24 de junho de 2020

CHICO LANDI


Francisco Sacco Landi, conhecido como Chico Landi, nasceu no dia 14 de Julho de 1907 em São Paulo, Brasil.
Oriundo de uma família de posses modestas, Chico Landi, deixou os estudos, aos 11 anos, para começar a trabalhar como aprendiz de mecânico e mais tarde passou a participar em corridas amadoras, organizadas pelos seus amigos.
Em 1934, estreou-se como piloto no segundo Grande Prémio do Rio de Janeiro, disputado no Circuito da Gávea, uma pista citadina também conhecida como “Trampolim do Diabo”. Chico Landi liderou a corrida até oito voltas do final, entregando a vitória a Irineu Corrêa.
Proprietário da empresa “Francisco Landi & Cia. Lda.” Que desempenhou um papel fundamental, durante a Segunda Guerra Mundial, ao fabricar o equipamento gasogénio, que incentivado pelo governo brasileiro, foi usado em carros particulares e também nos transportes públicos. O equipamento era instalado nos veículos e produzia o chamado, gás pobre, que substituía a gasolina. Foi esse “gás pobre” que possibilitou que o automobilismo não parasse durante a Grande Guerra, quando a distribuição de gasolina foi racionada.
Chico Landi, depois de uma breve passagem pela Europa onde participou em algumas corridas, foi campeão brasileiro em 1943, 1944 e 1945, ao volante de carros que usavam o sistema criado pela sua empresa, o que lhe valeu ser apelidado de, “Rei do Gasogénio”.
De volta à Europa, Landi venceu o Grande Prémio de Bari de 1948, uma das mais prestigiadas corridas da época, ao volante de um Ferrari 166.
Em 1950, foi criado o Campeonato do Mundo de F1 e no ano seguinte, Chico Landi tornou-se no primeiro piloto brasileiro a participar numa prova de F1 ao alinhar no Grande Prémio de Itália em Monza, tendo desistido ainda na primeira volta com problemas de transmissão no seu Ferrari.
Em 1952, Landi Participou no Grande Prémio da Holanda e no Grande Prémio de Itália, terminando em 9º e 8º lugar respectivamente. Nesse ano, o piloto brasileiro conduziu um Maserati A6GCM da Escuderia Bandeirantes.
No ano seguinte, Chico Landi voltou a disputar apenas duas provas de F1, o Grande Prémio da Suíça e de novo o Grande Prémio de Itália, tendo desistido nas duas corridas com problemas no seu Maserati.
Nos dois anos seguintes, Landi participou em corridas no Brasil.
O Grande Prémio da Argentina de 1956 foi a única dessa temporada, e a última corrida de F1 que Chico Landi disputou. O piloto brasileiro dividiu o Maserati 250 com o italiano Gerino Gerini e terminaram na 4ª posição, somando 1,5 ponto cada um.
Depois de deixar a F1, Landi continuou a participar em provas de automobilismo. No dia 23 de Novembro de 1960, junto com Christian “Bino” Heins, venceu as Mil Milhas do Brasil em Interlagos, ao volante de um Alfa Romeo JK 2000. Essa foi a última grande prova em que participou.
No dia 7 de Junho de 1989, Chico Landi morreu vítima de ataque cardíaco, aos 89 anos.

1 comentário:

Por Dentro dos Boxes disse...

O Brasil deve muito a esse grande homem... sua trajetória é marcante e inspirou a geração seguinte de pilotos a conquistarem seu espaço na Europa... O comendador Enzo Ferrari tinha por ele um grande apreço...