1 de maio de 2022

MAURICE PHILIPPE

 

Maurice Philippe nasceu no dia 30 de Abril de 1932 em Londres, Inglaterra.
Depois de ter passado a infância em Edmonton, Maurice estudou na Latymer School, em Hammersmith. Mais tarde foi trabalhar na empresa da aviação De Havilland, onde conheceu Frank Costin e Brian Hart, dois apaixonados pelo automobilismo e que mais tarde passaram pela F1 como preparadores de motores. 
Em 1955, Maurice Philippe construiu o seu próprio carro de corrida, o MPS (Maurice Philippe Special). Enquanto corria nos seus tempos livres, Philippe ajudou a desenvolver as estruturas de asa para a aeronave Comet 4. No final da década de cinquenta, juntou-se a Brian Hart e a Len Terry para construir um carro de Formula Júnior com motor dianteiro chamado: o Delta. 
Nos primeiros anos da década de sessenta, Philippe deixou a De Havilland e ingressou na Ford, onde se tornou um engenheiro de desenvolvimento do motor Ford Anglia e ocupava as suas folgas a competir com um Lotus 7. 
Em 1965, foi convidado pelo dono da Lotus, Colin Chapman, para ingressar no departamento de design da sua equipa. Philippe projectou o Lotus 39, seguiu-se o Lotus 43, com motor BRM. O seu próximo projecto foi o Lotus 49, que a equipa usou com grande sucesso desde 1967 até ao início da temporada de 1970 e que deu o título de Campeão Mundial a Graham Hill em 1968. Maurice Philippe esteve ainda envolvido no desenho do carro, propulsionado a turbina, que a Lotus usou nas 500 Milhas de Indianápolis de 1968. Depois, Philippe projectou o Lotus 72, que deu o título de Campeão do Mundo em 1970 a Jochen Rindt, a título póstumo, e a Emerson Fittipaldi em 1972. Nesse ano Maurice Philippe deixou a Lotus e ingressou na equipa de Parnelli Jones, a USAC, para desenhar o carro que a equipa do ex-piloto norte-americano pretendia usar na F1 em 1974. No final desse ano, Jones deixou de construir os seus próprios carros e comprou a equipa Eagle de Dan Gurney. 
Em 1975, Maurice Philippe deixou Parnelli Jones e dedicou-se a trabalhar como projectista independente, antes de ser contratado em 1978, para substituir Derek Gardner como chefe de design na equipa de Ken Tyrrell. 
O primeiro Tyrrell que desenhou foi o 008, que Patrick Depailler usou na sua vitória no Grande Prémio do Mónaco. No ano seguinte, Philippe desenhou o Tyrrell 009 de efeito solo, o sucesso não foi o mesmo, no entanto o carro conseguiu quatro 3ºs lugares nas mãos de Didier Pironi e Jean-Pierre Jarier. Em 1980 e 1981, Philippe projectou o Tyrrell 010 que foi uma desilusão. Seguiu-se o Tyrrell 011 em 1982, que Michele Alboreto levou à vitória no Grande Prémio de Las Vegas e no Grande Prémio de Detroit em 1983. Em 1984, a Tyrrell teve relativo sucesso com o 012, mas a meio da temporada a equipa é desclassificada por irregularidades com o peso dos seus carros. Até 1988, Maurice Philippe continuou como projectista chefe da Tyrrell, a equipa já atravessava uma fase má, onde os problemas financeiros começavam a ser cada vez maiores e isso reflectiu-se no trabalho de Philippe que no final de 1988 foi substituído por Harvey Postlethwaite.
No início do ano de 1989, Maurice Philippe, montou o seu próprio negócio de consultoria de design e projectou o March-Alfa Romeo 89CR para o campeonato de Indy Car. Mas no dia 5 de Junho, antes que o carro rodasse pela primeira vez, Maurice Philippe morreu em sua casa, aos 57 anos.

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