20 de fevereiro de 2022

BMW

 

A BMW, Bayerische Motoren Werke AG (Fábrica de Motores da Baviera), é uma marca de automobilismo e motociclismo alemã que participou no Campeonato Mundial de F1.
Em Março de 1916, Karl Friedrich Rapp criou a Bayerische Flugzeugwerke (Fabricação de aviões bávaros). Três anos depois, a empresa conseguiu um contrato para construir motores V12 que eram destinados à Áustria e à Hungria, no entanto como necessitava de financiamento, Rapp conseguiu o apoio de Camillo Castiglioni e Max Friz e a empresa foi reconstituída com o nome de Bayerische Motoren Werke GmbH, mas o crescimento foi conturbado o que levou Rapp a abandonar a empresa que passou a ser controlada pelo industrial austríaco Franz Josef Popp em 1917, adotando o nome de Bayerische Motoren Werke AG. Foi a partir de 1917, que todos os produtos da BMW tinham já o logotipo com a hélice branca contra o céu azul do estado da Baviera. 
No dia 28 de Junho de 1919, foi assinado o Tratado de Versalhes, um documento de paz assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial, que entrou em vigor em Janeiro de 1920 e que proibiu a construção de motores de aviação na Alemanha durante cinco anos. Assim a BMW, para sobreviver, viu-se na obrigação de alargar os seus horizontes e passou a construir motos, com a primeira (BMW R32), a ser apresentada no Salão de Genebra de 1923. Cinco anos mais tarde, a marca bávara adquiriu a Fábrica de Automóveis Eisenach e a licença para a produção do “Dixi”, uma cópia licenciada do “Austin Seven”, modelo inglês. A partir de 1929, o carro, já com a carroceria modificada, passou a designar-se por BMW 3/15 PS e tornou-se no primeiro automóvel fabricado pela BMW.
Foi precisamente com o 3/15 PS, que a BMW iniciou a sua aventura nas corridas de automobilismo. Na F1, a BMW começou na década de cinquenta ao fornecer motores a várias equipas germânicas no Grande Prémio da Alemanha de 1952, 1953 e de 1954. Em 1967 e 1968, voltou a participar apenas no Grande Prémio alemão ao equipar o Lola do piloto da casa, Hubert Hahne. Depois foi preciso esperar até aos anos oitenta, entre 1982 e 1987, para a marca bávara voltar à F1 como fornecedora de motores a várias equipas, tendo conseguido os primeiros resultados positivos e oferecendo o título de Campeão ao piloto Nelson Piquet, com o famoso motor turbo. Após um interregno de treze anos a marca alemã regressou de novo à F1 pela mão da equipa Williams, alcançando novas vitórias.
Em Junho de 2005, a BMW comprou a equipa de F1 Sauber e formou a BMW Sauber F1 Team para competir a partir do ano seguinte.
A primeira prova da temporada de 2006, o Grande Prémio do Bahrain, foi a estreia da BMW como construtor no Campeonato do Mundo de F1. Nesse ano, a equipa somou 36 pontos, ocupou o 5º lugar no Campeonato Mundial de Construtores, pontuou em 12 das 18 corridas do campeonato e conseguiu o primeiro pódio com o 3º lugar de Nick Heidfeld no Grande Prémio da Hungria. 
Em 2007, a BMW conseguiu pontuar em todas as 17 provas do campeonato, tendo terminado 9 corridas com os seus dois carros nos lugares pontuáveis. A 6ª prova da temporada, o Grande Prémio do Canadá, foi uma corrida agridoce para a equipa alemã. Nick Heidfeld obteve o 2º lugar, mas Robert Kubica sofreu um violento acidente na 26ª volta que o impossibilitou de correr na prova seguinte, sendo substituído por Sebastian Vettel que assim se estreou na F1. No final do campeonato a equipa conquistou o 2º lugar entre os construtores, após a desclassificação da McLaren, com 101 pontos somados.
Em 2008, a BMW continuou a progredir e conseguiu pontuar em 17 das 18 corridas que constituíram o campeonato, com Nick Heidfeld e Robert Kubica a colecionarem 11 pódios. Kubica conseguiu a primeira pole-position da equipa, e também sua, no Grande Prémio do Bahrain. Tal como no ano anterior, o Grande Prémio do Canadá foi marcante para a BMW mas desta vez pela positiva, pois foi no circuito Gilles Villeneuve que Kubica conseguiu a primeira vitória na F1 para a BMW com Heidfeld a terminar a prova no 2º lugar. A equipa alemã terminou o campeonato com 135 pontos, que lhe valeram o 3º lugar no Campeonato de Construtores.
O ano de 2009 foi uma desilusão para a BMW. A equipa pontuou em dez provas e obteve apenas dois pódios, com o 2º lugar de Heidfeld na Malásia e de Kubica no Brasil. Nas contas finais do campeonato, os 36 pontos obtidos por ambos os pilotos valeram o 8º lugar entre as equipas. Tal como já tinha anunciado após uma reunião do conselho da BMW, no dia 28 de julho, a marca alemã confirmou a retirada da F1 no final de 2009.
Nos quatro anos em que a BMW esteve envolvida como construtor na F1, disputou 70 Grandes Prémios. Conquistou 1 vitória, 1 pole-position, 2 voltas mais rápidas e 17 pódios.

Sem comentários: