29 de agosto de 2021

DIDIER PIRONI

 

Didier Joseph Louis Pironi nasceu no dia 26 de Março de 1952 em Villecresnes, França.
Pironi estudou engenharia e mais tarde formou-se em ciências, mas todos esses conhecimentos que adquiriu ficaram para trás quando se matriculou na escola de pilotagem no Circuito de Paul Ricard.
Em 1972, obteve o patrocínio de Piloto Elf, um programa criado para promover jovens talentos do automobilismo francês e que já tinha levado René Arnoux, Alain Prost e Patrick Tambay à F1.
Em 1974, venceu o título de campeão de Formula Renault francesa. Dois anos mais tarde tornou-se campeão da Formula Super Renault e em 1977 ganhou a prova de F3 no Mónaco.
Em 1978, foi contratado pela equipa Tyrrell e estreou-se no Campeonato do Mundo de F1 no Grande Prémio da Argentina, prova que terminou no 14º lugar. Na corrida seguinte, no Brasil, Pironi obteve o 6º lugar e conseguiu o seu primeiro ponto na F1. Nessa temporada voltou a ocupar o 6º lugar na África do Sul e na Bélgica, e foi 5º no Mónaco e na Alemanha.
No ano seguinte continuou na equipa Tyrrell e os resultados foram um pouco melhores. No Grande Prémio da Bélgica foi 3º e conseguiu o seu primeiro pódio na F1, resultado que igualou no Grande Prémio dos Estados Unidos. Foi ainda 4º no Brasil, 5º no Canadá e 6º em Espanha.
Em 1980, ingressou na equipa francesa Ligier. Depois de começar o campeonato com uma desistência na Argentina, foi 4º no Brasil, 3º na África do Sul e 6º em Long Beach. Na quinta corrida da temporada, o Grande Prémio da Bélgica, Didier Pironi venceu a sua primeira corrida de F1, depois de liderar todas as 72 voltas da prova. Nas restantes nove corridas, terminou apenas quatro, sendo 6º em Itália, 3º no Canadá e nos Estados Unidos e 2º em França.
Em 1981, foi contratado pela Ferrari para ser o companheiro de equipa de Gilles Villeneuve. A temporada acabou por não ser brilhante, com alguns erros a juntar aos problemas de fiabilidade que o Ferrari 126 CK apresentou, Pironi apenas pontuou em quatro corridas, foi 4º no Mónaco e 5º em San Marino, França e Itália. 
O ano de 1982 foi o melhor e ao mesmo tempo o pior de Pironi na F1. O piloto francês começou a temporada da pior forma, com o abandono no Grande Prémio de África do Sul. Depois de terminar em 6º no Brasil, voltou a desistir em Long Beach. Na corrida seguinte, em San Marino,    onde apenas estiveram 14 carros à partida, os Ferrari aproveitaram o abandono dos Renault para liderar a corrida. Villeneuve acreditava que a vitória era sua devido a ordens de equipa, mas Pironi não concordou e passou o canadiano na última volta. Os dois pilotos cortaram relações e Villeneuve morreu nos treinos da prova seguinte, na Bélgica, quando tentava bater o tempo de Pironi e chocou contra o March de Jochen Mass. Pironi foi considerado moralmente responsável pelo acidente pois tinha sido a sua manobra na prova anterior a causa do estado de espírito de Villeneuve.
Mas os problemas do francês mal tinham começado. No Mónaco, perdeu a vitória na derradeira volta por falta de combustível no carro e no Canadá deixou o Ferrari ir abaixo na largada, sendo abalroado por Riccardo Paletti, que perdeu a vida como consequência do acidente. Felizmente, Pironi viu a fortuna sorrir-lhe no GP da Holanda, onde roubou o comando a René Arnoux para não mais o largar. Um 2º lugar em Inglaterra e um 3º em França deixaram-no no comando do campeonato com nove pontos de vantagem e o francês começava agora a sonhar com o título.
Depois veio a Alemanha. Pironi já havia conquistado a pole-position na solarenga sexta-feira, portanto não havia motivo para sair para a pista no chuvoso sábado. No entanto, o francês saiu das boxes, até que, sem visibilidade, chocou com o Renault de Alain Prost, levantando voo e batendo de frente nas barreiras de proteção. As suas pernas ficaram inutilizadas, obrigando a diversas intervenções cirúrgicas ao longo dos anos. Apesar de ter perdido quatro corridas das quatorze daquele ano, Pironi perdeu o título para Keke Rosberg por apenas 5 pontos.
Em 1986, Pironi já conseguia andar sem ajuda e tentou voltar à F1. O piloto francês fez um teste no Circuito de Paul Ricard com a equipa AGS e depois com a Ligier em Dijon-Prenois, mas o regresso acabou por não se concretizar. 
Pironi decidiu por competir em provas de barcos offshore. No dia 23 de Agosto de 1987, Didier Pironi morreu num acidente na corrida do troféu Needles perto da Ilha de Wight, que também tirou a vida de seus dois tripulantes. A sua esposa, Catherine Groux, estava grávida de gêmeos, que nasceram no dia 6 de Janeiro de 1988. Catherine batizou os meninos com os nomes de Didier e Gilles, como forma de homenagear os outrora rivais nas pistas.
Pironi para além da F1 participou nas 24 Horas de Le Mans em 1976, 1977, 1978 e 1980, vencendo a mítica corrida em 1978 ao volante de um Renault Alpine A442B.
Didier Pironi esteve 5 anos envolvido na F1. Disputou 70 Grandes Prémios. Conquistou 3 vitórias, 4 poles-position, 5 voltas mais rápidas e 13 pódios.

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