.
Criado por Mauro Forghieri (Diretor Técnico), e por Antonio Tomaini (Designer Chefe), o 126C foi o primeiro carro de F1 da Ferrari a usar um motor Turbo. O nome do carro é devido ao seu motor, longitudinal V6, montado na parte traseira, de 120 graus, enquanto o C significa: Competizione.
Com o canadiano Gilles Villeneuve e o francês Didier Pironi ao volante, o Ferrari 126C, estreou-se no Grande Prémio de Long Beach, a primeira prova do Campeonato Mundial de F1 de 1981. Ambos os pilotos foram forçados a desistir nas primeiras três corridas da temporada. Na quarta prova, Pironi conseguiu os primeiros pontos do 126C no campeonato, com o 5º lugar no Grande Prémio de San Marino, enquanto que Villeneuve foi 4º na corrida seguinte na Bélgica. Apesar da fraca aerodinâmica e da falta de fiabilidade do motor, Villeneuve obteve duas vitórias consecutivas, no Mónaco e em Espanha, no entanto a restante temporada foi um fracasso. Pironi ainda pontuou mais duas vezes e Villeneuve foi 3º no Canadá. 
Ainda antes do final do campeonato, Enzo Ferrari contratou o engenheiro britânico Harvey Postlethwaite para corrigir os problemas de aerodinâmica que o carro sofria. 
Em 1982, o novo carro, o 126C2, era muito melhor que o modelo anterior, pois o motor turbo foi desenvolvido e ficou mais fiável e com uma melhor aerodinâmica, o monolugar ficou mais fácil de pilotar. No entanto, os primeiros resultados de Villeneuve foram péssimos, com duas desistências nas duas primeiras corridas e foi desclassificado na terceira prova do campeonato. Em San Marino, a Ferrari terminou em 1º e 2º, com Pironi na frente de Villeneuve. Depois do acidente fatal de Villeneuve na Bélgica, Pironi conseguiu dois 2ºs e dois 3ºs lugares e venceu na Holanda, antes de sofrer um terrível acidente nos treinos do Grande Prémio da Alemanha que o forçou a terminar a carreira. O piloto Francês Patrick Tambay substituiu Gilles Villeneuve e o norte-americano Mario Andretti ocupou o lugar de Didier Pironi. Tambay ganhou na Alemanha, foi 4º na Áustria e 2º em Itália, onde Andretti foi 3º. Apesar de todas as tragédias, a Ferrari conquistou o Campeonato Mundial de Construtores.
Antes do campeonato de 1983, foram introduzidos fundos planos obrigatórios nos carros para reduzir o efeito de solo. Postlethwaite projetou uma nova asa traseira que recuperou cerca de 50% da força descendente perdida. A potência do motor foi novamente aumentada e a Ferrari estava bem preparada para a nova temporada com o 126C2B, ligeiramente modificado, usado nas primeiras oito provas do campeonato e o 126C3, usado nas restantes sete corridas. A Ferrari tinha carro para fazer sucesso, mas os seus pilotos não eram espetaculares. René Arnoux e Patrick Tambay eram bons, mas nunca estiveram entre os melhores pilotos. No entanto, como uma equipa, ambos foram bons o suficiente para conquistar para a Ferrari o segundo título de Construtores consecutivo. Arnoux obteve três vitórias e outros quatro pódios, enquanto Tambay teve uma vitória e quatro pódios por sua conta.
Em 1984, a Ferrari apresentou o 126C4. No entanto, o novo monolugar nunca foi capaz de bater o McLaren-TAG Porsche e a equipa italiana apenas conseguiu uma vitória, pela mão de Michele Alboreto, na Bélgica, e mais sete pódios. A Ferrari terminou em segundo lugar no Campeonato do Mundo de Construtores, quase 90 pontos atrás da McLaren.
Durante quatro anos, os carros da série Ferrari 126C participaram num total de 62 corridas. Conquistaram 10 vitórias, 10 pole-positions, 10 voltas mais rápidas e 34 pódios.

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