4 de setembro de 2023

ROBERT KUBICA

 

Robert Józef Kubica nasceu no dia 7 de Dezembro de 1984 em Cracóvia, Polónia.
Depois de ter competido em corridas de karting, onde, para além de ter vencido vários campeonatos da Polónia, conquistou o Campeonato Italiano de Junior Karting, o Mónaco Kart Cup, o Troféu Margutti e ganhou a corrida, Elf Masters, Kubica passou pela Formula Renault 2000, pela F3 e em 2005, venceu o Campeonato de Formula Renault 3.5.
Em 2006, a equipa de F1, BMW Sauber, contratou Robert Kubica para piloto de testes. Em Agosto, Jacques Villeneuve ressentiu-se das mazelas do seu acidente durante o Grande Prémio da Alemanha e Kubica foi chamado a substituir o piloto canadiano e assim estreou-se no Campeonato do Mundo de F1 no Grande Prémio da Hungria. Depois de ter arrancado do 9º lugar, terminou a corrida em 7º mas foi desclassificado por o seu carro estar dois quilos abaixo do peso mínimo regulamentar. Nessa temporada, Kubica disputou as restantes cinco provas. No Grande Prémio de Itália, conquistou os seus primeiros pontos na F1 e obteve o seu primeiro pódio ao terminar a corrida no 3º lugar.
No ano de 2007, o piloto polaco conseguiu pontuar regularmente. Das dezasseis corridas que disputou, terminou por onze vezes nos lugares pontuáveis, com o 4º lugar que alcançou em Espanha, França e Inglaterra  ser o seu melhor resultado. Ainda nesse ano e durante o Grande Prémio do Canadá, Robert Kubica sofreu um violento acidente quando tentava ultrapassar o Toyota de Jarno Trulli, na aproximação do gancho, com o seu BMW Sauber a sair descontrolado da pista e a embater a cerca de 300 km/h no muro e a ficar parcialmente destruído, acabando por voltar à pista e parar junto aos rails do lado oposto. Kubica foi retirado do carro pela equipa médica e levado para o centro hospitalar do circuito, tendo apenas sofrido leves ferimentos no tornozelo. 
Em 2008, Kubica confirmou todo o seu potencial. Das dezoito provas do campeonato o piloto polaco pontuou em catorze, tendo obtido sete pódios e conquistou a sua primeira e única vitória na F1 no Grande Prémio do Canadá, precisamente um ano depois do seu pavoroso acidente. No final da temporada, Kubica somou 75 pontos e classificou-se no 4º lugar no Campeonato Mundial de Pilotos.
O ano de 2009 foi bem diferente do anterior. Kubica apenas conseguiu pontuar em cinco das dezassete provas do campeonato, com o ponto alto a ser o 2º lugar que alcançou no Grande Prémio do Brasil.
Em 2010, Kubica ingressou na Renault e voltou a realizar uma temporada bastante positiva, em que conseguiu pontuar em quinze das dezanove provas do campeonato, tendo obtido três pódios, com o melhor resultado a ser o 2º lugar no Grande Prémio da Austrália.
Em Fevereiro de 2011, dias depois de ter realizado os testes de pré-época com a Renault em Valência, Kubica disputou o rali Ronde di Andora, ao volante de um Skoda Fabia. Na primeira etapa do rali, Kubica sofreu um grave acidente quando o seu carro saiu de estrada e bateu nos rails de proteção, com um desses rails a entrar dentro do cockpit do carro e a atingir o piloto polaco. Kubica sofreu sérios ferimentos na mão, braço e perna direitos. para além de ter perdido muito sangue, esteve mais de uma hora preso dentro do carro até ser resgatado. Já no hospital, Kubica foi submetido a uma longa operação, de cerca de sete horas, por sete médicos, separados em duas equipas. Dias depois, foi novamente operado para corrigir as fraturas que sofreu na perna direita, assim como no braço e ombro direito.
Em Janeiro de 2012, a recuperação de Kubica deu um passo atrás quando o piloto polaco escorregou no gelo e fraturou a perna direita, nos arredores da sua casa em Itália. No início de Setembro, Kubica voltou à competição no rali Ronde Gomitolo Di Lana, tendo vencido com mais de um minuto para o 2º classificado. 
Em 2013, Kubica disputou e venceu o Campeonato Mundial de Rally-2 com a Citroen. 
Em 2014 e 2015, continuou a sua participação nos ralis, mas sem obter o sucesso do ano anterior.
Nos anos de 2016 e 2017, disputou algumas corridas de endurance.
Em 2018, Kubica regressou à F1 mas para ser o piloto de reserva e de testes da equipa Williams.
Em 2019, Robert Kubica permaneceu na Williams e voltou a participar no Campeonato do Mundo de F1, oito anos depois da sua última corrida. Com um dos carros menos competitivos do pelotão, Kubica conseguiu conquistar o único ponto da equipa Williams em todo o campeonato ao terminar o Grande Prémio da Alemanha no 10º lugar.
Em 2020, Kubica ingressou na Alfa Romeo mas como piloto de reserva e testes e participou ainda no Campeonato Alemão de Carros de Turismo (DTM).
No ano de 2021, o piloto polaco continuou a desempenhar a função de piloto de reserva e testes. Em Setembro, Kubica substituiu Kimi Raikkonen, quando o piloto finlandes testou positivo à COVID-19, e disputou o Grande Prémio da Holanda, onde terminou no 15º lugar, e também o Grande Prémio de Itália, tendo conseguido o 14º lugar, naquela que foi a sua despedida da F1. Nesse ano participou ainda no European Le Mans Series, campeonato que venceu. Para além das 24 Horas de Le Mans, prova onde se viu obrigado a desistir na última volta com problemas no sensor do acelerador do seu carro, disputou também as duas últimas provas do Campeonato Mundial de Resistência realizadas no Bahrain, terminando ambas no 8º lugar.
Robert Kubica esteve nove anos envolvido na F1. Disputou 99 Grandes Prémios. Conquistou 1 vitória, 1 pole-position, 1 volta mais rápida e 12 pódios.

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